
Senhas vazadas, leis aprovadas, baleias se movimentando e o Bitcoin no centro das atenções — a semana foi tudo, menos tranquila no mercado cripto.
Mais de 16 bilhões de credenciais foram expostas em uma mega vazamento global. O Senado dos EUA aprovou a primeira grande lei federal para stablecoins.
O Fed pode cortar juros, e isso pode impulsionar o Bitcoin rumo aos US$120 mil.
Enquanto isso, Ethereum atraiu seu maior investidor institucional, a Ripple está prestes a encerrar seu processo com a SEC, e a Tailândia zerou imposto sobre cripto até 2029.
É muita coisa em poucos dias — e cada notícia pode impactar diretamente seu bolso. Confira os principais destaques da semana.
16 Bilhões de Senhas Vazadas: Apple, Google e Facebook Estão Entre os Afetados

Fonte: Tom´s Guide
Um dos maiores vazamentos de dados da história foi descoberto em junho de 2025, expondo mais de 16 bilhões de combinações de e-mail e senha.
As informações incluem credenciais ligadas a contas da Apple, Google, Facebook, Telegram, GitHub e outras plataformas amplamente utilizadas.
Ao contrário de um ataque direto aos servidores das empresas, as credenciais foram coletadas por meio de malwares do tipo infostealer — programas maliciosos que infectam computadores e dispositivos, varrem senhas salvas (inclusive cookies e tokens de sessão) e enviam os dados para servidores de criminosos.
O vazamento se tornou ainda mais grave porque esses dados estavam armazenados de forma desprotegida em serviços de nuvem abertos.
A Cybernews alertou que isso poderia servir de base para “exploração em massa”, fornecendo “inteligência nova e armamentável em escala”. A maioria dos dados teria sido exposta por instâncias desprotegidas do Elasticsearch ou de armazenamento de objetos.
Impacto para usuários — e o risco para quem usa cripto
Os dados expostos são recentes e ainda válidos, o que aumenta o risco de invasões em massa.
Para quem utiliza carteiras de criptomoedas, o cenário é especialmente preocupante: basta que um invasor tenha acesso ao seu e-mail e encontre alguma palavra chave salva indevidamente na nuvem para comprometer seus fundos de forma irreversível.
Além disso, contas de redes sociais e serviços conectados (como Gmail ou iCloud) podem ser acessadas sem dificuldade por cibercriminosos, principalmente se o usuário repetir senhas em diferentes plataformas ou não usar autenticação de dois fatores.
Como se proteger agora
A primeira medida é trocar imediatamente suas senhas — principalmente em serviços onde você costuma usar o mesmo login.
Ativar a autenticação de dois fatores (2FA), especialmente via app ou chave física, é essencial. Também vale revisar onde você armazena informações sensíveis: nunca deixe palavras-chave (seeds), chaves privadas ou credenciais de carteiras salvas em anotações na nuvem.
Outra recomendação importante é escanear seus dispositivos com antivírus confiáveis para detectar e remover qualquer infostealer instalado.
E para prevenir novos vazamentos, use um gerenciador de senhas confiável e considere adotar o uso de gerenciador de senhas, um método de login mais seguro e resistente a phishing.
GENIUS Act: EUA Aprova Projeto de Lei Federal para Stablecoins e Cria Novo Marco Regulatório

Fonte: Blocknews
Em 17 de junho de 2025, o Senado dos Estados Unidos aprovou o GENIUS Act (Guiding and Establishing National Innovation for U.S. Stablecoins), um projeto de lei bipartidário que estabelece regras claras e nacionais para a emissão e operação de stablecoins.
A legislação é considerada um divisor de águas no setor cripto e financeiro, com impacto direto sobre emissores como Circle (USDC), exchanges como Coinbase e grandes bancos e varejistas que pretendem usar stablecoins para pagamentos e liquidações.
O que o GENIUS Act estabelece?
- Apenas entidades autorizadas (bancos, fintechs ou varejistas licenciados) poderão emitir stablecoins atreladas ao dólar.
- As reservas deverão ser mantidas em ativos líquidos e seguros, como dólares ou Títulos do Tesouro dos EUA (T-Bills) de curto prazo, com relação 1:1.
- Emissores precisarão seguir regras de capital mínimo, auditorias mensais e normas de combate à lavagem de dinheiro (AML/CFT).
- A regulamentação será supervisionada por órgãos como Federal Reserve, OCC e FDIC.
- Em caso de falência, os usuários terão prioridade para resgate das stablecoins.
Impacto direto no mercado de criptoativos e finanças
Com o GENIUS Act, o uso institucional de stablecoins ganha base legal e impulso. Bancos como JPMorgan e Morgan Stanley, além de gigantes como Amazon e Walmart, já testam aplicações internas com stablecoins.
O Citigroup projeta que esse mercado pode movimentar mais de US$ 1,6 trilhão até 2030, com grande impacto sobre o mercado de T-Bills e políticas monetárias dos EUA.
A valorização foi imediata no mercado:
- As ações da Circle (USDC), após seu IPO em junho, já acumulam alta de 168%.
- A Coinbase subiu mais de 17% desde a aprovação da proposta.
Pontos de atenção e controvérsias
Apesar do avanço no Senado, o projeto ainda precisa ser aprovado pela Câmara dos Deputados. Lá, ele pode ser incorporado à CLARITY Act, uma proposta mais ampla que cobre também segurança de tokens, regulamentação de exchanges e proteção ao investidor.
Críticos também alertam para possíveis conflitos de interesse, já que o presidente Donald Trump possui investimentos pessoais em uma emissora de stablecoin (USD1). Grupos democratas pedem maiores salvaguardas contra corrupção e influência política.
Além disso, economistas destacam o risco de impactos sistêmicos: uma corrida repentina para resgatar stablecoins poderia gerar pressão no mercado de Treasurys e afetar as taxas de juros de curto prazo.
Se aprovado pela Câmara, poderá consolidar os EUA como o principal hub global para criptoativos regulados — com benefícios para a economia digital, mas também com novos desafios regulatórios e monetários.
Preço do Bitcoin Pode Subir caso o Fed Cortar Juros por Guerra e Tarifas

Fonte: Cointelegraph
Bitcoin (BTC) pode alcançar US$ 120.000 nos próximos meses caso o Federal Reserve (Fed) antecipe cortes na taxa de juros por conta de tensões geopolíticas e pressões econômicas externas, como tarifas comerciais e conflitos militares.
Segundo análise publicada pelo Cointelegraph em junho de 2025, a possível combinação entre redução dos juros, enfraquecimento do dólar e aumento do apetite por ativos de risco pode impulsionar uma nova alta histórica no preço do BTC.
Por que o Fed pode reduzir juros antes do previsto?
A próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) está marcada para 30 de julho, e há crescentes especulações sobre um corte antecipado da taxa básica de juros — atualmente em 4,25%.
O próprio Christopher Waller, membro do Fed, afirmou que a inflação atual “não representa risco significativo”, o que abre espaço para estímulos monetários.
Dois cenários globais aumentam a probabilidade de um corte:
- Conflito militar envolvendo o Irã, que pressiona o preço do petróleo e afeta o crescimento econômico global;
- Reaceleração das tarifas sobre a China, reacendendo preocupações com cadeias de suprimento e comércio internacional.
Queda nos juros enfraquece o dólar — e favorece o Bitcoin
Historicamente, quando o dólar americano (DXY) perde força, ativos alternativos como o Bitcoin tendem a valorizar. Isso ocorre porque investidores buscam proteção contra desvalorização monetária e ativos com potencial de rendimento elevado.
Além disso, cortes de juros aumentam a liquidez no mercado, fortalecendo ativos de risco e impulsionando a entrada de capital no setor cripto — especialmente em BTC, Ethereum e stablecoins.
Previsão de alta: Bitcoin pode atingir US$ 120.000
Se o Fed iniciar uma política de corte de juros ainda em 2025, analistas acreditam que o Bitcoin pode romper os US$ 100 mil e buscar a faixa de US$ 120 mil, impulsionado por:
- Demanda institucional crescente, via ETFs e fundos spot;
- Fuga do dólar e entrada em ativos alternativos;
- Narrativa de proteção contra instabilidade global.
Esse cenário favorece uma valorização sustentada, especialmente se combinado com crescimento no uso de stablecoins, redes DeFi e a adoção regulada de cripto nos EUA.
Bitcoin Cai Abaixo de US$ 104.000 Durante Vencimento de Opções “Triple Witching”

Gráfico do BTC/USD. Fonte: Cointelegraph/TradingView
Na sexta-feira, 20 de junho, o preço do Bitcoin (BTC) caiu para menos de US$ 104.000, em meio ao vencimento simultâneo de trilhões de dólares em contratos financeiros.
O movimento ocorre durante o chamado triple witching — evento trimestral que envolve a expiração simultânea de opções sobre ações, índices e futuros, gerando volatilidade em todo o mercado.
O BTC chegou a tocar US$ 106.500 horas antes, mas não conseguiu sustentar o rali. Ao longo do dia, os mercados globais acompanharam a liquidação de aproximadamente US$ 6,8 trilhões em contratos, pressionando ativos de risco como criptomoedas.
O que é Triple Witching e como impacta o Bitcoin?
O termo triple witching se refere ao momento em que três tipos de derivativos vencem ao mesmo tempo: opções sobre ações, opções sobre índices e contratos futuros. Isso acontece quatro vezes por ano e costuma gerar forte volatilidade nos preços, devido ao realinhamento de posições por investidores institucionais.
No mercado de criptoativos, esse tipo de evento pode provocar:
- Venda forçada de posições com vencimento;
- Oscilações técnicas acentuadas em curto prazo;
- Aumento de volume e liquidez momentânea.
Apesar da queda, o Bitcoin segue respeitando zonas técnicas importantes. Segundo analistas, o preço ainda está acima das médias móveis de 10 e 21 dias, posicionadas em torno de US$ 105.800. Esses níveis funcionam como suporte psicológico e gráfico para os compradores (bulls).

Gráfico semanal BTC/USDT. Fonte: Titan of Crypto/X
Segundo o analista técnico “Titan of Crypto”, o BTC pode estar completando um padrão chamado wedge descendente alargado, que historicamente antecipa grandes movimentos de alta.
Se esse padrão se confirmar e o preço romper para cima, o Bitcoin pode buscar os US$ 135.000 nas próximas semanas ou meses.
Sentimento sobre Bitcoin Fica Dividido Enquanto o Mercado Cripto Mantém Estabilidade

Sentimento geral entre os otimistas e os pessimistas do Bitcoin está dividido nas redes sociais. Fonte: Santiment
O sentimento dos investidores em relação ao Bitcoin (BTC) está praticamente dividido, com proporções quase idênticas entre comentários otimistas (bullish) e pessimistas (bearish) nas redes sociais.
De acordo com análise da Santiment, esse equilíbrio reflete um momento de incerteza no mercado cripto, semelhante ao registrado em abril de 2025, quando tarifas globais impostas por Donald Trump impactaram negativamente os mercados financeiros.
Segundo Brian Quinlivan, diretor de marketing da Santiment, o atual índice de sentimento nas redes sociais é de 1,03 comentários bullish para cada bearish, algo que não era visto desde os episódios de forte FUD (medo, incerteza e dúvida) provocados pelas tarifas norte-americanas em 6 de abril.
Quinlivan destacou que esse tipo de comportamento geralmente é um indicador contrário — ou seja, quando o público está incerto ou pessimista, o preço do Bitcoin tende historicamente a surpreender positivamente.
O preço do BTC se mantém relativamente estável, negociado em torno de US$ 104.500 na última semana, com uma variação positiva discreta de +0,2% nos últimos sete dias até esta 21/06.
Esse comportamento de estabilidade do mercado reforça a falta de consenso entre investidores, que aguardam gatilhos macroeconômicos — como cortes de juros do Fed ou novos dados sobre inflação — para definir a próxima direção do ativo.
TikTok Nega Compra de Trump Memecoin Após Acusação de Deputado dos EUA

Source: TikTok Policy
O TikTok negou oficialmente as alegações feitas pelo congressista Brad Sherman (D-CA), que afirmou que a plataforma teria investido US$ 300 milhões no memecoin TRUMP, supostamente como forma de apoiar politicamente o ex-presidente Donald Trump.
Em postagem na conta oficial TikTok Policy no X (antigo Twitter), a empresa classificou as acusações como “claramente falsas e irresponsáveis”, afirmando que não houve nenhuma compra de memecoins e que a informação foi distorcida a partir de uma carta assinada pelo próprio Sherman.
Entenda a origem da acusação
O mal-entendido começou após um anúncio da empresa GD Culture Group, listada na Nasdaq, que revelou planos de investir US$ 300 milhões em TRUMP tokens e Bitcoin.
A GD Culture cria conteúdo com inteligência artificial para plataformas como o TikTok, mas não tem vínculo formal com o TikTok ou sua controladora ByteDance.
Mesmo assim, Sherman declarou que o investimento seria uma “propina” disfarçada, já que o memecoin foi “criado do nada”, e os ganhos beneficiariam diretamente Trump.
Ele ainda sugeriu que o TikTok estaria tentando influenciar decisões políticas nos EUA a favor do ex-presidente.
Ripple e SEC Pedem Encerramento de Processo que se Arrasta Desde 2020

A Ripple Labs e a SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) apresentaram um pedido conjunto à Justiça em 15 de junho de 2025, solicitando o fim oficial do processo que já dura quase quatro anos.
A ação, iniciada em dezembro de 2020, é um dos casos mais emblemáticos na história da regulamentação de criptomoedas nos Estados Unidos.
O que está sendo pedido?
No pedido recente submetido ao tribunal federal de Manhattan, de acordo com o documento protocolado na quinta-feira no Tribunal Distral do Sul de Nova York, as partes requerem:
- A dissolução de uma liminar anterior, que bloqueava ativos da Ripple.
- A liberação de US$ 125 milhões em custódia judicial.
- O pagamento de uma multa de US$ 50 milhões pela Ripple, em substituição à penalidade de US$ 2 bilhões originalmente buscada pela SEC.
Se aprovado, o acordo encerraria oficialmente o processo sem que a Ripple reconheça que o XRP é um valor mobiliário.
Entenda o contexto do caso Ripple vs SEC
Em dezembro de 2020, a SEC acusou a Ripple de ter levantado US$ 1,3 bilhão em vendas não registradas de XRP, alegando que o token seria um “security” (valor mobiliário) sob as leis americanas.
No entanto, em julho de 2023, a juíza Analisa Torres decidiu que as vendas para o varejo não configuravam oferta de valores mobiliários, embora mantivesse restrições sobre vendas institucionais.
A partir dessa decisão parcial, as duas partes entraram em negociações para encerrar a disputa, e agora chegaram a um consenso — aguardando apenas a aprovação formal da Justiça.
Por que esse acordo é importante?
- Precedente para o mercado de criptoativos: O desfecho pode influenciar a forma como outras criptomoedas são tratadas legalmente nos EUA.
- Redução do risco regulatório sobre o XRP: O token pode se fortalecer no mercado, recuperando valor e confiança dos investidores.
- Mudança de tom da SEC: Sob a nova liderança, a SEC tem adotado uma abordagem mais conciliatória, especialmente após mudanças na política cripto do governo Trump.
- Evita penalidades bilionárias: A multa acordada é apenas 2,5% do valor inicialmente buscado pela SEC.
Próximos passos
A juíza Analisa Torres ainda precisa revisar e aprovar formalmente o acordo. Enquanto isso, o processo está tecnicamente suspenso. Caso a aprovação seja concedida, o processo será encerrado definitivamente.
SharpLink Se Torna a Maior Detentora Pública de Ethereum (ETH) em 2025

Fonte: Cryptonews.net
A SharpLink Gaming, empresa listada na Nasdaq, conquista o posto de maior detentora pública de Ethereum (ETH) no mundo.
A fintech anunciou em 13 de junho de 2025 a aquisição de 176.000 ETH — o equivalente a US$ 462 milhões — posicionando-se à frente de todas as empresas de capital aberto no que diz respeito à posse institucional de Ether.
A movimentação faz parte de uma estratégia agressiva de tesouraria digital, com foco no Ethereum.
A empresa declarou que mais de 95% do ETH comprado já está em staking ou staking líquido, o que reforça a segurança da rede e gera rendimento passivo para o caixa da companhia.
Segundo o CEO Rob Phythian, o Ethereum agora é “o principal ativo da gestão de capital da empresa”, em uma estratégia comparada à da MicroStrategy com o Bitcoin.
Como foi feita a compra?
A aquisição dos 176.000 ETH foi realizada por meio de:
- Uma rodada privada de investimento (PIPE) iniciada em maio.
- Uma oferta at-the-market (ATM), que arrecadou US$ 79 milhões adicionais.
O preço médio de compra foi de US$ 2.626 por ETH.
Ações despencam após o anúncio
Apesar da notícia positiva para o mercado de Ethereum, as ações da SharpLink caíram até 70% no after-market, após um arquivamento do tipo S-3 ser interpretado por alguns investidores como sinal de possível venda de ações.
A empresa, no entanto, afirmou que se trata de um procedimento regulatório padrão e que não há planos de liquidação de posições.
Por que isso importa para o mercado de criptomoedas?
A decisão da SharpLink reforça três grandes tendências no setor:
- Crescimento da adoção institucional do Ethereum como ativo de reserva.
- Integração de estratégias de staking para geração de yield com segurança.
- Transformação de tesourarias corporativas com foco em criptoativos.
Além disso, o movimento pode inspirar outras empresas de capital aberto a seguirem caminhos semelhantes, com impacto direto na valorização e na liquidez do ETH.
Tailândia Zera Imposto sobre Ganhos com Criptomoedas até 2029: Entenda a Nova Lei

Fonte: ADVFN
O governo da Tailândia aprovou nesta terça-feira, 17, medidas para fortalecer o mercado de criptomoedas. O foco principal é a isenção de impostos de renda pessoal sobre lucros obtidos com Bitcoin e outras criptomoedas — desde que as transações sejam feitas por meio de corretoras licenciadas.
A medida, terá validade até 31 de dezembro de 2029, tornando o país um dos mais competitivos do mundo em termos de tributação cripto.
Quais os objetivos da isenção de impostos sobre cripto?
Segundo o vice-ministro das Finanças, Jullapan Amornwiwat, a política tem como objetivo:
- Fortalecer o mercado cripto local;
- Atrair investidores estrangeiros e capital institucional;
- Impulsionar a economia digital tailandesa;
- Posicionar a Tailândia como hub regional de ativos digitais no Sudeste Asiático.
O governo também pretende aumentar a transparência nas transações e estimular a adoção legal de ativos digitais dentro de um ecossistema regulado.
A expectativa do governo tailandês é de que a isenção estimule o volume de negociações em exchanges reguladas, o que pode gerar, indiretamente, mais de 1 bilhão de bahts (cerca de R$ 140 milhões) em receitas tributárias ligadas a outros setores — mesmo sem cobrar imposto diretamente sobre os ganhos com cripto.
Essa política também pode atrair empresas de blockchain, exchanges, investidores e desenvolvedores que buscam operar em países com ambiente regulatório favorável e seguro.
Regras e limites da isenção fiscal
A isenção se aplica apenas às operações feitas em plataformas registradas e reconhecidas pelo governo da Tailândia. Negociações feitas em exchanges não licenciadas, P2P ou por meios informais continuarão sujeitas a tributação, podendo inclusive acarretar penalidades legais.
Além disso, o governo se comprometeu a seguir diretrizes da OCDE e implementar ferramentas de monitoramento e conformidade fiscal, incluindo regras futuras sobre VAT (imposto sobre valor agregado) no setor de ativos digitais.
Comparativo global: Tailândia vs. Brasil
Enquanto a Tailândia avança com isenção total de impostos sobre ganhos com criptomoedas, o Brasil caminha na direção oposta, com aumento da carga tributária sobre transações e até mesmo sobre staking e DeFi.
Isso reforça a tendência de migração de capital para países com políticas mais amigáveis, capazes de fomentar a inovação tecnológica sem sufocar o ecossistema com regras excessivas.
XRP Bate Recorde de Baleias: 2.700 Endereços com Mais de 1 Milhão de Tokens

Fonte: Webitcoin
O ecossistema da criptomoeda XRP acaba de atingir um marco histórico.
Segundo dados da Santiment divulgados em 17 de junho de 2025, a rede XRP alcançou o total de 2.700 endereços com pelo menos 1 milhão de tokens XRP — o maior número de baleias já registrado desde a criação da criptomoeda.
Cada uma dessas carteiras representa, no câmbio atual, aproximadamente US$ 2,2 milhões, sinalizando uma onda de acumulação institucional e de grandes investidores no ativo.
Rede XRP também registra pico de atividade
Além do crescimento no número de baleias, a rede da XRP também demonstrou aumento expressivo de uso. A média de endereços ativos diários saltou para 295 mil na última semana, em contraste com a média anterior de 35 mil a 40 mil endereços ativos.
Esse crescimento on-chain indica maior participação de usuários, maior circulação de tokens e aumento da confiança no ecossistema.
O que explica o crescimento das baleias de XRP?
Especialistas atribuem o avanço a três fatores principais:
- Encerramento do processo entre Ripple e SEC, o que reduziu a incerteza jurídica sobre o XRP.
- Possível ETF de XRP nos EUA, com revisão da SEC para o fundo WisdomTree XRP Trust, iniciada em maio de 2025.
- Melhorias no protocolo XRP Ledger e parcerias estratégicas anunciadas pela Ripple, que fortaleceram a atratividade do token para o longo prazo.
O aumento no número de baleias costuma indicar confiança de longo prazo por parte de investidores qualificados.
Em ciclos anteriores, movimentos de acúmulo como esse precederam altas expressivas no preço do XRP.
Além disso, o crescimento de carteiras com grandes quantidades de tokens sugere interesse institucional crescente, especialmente com a perspectiva de aprovação de ETFs à vista, algo que já impulsionou ativos como Bitcoin e Ethereum em 2024 e 2025.
Méliuz Capta R$ 180 Milhões para Comprar Mais Bitcoin: Entenda a Estratégia da Fintech

A Méliuz, fintech brasileira listada na B3, acaba de anunciar a captação de R$ 180 milhões com investidores privados, com o objetivo direto de reforçar sua posição em Bitcoin.
O movimento posiciona a empresa como uma das primeiras do setor no Brasil a apostar institucionalmente na criptomoeda como ativo estratégico de reserva.
O que está por trás da decisão?
A alocação dos recursos será voltada à compra de BTC para o caixa da empresa, o que evidencia uma mudança no perfil da Méliuz — que deixa de ser apenas uma plataforma de cashback e passa a atuar de forma mais agressiva no mercado de criptoativos.
Segundo a própria companhia, a decisão foi tomada com base em uma visão de longo prazo, enxergando o Bitcoin como ativo de proteção e valorização.
Impactos no mercado de criptoativos no Brasil
Essa movimentação tem potencial para influenciar outros players do mercado financeiro e de tecnologia. Ao incorporar o Bitcoin como ativo estratégico, a Méliuz:
- Demonstra confiança institucional na criptomoeda;
- Aumenta o interesse de investidores brasileiros em empresas com exposição direta ao BTC;
- Pressiona concorrentes a avaliarem estratégias semelhantes de diversificação patrimonial.
Além disso, esse movimento legitima ainda mais o Bitcoin no Brasil — não apenas como ativo especulativo, mas como parte da estrutura de capital de empresas listadas.
Analistas especulam que a iniciativa pode abrir espaço para novas ofertas cripto dentro da plataforma, como cashback em BTC, wallets nativas ou até negociação simplificada de ativos digitais.
A captação de R$ 180 milhões para compra de Bitcoin coloca a Méliuz como protagonista na adoção institucional de criptomoedas no Brasil.
A estratégia reforça o papel do BTC como ativo de proteção financeira e pode abrir um novo ciclo de adesão por parte de outras fintechs, bancos digitais e empresas da bolsa brasileira.
Fundos Cripto do Brasil Registram Saída de R$ 47 Milhões, Enquanto EUA Atraem R$ 10 Bilhões

Na semana encerrada em 14 de junho de 2025, os fundos de criptomoedas no Brasil enfrentaram uma retirada líquida de aproximadamente R$ 47 milhões (US$ 8,5 milhões), segundo dados do relatório semanal da CoinShares.
Em contraste, os Estados Unidos lideraram as entradas globais, com US$ 1,9 bilhão em novos aportes, o que equivale a mais de R$ 10 bilhões no câmbio atual.
Essa discrepância destaca a diferença de confiança institucional entre os mercados: enquanto o Brasil apresenta cautela ou realocação de capital, os EUA mostram forte apetite por ativos digitais, especialmente após a aprovação de ETFs de Bitcoin e Ethereum.
Além do Brasil, outras regiões também registraram perdas. Hong Kong teve a maior saída da semana, com US$ 97,3 milhões, seguida pela Suécia, com US$ 24,5 milhões.
Já países como Canadá, Austrália, Alemanha e Suíça apresentaram fluxos positivos, com entradas de dezenas de milhões de dólares — reforçando a tendência de recuperação no cenário internacional.
Bitcoin e Ethereum lideram os aportes institucionais
O Bitcoin (BTC) foi o principal destino dos investimentos da semana, com uma entrada líquida de US$ 1,3 bilhão. O Ethereum (ETH) também teve desempenho expressivo, com US$ 583 milhões, refletindo o impacto positivo das recentes sinalizações regulatórias.
Outros ativos também se destacaram: XRP recebeu US$ 11,8 milhões em aportes e SUI acumulou US$ 3,5 milhões. Em contrapartida, produtos baseados em Litecoin e cestas de múltiplos ativos tiveram saídas discretas.
O cenário institucional global em 2025
Com o resultado da última semana, o volume acumulado em 2025 já alcança US$ 13,2 bilhões em fundos cripto, sendo US$ 12,9 bilhões captados nas últimas nove semanas consecutivas. Isso confirma uma retomada expressiva do interesse institucional, especialmente nos Estados Unidos.
No Brasil, a saída contínua pode refletir a falta de veículos regulados mais atrativos ou o aumento da percepção de risco local. Já nos EUA, produtos como o iShares Bitcoin Trust da BlackRock e o fundo da Bitwise foram os destaques, movimentando volumes bilionários.
Governo Brasileiro Vai Contratar Sistema para Rastrear Criptomoedas em 2025

O governo federal do Brasil, por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP), lançou um edital para contratar um software de rastreamento de criptomoedas.
A licitação foi publicada em 17 de junho de 2025 no portal ComprasGov e visa reforçar o combate a crimes financeiros envolvendo ativos digitais como Bitcoin, Ethereum, BNB, XRP, Dogecoin, entre outros.
O contrato terá prazo de 36 meses e inclui instalação, suporte técnico, atualizações e treinamento operacional prático (hands-on) para equipes de investigação. A abertura das propostas está prevista para 4 de julho de 2025.
Objetivo: monitorar transações e combater crimes com criptoativos
O sistema será usado para investigar fraudes, lavagem de dinheiro, financiamento ao crime organizado e evasão fiscal com o uso de criptomoedas. Para isso, a solução deverá ser capaz de:
- Rastrear transações em blockchain em tempo real;
- Identificar endereços de carteiras, exchanges e conexões IP;
- Cruzar dados geográficos, financeiros e de blockchain com perfis investigados.
Serão instaladas 15 unidades do sistema em capitais estratégicas como Brasília (com 19 instalações), Curitiba, Manaus e Belo Horizonte. Curiosamente, São Paulo e Rio de Janeiro ficaram fora da lista inicial.
Ferramentas previstas: Chainalysis, TRM Labs e Elliptic
O edital menciona soluções de ponta usadas internacionalmente, como Chainalysis, Elliptic e TRM Labs, que já são adotadas por órgãos reguladores e forças policiais dos Estados Unidos, União Europeia e outros países.
Essas plataformas permitem análise forense em blockchain, associando transações a endereços suspeitos e monitorando padrões de comportamento financeiro de carteiras digitais.
Contexto regulatório no Brasil
A contratação do sistema de rastreio de criptomoedas se alinha à Lei 14.478/2022, que regula os provedores de serviços de ativos virtuais no Brasil, e ao avanço das discussões sobre tributação de criptoativos, previstas para entrar em vigor em 2026.
Com isso, o país dá mais um passo para fortalecer o compliance e a fiscalização no mercado de criptoativos, alinhando-se às práticas da OCDE e do GAFI no combate à lavagem de dinheiro com cripto.