Atualização do Mercado Cripto: 26 de setembro de 2025

Um profissional observa gráficos de criptomoedas em uma tela digital, ao lado do título 'Atualização do mercado de criptomoedas' da Klever.

O cenário do mercado cripto tem estado agitado com grandes atualizações e mudanças no mercado — desde upgrades críticos em blockchains até oscilações repentinas de preços que movimentaram bilhões em valor.

Nesta semana, a Klever Blockchain lançou uma atualização essencial da mainnet, repleta de novos recursos para desenvolvedores e validadores, enquanto o mercado cripto mais amplo enfrentou forte volatilidade com a queda acentuada do Bitcoin, vencimentos recordes de opções e altcoins registrando ganhos impressionantes.

Ao mesmo tempo, reguladores e bancos ao redor do mundo estão se aprofundando ainda mais no setor, moldando a próxima fase das finanças digitais.

Neste guia, você terá uma visão clara das últimas atualizações em blockchain, movimentos de mercado e tendências que estão moldando o futuro do cripto.

Atualização da Klever Blockchain Mainnet v1.7.14: Tudo o que Você Precisa Saber

Contagem regressiva para o lançamento da Klever Blockchain Virtual Machine, destacando dApps rápidos, seguros e focados em desenvolvedores

A Klever anunciou o upgrade da mainnet para a versão v1.7.14, trazendo novas funções, correções de segurança e melhorias de desempenho. Essa atualização é crítica para validadores, já que garante a estabilidade e o alinhamento de toda a rede.

Principais melhorias do upgrade v1.7.14

Entre os recursos e mudanças mais importantes, estão:

  • Suporte a Semi-Fungible Tokens (SFTs) → combinação entre características de tokens fungíveis e NFTs.
  • Cross-VM Execution → contratos inteligentes podem interagir entre máquinas virtuais diferentes.
  • Aprimoramentos em contratos inteligentes → execução de argumentos, royalties, deploy e deleção de contratos.
  • Patches de segurança → proteção contra vulnerabilidades e validadores maliciosos.
  • Infraestrutura mais estável e escalável → melhorias no consenso e na performance da rede.

Essas atualizações ampliam as possibilidades de desenvolvimento e aumentam a segurança para todos os usuários do ecossistema Klever.

Por que essa atualização é tão importante

A ativação do KVM posiciona a Klever Blockchain como uma plataforma de contratos inteligentes de última geração . Ao combinar segurança, escalabilidade e interoperabilidade entre cadeias , a Klever visa competir com ecossistemas consolidados como Ethereum, Solana e Polygon — ao mesmo tempo em que oferece ferramentas mais simples e custos mais baixos.

Para o ecossistema, significa:

  • Mais projetos sendo implantados no Klever.
  • Novos fluxos de liquidez via ponte Ethereum.
  • Adoção aprimorada do usuário por meio de recursos amigáveis ​​ao desenvolvedor.

Queda do Bitcoin: US$ 76 bilhões evaporam do mercado cripto em 24h

Gráfico do preço do Bitcoin entre 20 e 26 de setembro de 2025, mostrando queda de US$116K para cerca de US$109K

Fonte: CoinMarketCap

O mercado de criptomoedas enfrentou uma das semanas mais tensas de setembro. No dia 26/09, o Bitcoin caiu cerca de 2,5%, sendo negociado próximo de US$ 108.900, segundo o InfoMoney. Essa retração foi acompanhada de uma pressão vendedora crescente, refletindo tanto fatores técnicos quanto movimentos de derivativos.

Vencimento de opções amplia a volatilidade

De acordo com o Portal do Bitcoin, estão prestes a expirar US$ 22,3 bilhões em opções cripto, dos quais US$ 17,06 bilhões estão concentrados em Bitcoin. Esse volume expressivo aumenta a incerteza, pois muitos traders ajustam suas posições antes do vencimento, pressionando ainda mais o mercado.

US$ 76 bilhões apagados em 24 horas

Nas últimas 24 horas do dia 26/09, o mercado cripto perdeu mais de US$ 76 bilhões em valor de capitalização, conforme o InfoMoney. Essa queda foi intensificada por liquidações automáticas em operações alavancadas, principalmente em contratos long, que acabaram acelerando o movimento de baixa.

Liquidações em massa e efeito dominó

Segundo o Money Times, a onda de liquidações desencadeou um efeito dominó: conforme os preços recuavam, mais posições eram encerradas, o que ampliou as perdas e levou as principais criptomoedas a patamares ainda mais baixos.

Bitcoin em Encruzilhada: Vencimento de US$ 22 Bi em Opções Pode Impactar Preço

Nesta semana, o mercado cripto enfrenta um dos maiores eventos de derivativos do ano: o vencimento de US$ 22,3 bilhões em opções, sendo US$ 17,06 bilhões apenas em contratos de Bitcoin, segundo dados da Deribit.

O BTC já abriu o dia em queda de cerca de 2,5%, cotado próximo de US$ 108.900, refletindo a pressão vendedora associada a este vencimento.

Por Que o Vencimento de Opções Importa

O vencimento de opções é um momento crítico porque:

  • Opções de compra (calls) e opções de venda (puts) expiram, forçando investidores a exercer ou abandonar posições.
  • Formadores de mercado (dealers) precisam ajustar suas posições de hedge.
  • Esse movimento pode gerar volatilidade extra e até cascatas de vendas automatizadas caso níveis-chave de preço não se sustentem.

Segundo a Amberdata, os níveis de US$ 109 mil e US$ 108 mil são pontos de “short gamma” relevantes. Se Bitcoin cair abaixo desses patamares, o mercado pode ver uma aceleração das quedas.

Fatores Macroeconômicos em Jogo

Além do vencimento, os investidores monitoram o PCE Core (índice de inflação dos EUA preferido pelo Federal Reserve).

  • PCE mais forte que o esperado → fortalece o dólar, pressiona ativos de risco como Bitcoin.
  • PCE mais fraco que o esperado → abre espaço para alívio monetário e pode impulsionar o BTC.

Cenários Possíveis Para o Preço do Bitcoin

  1. Manutenção acima de US$ 109 mil → Mercado tende a se estabilizar e pode recuperar força compradora.
  2. Perda de suporte abaixo de US$ 108 mil → Risco de quedas mais fortes, com projeções de analistas apontando até US$ 96 mil.
  3. Médio prazo otimista → Traders estão posicionados em calls de US$ 120 mil a US$ 140 mil, sinalizando expectativa de valorização se o ciclo macro favorecer criptoativos.

O vencimento de US$ 22 bilhões em opções coloca o Bitcoin em uma verdadeira encruzilhada. O resultado dependerá da combinação entre fatores técnicos (níveis de suporte/resistência) e fatores macroeconômicos (inflação nos EUA e política do Fed).

A médio e longo prazo, a aposta de calls em níveis elevados mostra que o mercado ainda vê espaço para um novo rali do Bitcoin.

Compressão recorde das Bandas de Bollinger no Bitcoin

Gráfico do Bitcoin mostra compressão semanal histórica das Bandas de Bollinger em setembro de 2025, indicando alta volatilidade futura

Gráfico de preços do Bitcoin com indicadores técnicos mostrando que as Bandas de Bollinger da criptomoeda estão altamente comprimidas. Fonte: Mr. Anderson

Segundo a Cointelegraph, um dos sinais técnicos mais comentados na semana foi a compressão histórica das Bandas de Bollinger no gráfico do Bitcoin.

As Bollinger Bands são um indicador de volatilidade que mostra quando o preço de um ativo está se movendo dentro de uma faixa estreita ou larga em relação à sua média móvel.

  • Quando as bandas se alargam: indica aumento de volatilidade, geralmente após movimentos fortes de alta ou baixa.
  • Quando as bandas se comprimem: mostra que o preço está estável em um intervalo reduzido, acumulando energia para um movimento brusco.

O que significa a compressão recorde

A atual compressão do Bitcoin foi classificada como a mais estreita da história. Isso sugere que o mercado está em uma fase de calma incomum, acumulando pressão.
Normalmente, esse tipo de padrão antecede uma explosão de volatilidade — ou seja, o preço pode romper forte para cima ou para baixo em breve.

Como os traders interpretam esse sinal

  1. Cenário otimista (alta):
    • Se o rompimento ocorrer para cima, pode sinalizar a retomada do rali do BTC, especialmente com fatores macro favoráveis (como expectativa de cortes de juros nos EUA).
  2. Cenário pessimista (baixa):
    • Se o rompimento for para baixo, pode levar o Bitcoin a testar suportes importantes, ampliando as liquidações e pressionando ainda mais o mercado.

A compressão das Bandas de Bollinger não indica a direção do próximo movimento, mas sim a certeza de que grandes oscilações estão por vir. Para traders, é um alerta de que o curto prazo deve ser marcado por volatilidade acentuada, exigindo cautela na gestão de risco.

ASTER, AVNT, UB e FLZ Disparam Até 620% e Superam o Bitcoin

Gráfico do preço do token ASTER entre 17 e 19 de setembro de 2025, mostrando forte valorização acima de US$0,70 antes da correção

Gráfico de 7 dias do par ASTER/USD. Fonte: CoinMarketCap.

Enquanto o Bitcoin (BTC) opera em queda moderada, algumas altcoins chamaram a atenção do mercado cripto ao acumularem ganhos impressionantes na última semana:

  • ASTER (ASTER): +620%
  • AVNT (AVNT): +580%
  • UB (UB): +106%
  • FLZ (FLZ): +72%

Esses desempenhos colocam os tokens entre os mais rentáveis do período, superando amplamente a valorização (ou estagnação) do Bitcoin.

Mercado Cripto Perde Força, Mas Altcoins Recebem Capital

Segundo dados do Cointelegraph Brasil, a capitalização total do mercado cripto recuou para cerca de US$ 4,07 trilhões, uma queda de 0,8% em 24h.
Mesmo assim, houve rotação de capital do BTC para altcoins, ampliando a dominância de tokens emergentes e fortalecendo o chamado índice altseason — indicador que sugere maior potencial de ganhos para altcoins em comparação ao Bitcoin.

  • Preço do Bitcoin: ~US$ 116.550
  • Dominância do BTC: 57,1%
  • Liquidações em futuros: US$ 129 milhões em longs e US$ 75 milhões em shorts

Listagens e Liquidez Aceleram os Ganhos

A valorização desses tokens também está associada a novas listagens em exchanges, que aumentam a liquidez e a visibilidade das altcoins. Esse movimento atrai especuladores em busca de ganhos rápidos e reforça a pressão compradora em curto prazo.

Indicadores Técnicos Mostram Mercado Neutro

O RSI médio (Índice de Força Relativa) do mercado estava em 48,31, em zona neutra, sem sinais de sobrecompra ou sobrevenda.
Isso indica que ainda há espaço para movimentos mais fortes — tanto de alta quanto de correção.

O Que Esperar Para ASTER, AVNT, UB e FLZ

  1. Cenário positivo: Continuidade da “altseason”, com fluxo de capital migrando de BTC para altcoins.
  2. Cenário de risco: Correções abruptas, já que ganhos acima de 500% em poucos dias costumam ser insustentáveis sem fundamentos sólidos.
  3. Fator decisivo: Desempenho macro (decisões do Fed e inflação nos EUA), que pode atrair ou afastar investidores de ativos de risco.

Conclusão

Enquanto o Bitcoin perde força, altcoins como ASTER, AVNT, UB e FLZ conquistaram espaço e entregaram ganhos que chegaram a +620% em uma semana.
Esse movimento reforça a tese de que estamos em um momento de altseason, no qual investidores buscam alternativas mais agressivas de valorização.

Queda da Solana (SOL): liquidações e preço abaixo de US$ 200

Gráfico do preço da Solana (SOL) em setembro de 2025 mostra queda acentuada de US$240 para US$196, refletindo forte correção do mercado

Fonte: CoinMarketCap

A Solana (SOL) sofreu uma forte retração na última semana de setembro, acompanhando a pressão vendedora do mercado cripto. O preço da SOL caiu abaixo de US$ 200, chegando a cerca de US$ 192, segundo dados da Cointelegraph, o que representa uma perda de quase 19% em poucos dias.

Open interest recorde e risco de novas quedas

Os contratos futuros de Solana atingiram um recorde de open interest, com 71,8 milhões de SOL em aberto (equivalente a US$ 14,5 bilhões). Esse excesso de alavancagem deixou o mercado vulnerável a liquidações em cascata, aumentando o risco de o preço da SOL testar suportes entre US$ 120 e US$ 150.

US$ 112 milhões em liquidações de posições long

Somente em 48 horas, traders que apostavam na alta foram liquidados em aproximadamente US$ 112 milhões em contratos long de SOL. O funding rate dos contratos perpétuos caiu para níveis negativos, sinalizando redução no apetite comprador e possível continuação da pressão vendedora.

Volume recorde no Brasil

No Brasil, a Solana também foi destaque: os contratos futuros de SOL negociados na B3 ultrapassaram R$ 1 bilhão em volume em um único dia, chegando a 26% do volume do contrato futuro de Bitcoin. O dado mostra o interesse crescente dos investidores locais, mesmo em meio à forte volatilidade.

SEC, CFTC e a busca por harmonização regulatória com o setor cripto

Na última semana, a Cointelegraph destacou que executivos de grandes exchanges, como Kraken e Crypto.com, foram convidados a participar de painéis em uma mesa redonda organizada pela SEC (Securities and Exchange Commission) e pela CFTC (Commodity Futures Trading Commission) nos Estados Unidos.

Objetivo da mesa redonda

O foco do encontro é discutir a “harmonização regulatória” — um esforço para alinhar como os dois principais órgãos reguladores do país devem tratar os criptoativos.

  • A SEC, liderada por Gary Gensler, tem defendido que a maioria dos tokens deve ser classificada como valores mobiliários (securities).
  • A CFTC, por outro lado, costuma classificar ativos como commodities digitais, defendendo uma abordagem mais voltada para contratos futuros e derivativos.

Essa diferença de interpretação tem gerado insegurança jurídica para empresas de cripto, que enfrentam processos, multas e incertezas regulatórias.

Papel das exchanges no debate

A presença de executivos de Kraken e Crypto.com é estratégica porque:

  • Essas exchanges atuam globalmente e podem compartilhar experiências com diferentes modelos de regulação já aplicados em países como Reino Unido, União Europeia e Singapura.
  • Também representam a perspectiva prática do setor, apontando como regras confusas ou divergentes impactam a inovação, a entrada de investidores institucionais e a proteção ao consumidor.

Por que isso importa

  • A falta de clareza regulatória é um dos maiores obstáculos para o crescimento sustentável do mercado cripto nos EUA.
  • Um consenso entre SEC e CFTC poderia trazer regras mais consistentes, reduzir processos judiciais e abrir espaço para maior adoção institucional.
  • O debate também ocorre em paralelo a discussões sobre ETFs de cripto, stablecoins e a implementação da MiCA na Europa, reforçando a pressão global por padronização.

Bancos europeus unem forças para lançar stablecoin em euro até 2026

Um dos movimentos mais relevantes da última semana no setor financeiro europeu foi o anúncio de que nove grandes bancos da região, entre eles ING (Holanda) e UniCredit (Itália), se uniram para desenvolver uma stablecoin lastreada em euro.

O projeto está programado para ser lançado em 2026 e terá como base a conformidade total com o regulamento MiCA (Markets in Crypto-Assets), que entra em vigor gradualmente a partir de 2024.

Objetivo da stablecoin bancária

  • Criar uma moeda digital estável 100% lastreada em euro, voltada para pagamentos instantâneos, liquidação de transações financeiras e integração com sistemas bancários.
  • Oferecer uma alternativa regulada a stablecoins privadas como USDT (Tether) e USDC (Circle), mas com respaldo direto de instituições financeiras tradicionais da União Europeia.
  • Atender às exigências de transparência, auditoria e governança impostas pelo MiCA, aumentando a confiança dos usuários e reguladores.

Bancos participantes

Além de ING e UniCredit, outros bancos médios e grandes da Europa participam do consórcio (nomes completos devem ser detalhados em futuras divulgações). O objetivo é criar uma infraestrutura interoperável que possa ser usada tanto por bancos quanto por empresas de pagamentos e fintechs dentro do bloco europeu.

Impacto esperado no mercado

  1. Concorrência com stablecoins globais
    • Hoje, o mercado é dominado por USDT e USDC, atrelados ao dólar.
    • A criação de uma stablecoin em euro pode diversificar a liquidez internacional e fortalecer a presença do euro no mercado cripto.
  2. Alinhamento regulatório com o MiCA
    • O MiCA exige que emissores de stablecoins mantenham reservas auditáveis e regras claras de custódia.
    • O envolvimento direto de bancos aumenta a credibilidade e a aceitação da futura moeda digital.
  3. Integração com o sistema financeiro europeu
    • Pode ser usada em pagamentos instantâneos SEPA, comércio eletrônico e até aplicações em DeFi regulamentado no bloco europeu.
    • É vista como um passo intermediário antes da possível adoção do Euro Digital, em estudo pelo BCE (Banco Central Europeu).

Conclusão

O consórcio bancário europeu marca uma mudança importante: bancos tradicionais estão entrando diretamente no mercado de stablecoins, e não apenas observando startups e emissores privados.

Se confirmada, a stablecoin em euro prevista para 2026 poderá ser a primeira grande alternativa regulada ao dólar digitalizado nas blockchains, abrindo espaço para maior adoção institucional e uso prático no dia a dia dos europeus.