Atualização do Mercado Cripto: 31 de outubro de 2025

Um profissional observa gráficos de criptomoedas em uma tela digital, ao lado do título 'Atualização do mercado de criptomoedas' da Klever.

Outubro termina como um mês de contrastes marcantes. Enquanto EUA e China ensaiavam uma trégua comercial e o Federal Reserve fazia o primeiro corte de juros após meses de política restritiva, o mercado de criptomoedas vivia uma montanha-russa: o Bitcoin superou os US$ 120 mil, o Ethereum atingiu sua maior cotação em duas semanas e, logo depois, ambos enfrentaram uma correção de mais de 3%.

No meio desse cenário volátil, um movimento chamou atenção: a Klever Blockchain apresentou uma das atualizações mais ambiciosas do ano.

Mais do que um fechamento de ciclo, outubro representa o ponto de inflexão entre o passado especulativo e o futuro funcional do universo cripto — onde tecnologia e confiança voltam a ser as principais forças de crescimento.

Klever lança a KVM: nova era dos contratos inteligentes na blockchain

Realizado em 28 de outubro de 2025, o lançamento da Klever Virtual Machine (KVM) marca um dos avanços mais importantes da Klever Blockchain, transformando a rede em uma plataforma completa para contratos inteligentes, dApps e tokens programáveis.

O que é a Klever Virtual Machine (KVM)

A KVM (Klever Virtual Machine) é o novo ambiente de execução de smart contracts da Klever Blockchain.

Desenvolvida em Rust e compilada em WebAssembly (WASM), ela oferece segurança, escalabilidade e eficiência na criação de contratos inteligentes e dApps descentralizados.

Com a atualização v1.7.14, lançada oficialmente em 28/10/2025, a rede Klever passou a suportar:

  • Contratos inteligentes nativos;
  • Tokens Semi-Fungíveis (SFTs);
  • SDKs e integração com VS Code;
  • Ponte com Ethereum (ERC-20/USDC);
  • Painel Contract Area no KleverScan, para auditoria e transparência on-chain.

Por que o lançamento da KVM importa 

O lançamento da Klever Virtual Machine (KVM) redefine o papel da Klever Blockchain no setor cripto, elevando-a de uma rede de transações para um ecossistema completo de aplicações descentralizadas.

  • Ecossistema ampliado: agora é possível desenvolver dApps, jogos e tokens personalizados diretamente na rede.
  • Alto desempenho e segurança: construída em Rust e WebAssembly, a KVM garante execução rápida, baixo consumo e isolamento seguro de memória.
  • Foco no desenvolvedor: a Klever oferece SDKs, extensão para VS Code e KleverScan com transparência total nos contratos.
  • Interoperabilidade real: integração com Ethereum (ERC-20) e futura conexão com TRON e USDT, unindo diferentes blockchains.

AWS enfrenta pane global e paralisa serviços de exchanges

Imagem ilustrativa do apagão da AWS, destacando vulnerabilidade da infraestrutura digital global em fundo vermelho com o logotipo da Amazon Web Services

No dia 20 de outubro de 2025, a Amazon Web Services (AWS) sofreu uma falha global que afetou diretamente plataformas de criptomoedas, incluindo Coinbase, Robinhood, Mercado Livre e dezenas de outras empresas que dependem da infraestrutura da nuvem da Amazon.

Mais de 500 serviços digitais apresentaram lentidão ou ficaram totalmente fora do ar.

Impacto da pane nos serviços de criptomoedas

A Coinbase comunicou que alguns usuários enfrentam falhas de login e transações travadas, mas garantiu que “todos os fundos permanecem seguros”.

A Robinhood, plataforma de investimentos americana, também relatou interrupções temporárias em negociações de criptoativos e ações.

Outros serviços impactados incluem:

  • Mercado Livre, com instabilidade no marketplace e no serviço de pagamentos Mercado Pago;
  • OpenSea, marketplace de NFTs;
  • Plataformas de monitoramento de dados on-chain e APIs utilizadas por dApps e exchanges descentralizadas.

De acordo com a própria AWS, o problema estava ligado ao DynamoDB, um de seus bancos de dados principais, e o restabelecimento completo ocorreu após cerca de três horas.

Trégua Comercial entre EUA e China 

No dia 30 de outubro de 2025, durante a cúpula da APEC em Busan, o presidente norte-americano Donald Trump e o líder chinês Xi Jinping anunciaram uma trégua comercial de um ano.

O acordo busca conter a escalada tarifária, aliviar pressões sobre cadeias de suprimentos e estabilizar os mercados globais, especialmente nos setores de tecnologia, energia limpa e agronegócio.

Principais pontos do acordo EUA–China

  • Redução de tarifas: os EUA concordaram em reduzir tarifas médias sobre produtos chineses de 57 % para cerca de 47 %.
  • Suspensão de restrições: a China suspendeu temporariamente os controles de exportação de terras-raras e semicondutores.
  • Compra de soja: Pequim comprometeu-se a adquirir 12 milhões de toneladas de soja norte-americana em 2025 e 25 milhões por ano até 2028.
  • Revisão de políticas tecnológicas: ambos os países concordaram em retomar diálogos sobre propriedade intelectual e regulação de IA.

Por que a trégua comercial era necessária

Desde 2024, as tensões comerciais entre EUA e China vinham crescendo com novas tarifas, restrições à exportação e barreiras tecnológicas.
O impasse ameaçava o setor de manufatura, a produção agrícola e o fluxo global de chips e minerais críticos.

A trégua surge como uma tentativa de evitar nova ruptura nas cadeias de suprimentos globais e restaurar a confiança dos investidores.

Impactos econômicos da trégua EUA–China

1. Alívio para o agronegócio americano

A retomada das compras de soja é vista como um impulso ao setor agrícola dos EUA, que vinha sofrendo com estoques elevados e margens pressionadas.

2. Melhora no sentimento do mercado global

Após o anúncio, bolsas asiáticas e europeias registraram leve alta, e o Bitcoin recuperou parte das perdas da semana anterior, segundo CryptoQuant e Glassnode.

3. Redução de riscos nas cadeias produtivas

A suspensão das restrições de terras-raras ajuda empresas dos setores de IA, energia limpa e defesa, que dependem desses insumos estratégicos.

Limitações do acordo e desafios futuros

Apesar de ser um avanço diplomático, a trégua não resolve os conflitos estruturais entre as potências.
Permanecem em aberto temas como:

  • Subsídios estatais chineses.
  • Transferência forçada de tecnologia.
  • Disputas sobre Taiwan e segurança cibernética.

Economistas classificam o acordo como “uma pausa tática, não uma solução definitiva”, segundo análise do Council on Foreign Relations.

Impactos globais e para o Brasil

Para o Brasil, a trégua tem efeitos mistos:

  • Pode pressionar os preços da soja, já que a China retomará parte das importações americanas.
  • Ao mesmo tempo, reduz a volatilidade nos mercados de commodities e melhora o ambiente para exportadores.
  • Países que integram o modelo “China + 1” — como Vietnã, México e Índia — também se beneficiam da estabilidade temporária.

Análise estratégica: o que essa trégua ensina

A trégua entre EUA e China é um exemplo claro de diplomacia econômica como ferramenta de posicionamento global.

Ela mostra que acordos comerciais vão muito além das tarifas — tratam de poder, influência e acesso a mercados estratégicos.

Como as tensões entre EUA e China e as decisões do Fed impactam o mercado de criptomoedas

O mercado de criptomoedas é altamente sensível ao contexto macroeconômico global.

Nas últimas semanas, tensões comerciais entre Estados Unidos e China e as expectativas sobre cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed) têm afetado diretamente o preço do Bitcoin (BTC) e de outros ativos digitais.

Esses fatores definem o apetite ao risco e a liquidez disponível no mercado, influenciando entradas institucionais, ETFs e o comportamento dos investidores.

Segundo a Infomoney, o Bitcoin teve oscilações entre US$ 109 mil e US$ 115 mil à medida que novos desdobramentos políticos e econômicos se intensificaram.

Quando o risco global aumenta, o Bitcoin sente

A disputa entre EUA e China — envolvendo tarifas, restrições a exportações e controle de semicondutores — gera incerteza sobre o crescimento econômico global.

Em 14 de outubro, por exemplo, o Bitcoin caiu cerca de 2,1% após notícias de novas barreiras comerciais.

Quando há medo de desaceleração, investidores reduzem exposição a ativos de maior risco — como criptomoedas — e migram para títulos soberanos ou dólar.

Já quando há sinais de trégua, como a retomada de negociações entre as potências, o mercado volta a ganhar fôlego: em 13 de outubro, o BTC recuperou o nível de US$ 115 mil com o “alívio” nas tensões.

Cortes de juros e o “efeito liquidez” no mercado cripto

Taxas de juros mais altas tornam o capital mais caro, reduzindo o fluxo para ativos sem rendimento, como Bitcoin e Ethereum.

Quando o mercado acredita que o Fed vai cortar juros, cresce o apetite por risco — e o Bitcoin tende a subir.

Segundo análise da Infomoney, “juros mais baixos aumentam a liquidez e favorecem ativos digitais”.

Porém, em outubro, Jerome Powell (presidente do Fed) sinalizou que novos cortes não são garantidos até o fim do ano, o que esfriou o entusiasmo do mercado.

Após o anúncio, o Bitcoin recuou de US$ 115 mil para US$ 109 mil, e a capitalização global das criptomoedas caiu abaixo de US$ 4 trilhões.

Como Fed e China interagem no preço do Bitcoin

Quando o Fed promete juros menores e as tensões entre EUA e China diminuem, o ambiente global se torna mais favorável ao risco — e o Bitcoin tende a valorizar.

Mas se o discurso do Fed endurece ou as relações comerciais pioram, o mercado cripto rapidamente perde tração.

Por exemplo:

  • Boa notícia dupla (liquidez + trégua) → alta de BTC e ETH;
  • Má notícia combinada (juros + conflito) → realização de lucros e retração do mercado.

Essa correlação mostra que o Bitcoin já se comporta como um ativo macro, reagindo a juros, inflação e políticas externas — e não apenas a fatores internos da blockchain.

Criptomoedas Registram Queda de 3% Após Rali

Fonte: coinmarketcap

Em 30 de outubro de 2025, a capitalização total do mercado global de criptomoedas caiu cerca de 3,0%, passando de US$ 3,99 trilhões para US$ 3,78 trilhões, segundo o CryptoNews.

O Bitcoin (BTC) recuou 3,5%, sendo negociado próximo de US$ 109.373, enquanto o Ethereum (ETH) caiu 3,6%, chegando a US$ 3.868.

O Índice de Medo e Ganância (Fear & Greed Index) recuou para 34 (“Medo”), refletindo um aumento na cautela dos investidores.

A queda foi impulsionada por saídas de ETFs, reação contida à política do Federal Reserve e pressões regulatórias renovadas na Austrália.

Saídas de ETFs indicam enfraquecimento institucional

Os fluxos de capital institucional continuam sendo um dos principais fatores que influenciam o sentimento do mercado cripto.
Dados do CryptoNews (30 de outubro de 2025) mostram:

  • ETFs spot de Bitcoin registraram US$ 470,7 milhões em saídas.
  • ETFs spot de Ethereum perderam cerca de US$ 81,44 milhões.
  • Enquanto isso, Solana (SOL) se destacou com US$ 47,94 milhões em entradas — o único ponto positivo relevante.

Essas saídas de ETFs costumam gerar pressão vendedora mais ampla, pois refletem redução de exposição de investidores institucionais e de grande porte.

Política do Federal Reserve: cortes de juros e reação do mercado

O Federal Reserve anunciou um corte de 25 pontos-base na taxa de juros e confirmou o fim do programa de aperto quantitativo (QT) em dezembro.

Embora o fim do QT normalmente sinalize maior liquidez, o que deveria favorecer ativos de risco como Bitcoin e Ethereum, o mercado reagiu com cautela em vez de entusiasmo.

Esse paradoxo sugere que os traders ainda estão avaliando se as ações do Fed representam uma mudança duradoura para uma política mais favorável ou apenas uma pausa antes de novos apertos.

Sentimento dos investidores entra em zona de medo

A queda do Fear & Greed Index para 34 indica uma mudança importante na psicologia do mercado:

  • Há um mês: 43 (“Neutro”)
  • Ontem: 39 (“Medo”)
  • Hoje: 34 (“Medo”)

Essa retração reflete queda nos volumes de negociação e menor participação do investidor varejista, padrão comum durante fases de consolidação após fortes altas.

Pressão regulatória aumenta a incerteza

O tema regulatório voltou ao foco após a AUSTRAC, agência de inteligência financeira da Austrália, multar a CryptoLink — operadora de caixas eletrônicos de cripto — em A$ 56.340 (cerca de US$ 37 mil) por violações de lavagem de dinheiro (AML).
Apesar do valor baixo, o caso reforça a percepção de maior rigor regulatório, o que pode afetar temporariamente a confiança dos investidores e a dinâmica do mercado.

Contexto geral do mercado

A correção atual vem após semanas de ganhos nas principais criptomoedas, impulsionadas pelo otimismo com aprovações de ETFs e maior adoção institucional.
No entanto, conforme o Bitcoin se aproximou dos US$ 115 mil e o Ethereum ultrapassou os US$ 4 mil, muitos traders optaram por realizar lucros.

Os altcoins, ainda negociados 30% a 40% abaixo de suas máximas do ciclo, permanecem vulneráveis a oscilações de liquidez e à migração de investidores para ativos considerados mais seguros, como o BTC.

Bitcoin recua após fala de Jerome Powell

O Bitcoin (BTC) registrou leve queda após o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, em 29 de outubro de 2025.

Mesmo após o corte de juros de 0,25 ponto percentual — que reduziu a taxa para a faixa de 3,75% a 4,00% — o tom cauteloso do Fed gerou realização de lucros e retração temporária no mercado cripto.

Fed corta juros, mas discurso limita o entusiasmo do mercado

Durante a coletiva, Powell afirmou que novos cortes em dezembro não estão garantidos, o que esfriou o otimismo dos investidores.

O Bitcoin, que operava próximo de US$ 113.000, recuou para cerca de US$ 110.000, antes de se estabilizar em torno de US$ 111.600 no fechamento do dia 29.

Esse movimento reflete a típica reação dos mercados de risco a discursos “hawkish” (de postura mais rígida em relação à inflação), mesmo quando há corte de juros.

O impacto no preço do Bitcoin e a leitura dos analistas

Apesar da correção pontual, especialistas consultados pelo Portal do Bitcoin veem o cenário estruturalmente positivo no médio prazo.

  • Rony Szuster, head de research da Mercado Bitcoin, destacou que o fim do ciclo de aperto quantitativo (QT) do Fed tende a beneficiar ativos ligados à liquidez, como o Bitcoin e o Ethereum.
  • Theodoro Fleury, gestor da QR Asset Management, afirmou que o corte já estava precificado, mas o discurso mais duro de Powell pegou parte do mercado de surpresa.
  • Sarah Uska, analista da Bitybank, observou que o comportamento on-chain mostra redução das reservas de BTC em exchanges, um indicador de pressão de venda menor e expectativa de valorização futura.

O que a decisão do Fed revela sobre o momento do mercado

O recuo do Bitcoin após a fala de Powell não sinaliza inversão de tendência, mas sim uma pausa em meio à incerteza macroeconômica.
Analistas ressaltam que:

  • A liquidez global tende a melhorar nos próximos trimestres, com o fim do QT.
  • O fluxo para ETFs de Bitcoin e Ethereum permanece positivo, reforçando a entrada institucional.
  • E a redução nas reservas de BTC em exchanges mostra comportamento de “hold” entre investidores.

Esses fatores sustentam uma visão otimista de médio prazo, com possíveis retomadas no final do ano caso o Fed confirme nova flexibilização monetária.

Conclusão: volatilidade de curto prazo, fundamentos de longo prazo

A queda do Bitcoin após o discurso de Powell representa ajuste momentâneo, não mudança estrutural.

O ambiente macroeconômico segue favorável à retomada de ativos digitais, e o mercado já precifica cortes adicionais de juros em 2026.

Enquanto isso, a diminuição nas reservas de BTC, o crescimento dos ETFs cripto e o fim do aperto monetário reforçam um cenário de liquidez crescente e confiança institucional.

Bitcoin e Ethereum Despencam Após Reunião de Trump e Xi Jinping

No dia 30 de outubro, o mercado de criptomoedas viveu forte correção após a reunião entre Donald Trump e Xi Jinping, que terminou sem avanços concretos.

O Bitcoin (BTC) caiu cerca de 4%, ficando abaixo de US$ 108.000, enquanto o Ethereum (ETH) recuou mais de 5%, sendo negociado próximo de US$ 3.782.

Outras criptomoedas também foram atingidas: Solana (SOL), XRP e Dogecoin (DOGE) caíram em média 6% nas últimas 24 horas.

Segundo dados do Portal do Bitcoin (outubro/2025), as liquidações de contratos futuros ultrapassaram US$ 1,1 bilhão, concentradas em posições long — apostas que esperavam alta dos preços.

  • Bitcoin: ~US$ 500 milhões liquidados
  • Ethereum: ~US$ 250 milhões liquidados
  • Altcoins diversas: ~US$ 350 milhões

Por Que o Mercado Caiu Após a Reunião Trump–Xi?

A combinação de decepção política e incerteza monetária foi o gatilho principal da queda.

1. Ausência de avanços comerciais

A reunião entre Trump e Xi, que poderia sinalizar alívio nas tensões econômicas entre EUA e China, terminou sem acordos ou comunicados conjuntos.
O resultado esfriou o apetite por ativos de risco — incluindo criptomoedas.

2. Declarações do Federal Reserve

O presidente do Fed, Jerome Powell, indicou que novos cortes de juros não estão garantidos, contrariando a expectativa do mercado por políticas mais flexíveis.
Com juros altos, o custo de oportunidade de manter posições em ativos voláteis como Bitcoin e Ethereum aumenta.

3. Realização de lucros após recordes recentes

O Bitcoin havia atingido US$ 126.000 no início do mês, seu maior valor histórico.
A ausência de notícias positivas serviu como gatilho para realização de lucros e ajuste técnico, levando o BTC a acumular queda de cerca de 15% desde o topo.

4. Liquidações em cascata

O excesso de alavancagem no mercado de futuros provocou liquidações forçadas em massa.
Quando os preços caem rapidamente, contratos alavancados “long” são encerrados automaticamente, ampliando o movimento de queda e pressionando o preço à vista.

O Que Isso Significa para o Mercado Cripto

  • Alta correlação com eventos macroeconômicos: A reação mostra que o Bitcoin ainda se comporta como um ativo de risco, sensível à política global e às decisões de juros.
  • Gestão de risco é essencial: Investidores alavancados enfrentaram perdas severas em poucas horas.
  • Correções fazem parte do ciclo: Após fortes valorizações, o mercado tende a passar por períodos de consolidação.
  • Liquidez e autocustódia: Momentos de volatilidade reforçam a importância de manter ativos sob controle próprio, fora de exchanges, usando carteiras como a Klever Wallet.

Bitcoin enfrenta seu primeiro “Outubro vermelho” em sete anos: entenda o que está por trás da queda

Fonte: Finance Magnates

Em 31 de outubro de 2025, o Bitcoin (BTC) completou 17 anos desde a publicação de seu White Paper, mas o mês terminou em queda — algo que não acontecia desde 2018.

Segundo dados da CoinGlass e Cointelegraph, o Bitcoin acumula desvalorização de cerca de 3% a 4% no mês, rompendo a sequência histórica de altas que rendeu ao período o apelido de “Uptober”.

Desde 2013, outubro costuma ser o mês mais lucrativo do Bitcoin, com média de ganhos entre 19% e 22%. Em 2025, porém, esse padrão foi quebrado — marcando o primeiro “Outubro vermelho” em sete anos.

Queda do Bitcoin: principais motivos

1. Realização de lucros por holders antigos

Dados on-chain da Glassnode indicam que investidores de longo prazo — que compraram BTC entre US$ 70 mil e US$ 96 mil — começaram a vender após o pico de US$ 126 mil no início de outubro.

Essa pressão de venda reduziu a força do rali e trouxe uma correção natural após meses de valorização.

2. Menor entrada institucional via ETFs

Relatórios do Crypto Sale, mostram que o fluxo de compra por ETFs de Bitcoin caiu de 2.500 BTC/dia para menos de 1.000 BTC/dia.

Com menor entrada de capital institucional, o mercado perdeu o “combustível” necessário para sustentar novas altas.

3. Incertezas macroeconômicas e geopolíticas

Aversão a risco aumentou após novas tensões comerciais entre EUA e China, somadas à incerteza sobre cortes de juros pelo Federal Reserve.

Mesmo com expectativas positivas no início do mês, a falta de clareza na política monetária levou investidores a migrarem para ativos mais estáveis.

4. Ruptura da narrativa “Uptober”

Durante sete anos, o mercado acreditou que “outubro sempre sobe”.

A quebra dessa narrativa tem impacto psicológico direto, reduzindo o apetite por risco e estimulando uma postura mais cautelosa — especialmente entre traders de curto prazo.

O que isso significa para o mercado de criptomoedas

Apesar da correção, analistas veem o movimento como saudável dentro de um ciclo de alta mais amplo.

Outros indicadores — como o crescimento de endereços ativos, volume on-chain e fortalecimento das stablecoins — ainda sustentam fundamentos positivos para o longo prazo.

Essa desaceleração mostra que o Bitcoin continua sensível a fatores macroeconômicos, mas também reforça sua maturidade de mercado: o ativo já não depende apenas do hype, mas do equilíbrio entre liquidez, oferta e demanda real.

O que esse fluxo significa para o mercado cripto

A entrada milionária em ETFs de Bitcoin e Ethereum é um sinal de retomada de apetite por risco.

Isso mostra que investidores institucionais voltaram a ver valor em ativos digitais, especialmente diante da estabilidade regulatória e da expectativa de cortes de juros nos Estados Unidos.

Mas o cenário ainda pede cautela. Analistas destacam que fatores macroeconômicos — como inflação, tensões comerciais e eleições nos EUA — continuam influenciando o preço das criptomoedas.

O fluxo recente para ETFs de Bitcoin e Ethereum reforça que o mercado cripto segue maduro e atrativo para investidores institucionais.

Mas para o investidor comum, o foco deve ser educação, autocustódia e visão de longo prazo.

Enquanto o mercado observa se o bull market está realmente de volta, uma coisa é certa: a demanda por criptoativos de valor e infraestrutura sólida está crescendo novamente.

Bitcoin volta aos US$ 110 mil e entra em fase decisiva para novo ciclo de liquidez

Fonte: coinmarketcap

Após cair para US$ 106 mil, o Bitcoin (BTC) reagiu e voltou à faixa de US$ 109.813 (R$ 593 mil) nesta sexta-feira (31). O movimento ocorre após o Federal Reserve cortar os juros em 0,25 p.p. e sinalizar o fim dos cortes em 2025, além de um novo acordo comercial entre EUA e China.

Principais destaques

  • ETFs de Bitcoin registraram saídas de US$ 197,5 milhões, refletindo cautela dos investidores.
  • Analistas da Bitget e Derive apontam paralelos com 2019, mas com o Bitcoin hoje no centro dos fluxos de liquidez global.
  • A taxa de juros atual (4%) cria “energia acumulada” que pode migrar para ativos de risco se houver nova rodada de cortes.
  • Especialistas projetam que a faixa de US$ 105 mil–US$ 115 mil é decisiva — o rompimento pode abrir caminho para US$ 200 mil até o 3º trimestre de 2026.

Contexto macroeconômico

A mudança de postura do Fed é vista como gatilho para um novo ciclo de liquidez, favorecendo ativos de risco como o Bitcoin.

Contudo, analistas alertam para volatilidade de curto prazo, com possíveis correções de 10% a 15% antes de uma retomada sustentada.

Bitcoin White Paper completa 17 anos: o nascimento do dinheiro digital descentralizado

Em 31 de outubro de 2008, Satoshi Nakamoto publicou o white paper “Bitcoin: A Peer-to-Peer Electronic Cash System”, marco que deu origem ao Bitcoin e inaugurou o conceito moderno de blockchain. O documento, com apenas nove páginas, apresentou uma solução revolucionária para o problema do gasto duplo sem a necessidade de intermediários financeiros.

O white paper foi divulgado em meio à crise financeira global, propondo uma alternativa baseada em confiança matemática e descentralização. Três meses depois, em janeiro de 2009, Satoshi minerou o bloco gênesis, marcando o início da rede Bitcoin.

Principais ideias do white paper

  • Sistema peer-to-peer: transações diretas entre usuários, sem bancos.
  • Prova de trabalho (Proof-of-Work): validação de blocos por poder computacional, prevenindo fraudes.
  • Assinaturas digitais: autenticação segura de cada transação.
  • Registro público e imutável: todas as operações ficam gravadas em um ledger transparente — a blockchain.

Por que o white paper ainda importa

Após 17 anos, o texto de Satoshi continua sendo referência técnica e filosófica. Ele inspirou milhares de projetos e consolidou a autocustódia como pilar central da liberdade financeira digital.

O impacto atual

Hoje, o Bitcoin é considerado o ativo digital mais seguro do mundo, com uso crescente por bancos, governos e investidores institucionais. A publicação do white paper marcou o início de uma era que redefiniu a confiança, a escassez digital e o conceito de valor.

Coreia do Norte roubou US$ 2,84 bilhões em criptomoedas — e o mundo começa a reagir

Fonte: Fortune

Um relatório recente da Multilateral Sanctions Monitoring Team (MSMT) revelou que a Coreia do Norte desviou cerca de US$ 2,84 bilhões em criptomoedas entre janeiro de 2024 e setembro de 2025, segundo dados divulgados pelo Portal do Bitcoin.

Desse total, US$ 1,65 bilhão foi roubado apenas em 2025, com destaque para o ataque à exchange Bybit, ocorrido em fevereiro.

Hackers e trabalhadores remotos financiando o regime

Além de ataques diretos a exchanges e provedores de custódia, o relatório indica que o país utiliza trabalhadores de TI no exterior para gerar receita ilícita — uma estratégia que viola sanções da ONU.
Os valores são canalizados para programas militares, incluindo o desenvolvimento de armas e tecnologia nuclear.

Modus operandi sofisticado e foco em carteiras de custódia

Os ataques da Coreia do Norte atingem exchanges, provedores de chaves privadas e plataformas de DeFi, combinando engenharia social, infiltração digital e lavagem de ativos via mixers.

O relatório aponta que o nível técnico dessas operações se aproxima dos programas cibernéticos de China e Rússia, ampliando o alerta para todo o mercado de criptoativos.

Consequências geopolíticas e reação internacional

O uso de criptoativos para financiar armamentos transforma a blockchain em um instrumento alternativo para estados sancionados.

Apesar da transparência das transações, estruturas de lavagem complexas ainda permitem ocultar a origem dos fundos.

Em resposta, autoridades internacionais e empresas de segurança estão fortalecendo a cooperação global, o rastreamento on-chain e as ferramentas de análise forense digital.

Nova Lei pode restringir o mercado P2P e reforçar a regulação de cripto no Brasil

Um projeto de lei apresentado pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO) propõe centralizar as operações de compra e venda de criptoativos em instituições autorizadas pelo Banco Central.
O texto altera a Lei nº 14.478/2022, exigindo que negociações e custódias sejam feitas apenas por Prestadoras de Serviços de Ativos Virtuais (PSAVs).

Principais pontos:

  • Transações diretas (P2P) só seriam permitidas abaixo de um limite definido pelo Banco Central.
  • Todas as negociações passariam por pregão eletrônico supervisionado.
  • O objetivo declarado é reforçar o combate à lavagem de dinheiro e integrar o sistema financeiro à blockchain.
  • A autocustódia continua permitida, protegendo usuários que guardam seus próprios criptoativos.

Segundo Kajuru, o projeto não busca proibir o P2P, mas colocar sob regulação as transações de maior valor, tornando o mercado mais rastreável e seguro.
O texto cita stablecoins como USDT e USDC como foco de controle, por facilitarem conversões rápidas de capital ilícito.