
O mercado cripto entrou em um momento de forte tensão. Em poucos dias, preços despencaram, o sentimento virou para medo e grandes players começaram a reduzir exposição.
A queda generalizada reacendeu debates, colocou indicadores de risco em alerta e trouxe de volta a sensação de que o ciclo está passando por um ajuste mais profundo do que o previsto.
Bitcoin perdeu força, altcoins sofreram ainda mais e liquidações bilionárias mostraram que o mercado estava excessivamente alavancado. Ao mesmo tempo, a incerteza sobre juros, o comportamento dos ETFs e a saída de capital institucional ampliaram o movimento de retração.
O cenário chama atenção não apenas pela velocidade das quedas, mas pela mudança de postura dos investidores.
Depois de um outubro aquecido, o mercado agora se vê diante de uma pergunta inevitável: estamos apenas diante de uma correção intensa — ou já sentimos os primeiros sinais de um período mais prolongado de pressão?
Situação Atual do Mercado Cripto (14/11/2025): Queda Acelerada, Medo Alto e Forte Desalavancagem

Fonte: CryptoMarketCap
O mercado cripto passa por uma correção intensa, marcada por queda generalizada, aumento do medo e forte saída de capital de grandes players institucionais.
Capitalização do Mercado e Panorama Geral
- Capitalização total do mercado: entre US$ 3,3 e 3,4 trilhões, recuando cerca de 2% nas últimas 24h.
- Domínio do Bitcoin: ~57%, mostrando concentração maior do fluxo de capital na principal criptomoeda.
- Tendência geral: retração semanal e perda de força após o pico de outubro.
Esses dados indicam um movimento de desalavancagem, típico de períodos de correção mais profundos.
Sentimento: Medo e Aversão ao Risco
- O Crypto Fear & Greed Index voltou para níveis de medo e anteriormente chegou ao “medo extremo”.
- A sinalização é clara: os investidores estão reduzindo risco e reposicionando carteiras.
Relatórios apontam:
- Maior volume de venda por parte de holders de longo prazo.
- Rali de outubro pode ter marcado o fim da fase de euforia.
Cenário Macroeconômico Pressiona o Mercado
- As expectativas sobre o Fed recuaram: menor chance de cortes de juros em dezembro.
- Fluxo global migra para ativos mais conservadores.
- ETFs de Bitcoin continuam sendo o termômetro da confiança institucional.
Em Que Fase Estamos?
O mercado cripto vive uma correção forte com características de bear market de curto prazo:
- Bitcoin abaixo de US$ 100k
- Altcoins em queda acentuada
- Liquidações bilionárias
- Medo crescente
- Saídas expressivas de ETFs
O ciclo maior de longo prazo pós-halving continua, mas o momento atual é de ajuste, aumento de cautela e busca por proteção.
Bitcoin Cai ao Pior Nível Desde Maio: Estamos Entrando em um Bear Market?

Fonte: CoinMarketCap
O Bitcoin recuou para a região de US$ 95.000, o menor valor desde maio, reacendendo a dúvida que domina o mercado nesta semana:
isso é apenas uma correção — ou o início de um verdadeiro bear market?
A matéria destaca análises de grandes casas de pesquisa, incluindo J.P. Morgan e CryptoQuant, apresentando sinais técnicos e dados on-chain que ajudam a entender o momento.
Queda do Bitcoin: o que está acontecendo agora
- BTC tocou US$ 94–95 mil, patamar que não era visto há meses.
- O movimento acendeu alertas de investidores e aumentou o sentimento de risco no mercado.
- A queda colocou o gráfico perto de suportes importantes, levantando a questão: o ciclo virou?
Projeções do J.P. Morgan
Apesar da queda, o J.P. Morgan continua otimista:
- Projeção de US$ 170.000 para o Bitcoin nos próximos 6 a 12 meses.
- A casa argumenta que a região de US$ 94.000 serve como suporte natural, pois se aproxima do custo de produção da rede — indicador historicamente relevante.
CryptoQuant afirma: ainda não é bear market — por enquanto
O analista Ki Young Ju destaca:
1. O suporte dos US$ 94.000 é decisivo
Se for perdido com força, aí sim o risco de bear market aumenta.
2. O Realized Cap ainda está subindo
O Realized Cap mede o valor da rede com base no preço da última movimentação de cada BTC.
Quando esse indicador sobe, significa entrada de capital novo — algo raro em ambientes de baixa prolongada.
Outros sinais observados por analistas
- O BTC se aproximou da média móvel de 365 dias, considerada uma referência histórica importante.
- Analistas alertam que, se esse suporte for rompido, o movimento pode se intensificar.
- Parte do mercado vê o momento como “correção de meio de ciclo”, enquanto outra parte teme que seja o início de uma tendência prolongada de queda.
O que isso significa para investidores
Para quem investe em Bitcoin, o momento exige atenção redobrada:
- Avaliar exposição e riscos.
- Observar métricas on-chain, não apenas o preço.
- Acompanhar suportes técnicos como a faixa de US$ 94.000 e a média de 365 dias.
- Evitar decisões emocionais — correções fortes também acontecem em ciclos positivos.
XRP, Ethereum e Solana Despencam e Superam a Queda do Bitcoin: O Que Está Acontecendo com as Altcoins?

Fonte: Portal do Bitcoin
Enquanto o Bitcoin recuou com força, as principais altcoins — XRP, Ethereum (ETH) e Solana (SOL) — registraram quedas ainda mais intensas, ampliando o clima de aversão ao risco no mercado de criptomoedas. O movimento reforça um padrão comum em momentos de estresse: altcoins tendem a cair mais que o BTC.
Altcoins caem mais que o Bitcoin
Segundo a matéria, as três maiores altcoins fora o BTC tiveram quedas acentuadas:
- Ethereum (ETH): cerca de –7%
- XRP (Ripple): também próxima de –7%
- Solana (SOL): queda ainda mais forte, mantendo o padrão das últimas semanas
Essas quedas ocorreram em um cenário de forte liquidação no mercado, com posições alavancadas sendo encerradas à força.
Por que as altcoins estão caindo mais?
1. Liquidações em massa
O mercado registrou mais de US$ 1,1 bilhão em liquidações, o que impacta de forma mais agressiva os ativos com maior alavancagem — geralmente as altcoins.
2. Maior volatilidade
Altcoins têm menor liquidez e maior sensibilidade a movimentos bruscos.
Quando o mercado vira, elas reagem mais rápido — e caem com mais intensidade.
3. Realização de lucros
Ethereum, Solana e XRP vinham de ciclos de valorização recente. Em momentos de correção, investidores realizam lucro primeiro em altcoins antes de mexer no Bitcoin.
4. Aversão ao risco
Em períodos de incerteza, o capital costuma migrar das altcoins para ativos considerados “mais seguros” dentro do universo cripto — o próprio Bitcoin.
Solana é a mais atingida: por quê?
Solana tem mostrado quedas mais acentuadas do que BTC, ETH e XRP nas últimas semanas. Entre os fatores:
- maior exposição a alavancagem;
- fluxo de traders especulando com SOL-perp;
- forte correção após período de valorização acelerada;
- liquidez menor nos livros de ordem comparado ao BTC e ETH.
Isso a torna mais vulnerável quando o mercado vira.
O que esse movimento sinaliza sobre o mercado?
- Estamos em fase de correção forte — não necessariamente início de bear market, mas sim um momento de pressão intensa.
- Altcoins ficaram mais expostas ao sell-off, confirmando seu comportamento mais volátil em ciclos negativos.
- Bitcoin continua liderando o sentimento, mas outras criptomoedas estão sofrendo mais.
O que investidores devem observar agora
- Volume de liquidações nos próximos dias;
- Suportes críticos de ETH e SOL;
- Movimento do Bitcoin — se o BTC estabiliza, as altcoins tendem a recuperar;
- Métricas on-chain de fluxo de capital e derivativos.
Por que um sanduíche do McDonald’s está animando a comunidade do Bitcoin? Entenda o “Efeito McRib”

Fonte: Seu Dinheiro
O McDonald’s anunciou a volta do McRib nos EUA em 11 de novembro de 2025, um, sanduíche clássico do McDonald’s, que voltou a movimentar a comunidade do Bitcoin em 2025.
A razão? Uma curiosa coincidência que ganhou força nas redes: em vários anos, o retorno do McRib aconteceu perto de fortes altas do BTC.
Mas será que essa “relação” faz sentido — ou é apenas mais um meme do mercado cripto?
Por que isso virou assunto no mercado
A comunidade percebeu coincidências históricas:
- 2017: retorno do McRib → BTC em forte alta.
- 2020: relançamento → Bitcoin disparou.
- 2021: coincidência com mais uma fase de valorização.
Essa repetição criou o apelidado “Efeito McRib”, um meme amplamente compartilhado entre traders.
Até o diretor de marketing do McDonald’s comentou que o McRib ganhou “novo significado” dentro da comunidade de criptoativos.
Porém, essa correlação não é consistente:
- 2018: McRib voltou → BTC caiu para ~US$ 3.250.
- 2022: relançamento → Bitcoin afundou para ~US$ 15.500.
- 2025: após a volta do McRib, o BTC caiu cerca de 4%, indo na direção oposta à “teoria”.
Ou seja: o McRib é um meme divertido — não um indicador de mercado.
Por que isso gera tanta empolgação?
- Mistura de cultura pop + cripto.
- Meme fácil de viralizar.
- Curiosidade histórica que parece “predizer” movimentos do BTC.
- Comunicação leve em um mercado normalmente técnico.
Esse tipo de narrativa gera engajamento porque conversa com o lado cultural do Bitcoin.
China Acusa EUA de Roubar US$ 13 Bilhões em Bitcoin em Ataque Hacker: Entenda o Caso e o Impacto no Mercado

A China acusou oficialmente os Estados Unidos de roubar 127.272 bitcoins — cerca de US$ 13 bilhões — que pertenciam à mineradora chinesa LuBian, após um suposto ataque hacker ocorrido em dezembro de 2020. A denúncia foi divulgada pelo centro estatal chinês CVERC (China National Computer Virus Emergency Response Center).
Segundo o relatório chinês, os EUA teriam obtido acesso aos ativos e movimentado os bitcoins após anos de inatividade, enquanto o governo americano afirma que os BTC foram legalmente apreendidos em uma investigação criminal envolvendo o empresário cambodiano Chen Zhi, acusado de fraude e lavagem de dinheiro.
O que a China está alegando
- O ataque cibernético retirou mais de 127 mil BTC da LuBian, uma das maiores mineradoras de Bitcoin da época.
- As moedas ficaram totalmente paradas durante quatro anos, até serem movimentadas em 2024 — para as autoridades chinesas, isso indica operação estatal, não ação de criminosos comuns.
- A China conecta o episódio ao caso do empresário Chen Zhi, dizendo que os EUA usaram “investigações” como justificativa para confiscar os bitcoins.
A versão dos Estados Unidos
Os EUA afirmam que:
- Os bitcoins foram apreendidos legalmente,
- Faziam parte de investigações sobre fraude eletrônica e lavagem de dinheiro,
- A movimentação dos BTC em 2024 foi resultado de processos judiciais, não de hacking internacional.
Quem era a mineradora LuBian
- Antes de desaparecer em 2021, a LuBian controlava cerca de 6% da hashrate global do Bitcoin.
- Seu sumiço repentino sempre levantou suspeitas sobre:
- ataques cibernéticos,
- disputas internas,
- ou interferência estatal.
- ataques cibernéticos,
O caso reacende o debate sobre segurança cibernética em operações de mineração de grande escala.
Por que o caso preocupa o mercado de criptomoedas
Este episódio expõe 3 pontos críticos:
1. Geopolítica está entrando de vez no mundo cripto
China e EUA já disputam supremacia em tecnologia, IA e semicondutores — agora, disputam também a narrativa do controle de grandes reservas de Bitcoin.
2. Confisco de criptoativos pode acontecer, mesmo com anos de inatividade
O caso mostra que controle técnico ≠ controle jurídico.
Uma carteira pode ter chaves intactas, mas ainda assim ser alvo de ação estatal.
3. Mineração e grandes holdings de BTC viram alvos estratégicos
Mineradoras de grande porte movimentam quantidades bilionárias — e se tornam alvos de ataques, investigações e intelligence digital.
Lições para investidores
Mesmo sem relação direta com o investidor comum, o caso sinaliza:
- riscos de jurisdição,
- importância da autocustódia,
- necessidade de avaliar exposição a plataformas internacionais,
- impacto potencial em preço e sentimento do mercado,
- uso crescente de cripto em disputas geopolíticas.
Google Revela Malware com IA Usado pela Coreia do Norte para Roubar Criptomoedas

Um novo relatório do Google Threat Intelligence revelou que grupos ligados à Coreia do Norte estão usando malware com inteligência artificial para roubar criptomoedas e atacar usuários, corretoras e empresas do setor. A descoberta marca um salto no nível de sofisticação dos ataques, que agora utilizam IA para criar código malicioso em tempo real, dificultando a detecção tradicional.
A investigação do Google mostrou que:
- Grupos norte-coreanos empregam modelos de linguagem (LLMs) como Gemini e Qwen2.5-Coder para gerar código malicioso durante a execução.
- O malware usa a técnica de “just-in-time code generation”, produzindo scripts ou funções maliciosas sob demanda — o que torna antivírus e sistemas tradicionais menos eficientes.
- Os ataques são direcionados a corretoras, carteiras digitais e usuários de criptomoedas.
Como Funciona o Malware com IA
Duas famílias se destacam no relatório:
1. PROMPTFLUX
- Reescreve seu próprio código via API do Gemini.
- Atualiza comandos e scripts sempre que precisa escapar de detecções.
2. PROMPTSTEAL
- Usa o modelo Qwen para criar comandos do Windows sob demanda.
- Automatiza acesso indevido a dispositivos e dados sensíveis.
Outras táticas incluem:
- criação de phishing multilíngue,
- engenharia social contra funcionários de exchanges,
- scripts para localizar e acessar carteiras autocustodiadas e chaves privadas.
Objetivo dos Ataques
O foco dos grupos norte-coreanos é:
- mapear como carteiras digitais armazenam dados,
- gerar scripts para acessar armazenamento criptografado,
- roubar chaves, senhas e criptoativos,
- criar iscas altamente convincentes para funcionários de exchanges.
Esse tipo de ataque mira tanto usuários comuns quanto empresas que operam no mercado cripto.
Resposta da Google
O Google tomou medidas para barrar a operação:
- Desativou contas relacionadas às atividades maliciosas.
- Reforçou filtros de segurança nos modelos de IA para impedir uso indevido.
- Intensificou o monitoramento de APIs de LLMs e padrões suspeitos.
Por Que Isso Preocupa o Mercado Cripto
- Ameaça mais avançada: malware com IA adapta-se e evolui, tornando ataques mais difíceis de detectar.
- Foco em carteiras digitais: usuários de autocustódia tornam-se alvo direto.
- Engenharia social mais realista: phishing gerado por IA aumenta o risco de golpes.
- Corretoras e empresas também estão na mira: ataques podem comprometer sistemas internos, APIs e acessos administrativos.
O que usuários e empresas devem fazer
- Manter carteiras e apps sempre atualizados.
- Desconfiar de links, anexos e downloads — mesmo de mensagens “bem escritas”.
- Usar 2FA obrigatório.
- Utilizar apenas carteiras confiáveis e de autocustódia, como Klever Wallet, que possui camadas extras de proteção e isola chaves privadas.
- Evitar instalar extensões desconhecidas — um dos principais vetores de ataque.
Banco Central Publica Nova Regulamentação para Corretoras de Criptomoedas: O Que Muda na Prática

O Banco Central do Brasil publicou três resoluções — 519, 520 e 521 — que estabelecem o novo marco regulatório para corretoras de Bitcoin, prestadores de serviços de ativos virtuais e operações envolvendo criptoativos no país. As regras passam a valer em 2 de fevereiro de 2026 e fazem parte da implementação da Lei 14.478/2022, o Marco Legal dos Ativos Virtuais.
A seguir, veja um resumo claro, atualizado e otimizado para SEO sobre o que muda para exchanges, investidores e operações com cripto no Brasil.
Principais Pontos da Nova Regulamentação do Banco Central
1. SPSAV: nasce uma categoria oficial para empresas de cripto
As resoluções criam oficialmente as Sociedades Prestadoras de Serviços de Ativos Virtuais (SPSAVs).
Toda empresa que oferece compra e venda de criptomoedas, custódia, intermediação, interconexão com carteiras, ou serviços relacionados a ativos virtuais, precisa se enquadrar nessa categoria.
2. Autorização obrigatória do Banco Central
Pela Resolução 520, corretoras e plataformas terão de solicitar autorização formal para operar no Brasil.
Isso inclui:
- exchanges brasileiras,
- plataformas estrangeiras que atendem usuários daqui,
- empresas que prestam custódia para investidores.
A operação sem autorização pode levar a sanções e até interrupção das atividades.
3. Regras mais rígidas para transferências e operações internacionais
A Resolução 521 define que várias operações com cripto passam a ser enquadradas como operações de câmbio ou capitais internacionais, incluindo:
- uso de cripto para transferências internacionais,
- envio ou recebimento para carteiras autocustodiadas,
- operações com stablecoins lastreadas em moeda fiduciária.
Se a contraparte não for uma instituição autorizada, operações internacionais com cripto ficam limitadas a US$ 100.000.
4. Segregação obrigatória de recursos
As exchanges terão que separar o dinheiro dos clientes dos recursos próprios.
Isso aumenta a proteção do usuário e reduz riscos como fraudes ou insolvência.
Além disso, haverá:
- auditoria independente,
- verificação periódica da existência dos ativos,
- controles mais rigorosos de PLD/FT.
Como as Novas Regras do Banco Central Impactam Quem Investe em Criptomoedas no Brasil
As resoluções definem que qualquer empresa que ofereça serviços com cripto precisa ser classificada como PSAV (Prestadora de Serviços de Ativos Virtuais) e obter autorização do Banco Central para funcionar.
1. Mais segurança e proteção ao investidor
As plataformas terão de seguir normas semelhantes às do sistema financeiro:
- Segregação de ativos: o dinheiro e os criptoativos dos clientes devem ficar separados dos recursos da empresa.
- Requisitos de governança: controles internos, políticas de risco e auditorias independentes.
- Prevenção à lavagem de dinheiro e fraude.
Isso reduz riscos de golpes, má gestão ou falência de corretoras.
2. Exchanges precisarão ser autorizadas
Quem investe em cripto deverá:
- Verificar se a exchange que usa buscará licença do BC;
- Acompanhar se plataformas estrangeiras seguirão operando com brasileiros ou se deixarão o país por falta de autorização;
- Migrar para corretoras regularizadas caso a plataforma atual não se adapte.
3. Stablecoins e algumas operações passam a ser tratadas como câmbio
A resolução 521 enquadra operações com determinados criptoativos — incluindo stablecoins — como operações de câmbio.
Isso significa:
- Possível incidência de IOF, dependendo da regulamentação final da Receita;
- Regras mais rígidas para envio e recebimento de ativos no exterior;
- Maior transparência para transações internacionais.
4. Autocustódia terá novas exigências
Usuários que usam carteira própria (autocustódia) serão impactados:
- Exchanges precisarão identificar o titular da carteira em certas transferências;
- Operações entre exchange e carteira privada podem ser tratadas como câmbio;
- Isso aumenta o nível de rastreamento de transações, reduzindo anonimato.
5. Tributos e obrigações podem mudar
A nova classificação de operações como câmbio abre espaço para:
- Novas obrigações fiscais,
- Regras mais específicas para envio de cripto ao exterior,
- Possível incidência de tributos sobre stablecoins lastreadas em moedas fiduciárias.
A Receita Federal ainda definirá a aplicação prática.
6. Prazo de adaptação
As regras começam a valer em fevereiro de 2026, mas as empresas terão nove meses para se adequar. Exchanges que não cumprirem as exigências podem ser impedidas de operar.