Abril foi um mês agitado para o mercado de criptomoedas. Tarifas pesadas entre Estados Unidos e China, críticas públicas ao Federal Reserve e uma sequência de anúncios econômicos mexeram diretamente com o preço do Bitcoin e de outras moedas digitais.
O índice de Medo e Ganância, assim como veremos no final do artigo, refletiu toda essa tensão, despencando para níveis de medo extremo antes de mostrar sinais de recuperação.
Entre quedas, altas e muita incerteza, surgiram também novas oportunidades para quem acompanhou os movimentos de perto.
Neste artigo, você vai entender o que aconteceu, como isso moldou o sentimento dos investidores e o que pode influenciar os próximos passos do mercado.
2 de abril de 2025 – Anúncio das tarifas do “Dia da Libertação”
Fonte: CNN
Em 2 de abril de 2025, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou o que chamou de “Dia da Libertação”, implementando uma série de tarifas comerciais que afetam diretamente o comércio global e o mercado de criptomoedas.
As medidas entram em vigor em 5 de abril para a tarifa universal e em 9 de abril para as tarifas específicas por país.
As medidas incluem:
- Uma tarifa base de 10% sobre todas as importações de todos os países.
- Tarifas recíprocas, nas quais os EUA cobrarão metade do valor total das tarifas e barreiras comerciais impostas por outros países.
- Uma tarifa de 25% sobre todos os carros estrangeiros.
Fonte: X
Essas tarifas se somam a encargos já existentes, como os anteriormente aplicados às importações da China, resultando em uma tarifa efetiva de 54% sobre os produtos chineses a partir de 9 de abril.
As ações geraram preocupações sobre inflação global e desaceleração do crescimento econômico, impactando negativamente ativos de risco como as criptomoedas.
Por exemplo, o Bitcoin apresentou forte volatilidade, chegando a US$ 87.800 durante o discurso de Trump, mas recuando rapidamente para cerca de US$ 85.500.
Nos mercados financeiros, as bolsas dos EUA também reagiram negativamente. O índice Nasdaq, por exemplo, caiu mais de 4% nas negociações pós-mercado após o anúncio.
O presidente Trump justificou as medidas citando um déficit comercial de US$ 1,2 trilhão no ano anterior, afirmando que as tarifas estimulariam a produção nacional e criariam empregos para os americanos.
Ele classificou o anúncio como uma “declaração de independência econômica”, nomeando o dia 2 de abril como o “Dia da Libertação”.
Especialistas recomendam cautela no curto prazo e sugerem estratégias como:
- Buscar projetos sólidos para investir durante momentos de menor volatilidade no mercado.
- Aproveitar oportunidades táticas em altcoins menores com bom potencial.
- Utilizar stablecoins e estratégias de DeFi como formas de proteção.
Enquanto o governo defende que as tarifas irão revitalizar a indústria americana e reduzir barreiras comerciais externas, críticos alertam para riscos de inflação, aumento nos preços ao consumidor e tensões nas relações internacionais.
O cenário continua incerto, com a comunidade global atenta a novos desdobramentos e possíveis medidas retaliatórias.
4 de abril – Powell mantém juros enquanto S&P 500 desaba
Fonte: Reuters
Em 4 de abril de 2025, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmou que o Fed não pretende reduzir as taxas de juros no curto prazo, destacando a necessidade de maior clareza sobre as condições econômicas antes de qualquer mudança na política monetária.
Ele reconheceu que, embora a economia esteja estável, há grande incerteza e aumento dos riscos negativos — especialmente devido às novas tarifas comerciais anunciadas.
Logo após as declarações de Powell, o presidente Donald Trump o criticou publicamente, pressionando o Fed a cortar imediatamente os juros.
Segundo Trump, os dados sólidos de emprego e a baixa inflação justificariam uma resposta monetária mais agressiva.
O mercado financeiro reagiu rapidamente. O índice S&P 500 caiu 4,8%, registrando seu pior desempenho desde junho de 2020.
O Dow Jones perdeu mais de 1.600 pontos, enquanto o Nasdaq Composite despencou 6%.
Fonte: Investopedia
Esses desdobramentos aumentaram as tensões entre a Casa Branca e o Federal Reserve.
O banco central agora enfrenta o desafio de equilibrar o controle da inflação com o risco de desaceleração econômica, em um contexto em que a volatilidade dos mercados evidencia a incerteza sobre os próximos passos da política monetária.
Fidelity Investments lança o “Fidelity Crypto for IRA”
Source: Cryptopolitan
A Fidelity Investments lançou um novo plano de aposentadoria privado nos Estados Unidos: o Crypto IRA.
Essa conta permite que investidores construam suas economias de longo prazo para a aposentadoria investindo diretamente em criptomoedas como Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH) e Litecoin (LTC).
Diferente de uma conta de investimento tradicional, o Crypto IRA foi criado especificamente para aposentadoria, oferecendo possíveis benefícios fiscais, dependendo do tipo de IRA escolhido.
Ele está disponível para qualquer adulto norte-americano com mais de 18 anos e não possui taxas administrativas.
Os ativos digitais são armazenados com segurança pela Fidelity Digital Assets, utilizando carteiras frias (cold wallets) — dispositivos offline que oferecem proteção mais robusta contra ataques digitais, aumentando a segurança dos investimentos em cripto.
Os clientes podem escolher entre três tipos de contas IRA:
- Roth IRA – Contribuições são feitas com renda após a tributação, e saques qualificados são isentos de impostos.
- IRA Tradicional – Contribuições podem ser deduzidas do imposto de renda no momento do depósito, mas os saques são tributados no futuro.
- Rollover IRA – Permite a transferência de fundos de um plano de aposentadoria anterior, como um 401(k).
Nota: Um 401(k) é um plano de poupança para aposentadoria patrocinado por empregadores nos EUA, que geralmente oferece benefícios fiscais e contribuições complementares do empregador.
O lançamento do Crypto IRA acompanha o aumento da demanda por carteiras de aposentadoria mais diversificadas, que também incluam ativos cripto.
A Fidelity, que já oferece ETFs vinculados a criptomoedas e está buscando aprovação para um ETF de Solana (SOL) na Cboe, continua expandindo suas opções de investimento para aposentadoria com essa iniciativa.
8 de abril – Casa Branca confirma tarifa de 104% sobre importações da China
Fonte: Times Of India
Em 8 de abril de 2025, o presidente Donald Trump anunciou que os Estados Unidos imporão uma tarifa de 104% sobre produtos importados da China, com início previsto para a meia-noite.
A medida é uma resposta direta à recente imposição, por parte da China, de uma tarifa de 34% sobre produtos americanos, o que intensificou as tensões comerciais entre os dois países.
Autoridades norte-americanas justificaram a nova tarifa citando desequilíbrios comerciais de longa data e argumentando que a China continua mais dependente do acesso ao mercado dos EUA do que o contrário.
A administração também afirmou estar aberta a formar acordos comerciais “personalizados” com países individuais.
No entanto, tarifas entre 17% e 25% sobre importações de aliados como Japão, Coreia do Sul, Israel e União Europeia ainda devem ser aplicadas neste momento.
A China condenou fortemente a decisão, classificando-a como unilateral e agressiva, e prometeu adotar “contramedidas legítimas” para defender seus interesses econômicos e manter sua posição no comércio internacional.
O cenário segue instável, e as reações iniciais indicam uma crescente preocupação com uma possível reescalada da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.
Rali de alívio do Bitcoin perde força após confirmação de tarifa de 104% sobre a China pela Casa Branca
Fonte: Coinmarketcap
Inicialmente, o Bitcoin registrou uma recuperação, atingindo US$ 81.180, impulsionado por rumores falsos de que os EUA iriam suspender as tarifas comerciais.
No entanto, a confirmação oficial da nova tarifa de 104% caiu como uma bomba no mercado cripto: o Bitcoin despencou, se aproximando da faixa crítica dos US$ 75.000, seu menor patamar em meses. — o menor patamar desde 6 de novembro de 2024.
9 de abril – China anuncia tarifa de 84% sobre produtos dos EUA
Fonte: Republic World
Em 9 de abril de 2025, novas tensões comerciais surgiram entre Estados Unidos e China.
Como resposta direta à tarifa de 104% imposta pelo governo Trump sobre produtos chineses, a China anunciou uma tarifa de 84% sobre mercadorias norte-americanas — uma medida que pode afetar significativamente os exportadores dos EUA.
Além do aumento nas tarifas, o Ministério do Comércio da China impôs controles de exportação sobre 12 empresas americanas, proibindo que companhias chinesas forneçam itens de uso dual (civil e militar) a essas empresas.
Apesar de nenhuma das partes ter usado diretamente o termo “guerra comercial”, os acontecimentos apresentam várias semelhanças com episódios recentes.
Mercados financeiros na Ásia e na Europa reagiram com cautela, e análises já indicam quedas relevantes em índices de ações — reflexo da preocupação dos investidores com os possíveis impactos econômicos globais.
Tarifas mais altas tendem a aumentar os custos para empresas e consumidores, pressionando ainda mais os índices de inflação.
Alguns economistas alertam que, se essa escalada se prolongar, pode representar um risco ao crescimento econômico global.
As declarações públicas de Washington e Pequim mostram pouca disposição para concessões neste momento.
Autoridades chinesas afirmaram que irão “lutar até o fim” para proteger os interesses nacionais, enquanto representantes dos EUA justificaram a decisão como uma ação necessária para reequilibrar o comércio.
9 de abril – Trump eleva tarifas sobre a China para 125% e anuncia pausa de 90 dias para outros países
Fonte: Neptune Prime
O governo dos Estados Unidos anunciou na terça-feira, 9 de abril, uma pausa temporária de 90 dias na aplicação de tarifas recíprocas para países que não retaliaram Washington e demonstraram interesse em discutir novos acordos comerciais.
A medida reduz as tarifas para uma taxa base de 10% com efeito imediato.
Segundo o presidente Donald Trump, mais de 75 países já procuraram representantes dos EUA — incluindo os departamentos de Comércio e do Tesouro — para iniciar negociações relacionadas a tarifas, barreiras comerciais e manipulação cambial.
Esses países não responderam com medidas retaliatórias às tarifas anteriores, tornando-se elegíveis para a suspensão temporária.
A iniciativa tem como objetivo incentivar a diplomacia e promover um ambiente multilateral de negociação.
“Estamos dando uma chance ao comércio justo”, declarou Trump, segundo fontes próximas à Casa Branca.
No entanto, a suspensão não se aplica à China.
O país asiático foi excluído após ter elevado suas tarifas sobre produtos americanos em até 84%.
Em resposta, os Estados Unidos aumentaram as tarifas sobre produtos chineses para 125%.
Fonte: X
Como Isso Afeta o Mercado de Criptomoedas?
Fonte: Coinmarketcap
Na terça-feira (9), o Bitcoin (BTC) registrou uma alta de 5,72%, atingindo o valor de US$ 81.262,02.
O movimento ocorreu logo após o anúncio de Trump sobre a suspensão temporária, por 90 dias, das tarifas comerciais — com exceção da China.
Durante esse período, as tarifas retornam ao patamar base de 10%.
O sinal de alívio nas tensões comerciais reacendeu o apetite dos investidores por ativos de maior risco — e o Bitcoin foi um dos primeiros a refletir esse otimismo.
O impulso também se estendeu a outras criptomoedas, como:
- Ethereum (ETH): +7,69%
- XRP: +10,95%
Esse movimento reforça como o mercado cripto continua altamente sensível a decisões políticas e macroeconômicas — especialmente quando envolvem os Estados Unidos e a China, as duas maiores economias do planeta.
10 de abril – Tarifas dos EUA sobre a China chegam a 145%: Detalhamento e Impactos Econômicos
Source: Reddit
Em 10 de abril de 2025, a CNBC noticiou novos desdobramentos nas crescentes tensões comerciais entre Estados Unidos e China.
Em um movimento que agitou os mercados, o governo Trump anunciou que as tarifas sobre produtos chineses irão saltar para impressionantes 145%, elevando ainda mais a tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo.
Segundo a economista Erica York, da Tax Foundation, uma tarifa total de 145% pode praticamente interromper o comércio entre os dois países.
“Dependendo de quão ampla ou restrita for a aplicação, ultrapassar uma tarifa de três dígitos significa cortar a maior parte do comércio”, afirmou York no programa The Exchange, da CNBC.
O que está incluso na tarifa de 145%?
- Tarifa Base: 125% – aplicada de forma ampla a produtos chineses específicos.
- Taxa Adicional: 20% – relacionada diretamente à suposta participação da China na cadeia de fornecimento de fentanil.
A notícia gerou uma onda de incertezas nos mercados globais, especialmente em setores que dependem das rotas comerciais entre Estados Unidos e China.
Empresas que compram da China agora enfrentam aumentos expressivos de custos — forçando muitas a repensar sua logística e seus fornecedores.
11 de abril – China Eleva Tarifas Retaliatórias Sobre Produtos dos EUA para 125% Enquanto o Dólar Recua
Imagem criada por IA
Em 11 de abril, a China respondeu à escalada comercial dos Estados Unidos aumentando suas tarifas sobre importações americanas para 125%.
O Ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, classificou as ações dos EUA como “bullying econômico” e afirmou que o país está comprometido em defender a integridade econômica internacional.
Líderes europeus apelaram por negociações urgentes, alertando para os riscos de um conflito comercial prolongado e destacando a importância do diálogo como caminho para conter as tensões crescentes.
Enquanto o impasse se intensifica, a economia global permanece em estado de alerta, acompanhando de perto os desdobramentos entre as duas maiores potências econômicas do mundo.
April, 15 – EUA impõem tarifas mais altas à China
Fonte: Brunswick Group
Em abril de 2025, os Estados Unidos aumentaram significativamente as tarifas sobre produtos chineses, com sobretaxas chegando a até 245% em algumas categorias.
No entanto, esse número se refere ao efeito cumulativo de múltiplas tarifas sobre produtos específicos, como veículos elétricos e seringas, e não a uma nova tarifa geral de 245% imposta pelo governo Trump.
Impacto direto nos mercados
Tecnologia sofre primeiro
As medidas afetaram principalmente as empresas de semicondutores dos EUA, como Nvidia:
- A Nvidia alertou que perderá até US$ 5,5 bilhões em receita futura por não poder mais exportar chips para clientes chineses.
- Isso derrubou os futuros da Nasdaq em mais de 2%, indicando que o setor de tecnologia será um dos mais penalizados.
Empresas de Big Tech como Apple, Qualcomm e AMD também foram citadas como vulneráveis devido à exposição de suas cadeias de suprimento à China.
Fuga para o ouro
O ouro subiu mais de 2%, atingindo um novo recorde acima de US$ 3.300/oz, por uma razão simples:
Em tempos de instabilidade geopolítica, os investidores procuram “portos seguros”.
Por que isso é tão grave?
- Reconfiguração da cadeia global de suprimentos: pode levar a produtos mais caros e escassez de itens que hoje fazem parte do consumo cotidiano, como celulares e automóveis..
- Pressão inflacionária global: aumento dos preços de produtos do dia a dia, como alimentos e eletrônicos, tanto nos EUA quanto em outros países.
- Maior polarização econômica: EUA e China estão cada vez mais construindo “economias paralelas” com regras e tecnologias próprias.
April, 17 – Taxas do Ethereum Caem para Menor Nível em 5 anos com Baixa Atividade na Rede
Fonte: Mitrade
As taxas do Ethereum atingiram o menor valor dos últimos cinco anos, marcando uma importante mudança na dinâmica da rede.
Com transações custando em média apenas US$ 0,168, esse novo cenário é reflexo direto da redução da atividade dos usuários e da incerteza econômica global.
De acordo com dados da plataforma Santiment, o declínio nas taxas do Ethereum está diretamente ligado à queda no número de transações.
Com menos pessoas utilizando a rede para transferir ETH ou interagir com contratos inteligentes, não há disputa significativa por espaço nos blocos — o que naturalmente reduz o custo médio das transações.
Brian Quinlivan, diretor de marketing da Santiment, destacou que taxas mais baixas nem sempre são boas notícias para o mercado.
Elas geralmente indicam um período de baixa movimentação e menor interesse de traders, dificultando uma recuperação de preço no curto prazo.
Apesar da fase de baixa atividade, a rede Ethereum se prepara para uma atualização significativa: o upgrade Pectra, previsto para ser ativado na mainnet em 7 de maio de 2025.
No mesmo período, o preço do Ethereum caiu mais de 12,5% nos últimos 14 dias, sendo negociado abaixo de US$ 1.600.
Essa retração, associada à baixa atividade, reforça a cautela entre investidores que aguardam sinais de recuperação, tanto em preço quanto em uso da rede.
A atual queda nas taxas de transação do Ethereum indica um momento de desaceleração, mas também abre caminho para uma nova fase de crescimento com a chegada da atualização Pectra.
A expectativa é que, com menor custo e maior usabilidade, a rede volte a atrair desenvolvedores, projetos DeFi e usuários finais.
April, 18 – Criptomoedas fecham semana com alta enquanto Bitcoin acompanha negociações entre EUA e China
Fonte: Cointelegraph
O mercado de criptomoedas registrou uma semana explosiva, com valorização expressiva de diversos tokens.
Algumas altcoins subiram até 60%, enquanto o Bitcoin manteve os olhos voltados para as tensões comerciais entre Estados Unidos e China, que seguem influenciando o sentimento dos investidores globais.
Fonte: CoinMarketCap
O preço do Bitcoin alcançou cerca de US$ 84.600, impulsionado por entradas líquidas de US$ 107,83 milhões nos ETFs dos EUA.
A dominância do BTC no mercado subiu para 63%, indicando o retorno do capital institucional para ativos mais consolidados.
Além disso, o cenário macroeconômico segue no radar dos investidores.
Mesmo com os ganhos expressivos, o volume de negociações em futuros caiu 23%, refletindo uma leve redução na liquidez.
O índice VIX, que mede a volatilidade do mercado, também recuou, indicando uma menor aversão ao risco no cenário global.
Criptomoedas Estão à Mercê das Narrativas de Donald Trump
Fonte: X
Em meio à incerteza econômica global e à polarização política nos Estados Unidos, as criptomoedas estão à mercê das narrativas de Donald Trump, já que suas declarações têm o poder de influenciar os mercados e moldar a percepção pública sobre a regulamentação e a adoção de ativos digitais
Uma nova análise da plataforma Santiment revelou um fator de influência cada vez mais evidente no desempenho das criptomoedas: as declarações e estratégias políticas do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Segundo a análise, as narrativas criadas por Trump — incluindo suas críticas ao Federal Reserve e os embates comerciais com a China — estão afetando diretamente o sentimento do mercado e a volatilidade do Bitcoin.
Mesmo sem decisões concretas sobre juros ou novos estímulos, bastam tweets, entrevistas ou anúncios públicos para alterar rapidamente os movimentos dos investidores.
Isso mostra como o fator político continua sendo uma variável crítica para quem acompanha ou investe no mercado cripto.
Outro dado relevante da análise é que o Bitcoin segue altamente correlacionado com o mercado tradicional de ações, mesmo com sua proposta descentralizada.
Assim, quando Trump menciona sanções, tarifas ou mudanças nas políticas monetárias, o reflexo não aparece só em Wall Street — atinge também os preços das criptomoedas.
A influência de Donald Trump sobre o mercado de criptomoedas demonstra que, em 2025, os fatores políticos seguem sendo decisivos na formação de preços e no comportamento dos investidores.
Para quem busca entender os movimentos do Bitcoin e das altcoins, é essencial acompanhar não só os gráficos e indicadores técnicos, mas também os discursos vindos de Washington.
21 de Abril – Circle Lança Rede Global de Pagamentos com USDC e EURC
Fonte: MyCryptoChannel
A Circle, empresa emissora da stablecoin USDC, anunciou em abril de 2025 o lançamento de uma rede global de pagamentos e remessas utilizando as stablecoins USDC (dólar americano) e EURC (euro).
A iniciativa busca transformar as transferências internacionais, tornando-as mais rápidas, baratas e acessíveis.
A nova solução da Circle foi projetada para permitir pagamentos internacionais instantâneos, utilizando a infraestrutura blockchain para garantir segurança, transparência e redução de custos.
A rede é focada tanto em empresas quanto em consumidores, servindo como uma alternativa moderna aos sistemas bancários tradicionais, que costumam ser caros e lentos.
Como funciona?
- Os usuários poderão enviar e receber pagamentos em USDC ou EURC.
- As transações serão registradas em blockchain, eliminando intermediários e aumentando a eficiência.
- O sistema permitirá integração com diferentes carteiras e plataformas financeiras.
Vantagens da rede de pagamentos com stablecoins
- Velocidade: Transferências praticamente instantâneas, 24/7, sem depender de horários bancários.
- Baixo Custo: Redução drástica nas taxas de envio internacional.
- Acesso Global: Ideal para regiões com serviços bancários limitados ou ineficientes.
- Transparência: Cada transação é registrada publicamente no blockchain.
O movimento da Circle destaca uma tendência cada vez mais forte: o uso de stablecoins para pagamentos internacionais.
Empresas, freelancers, startups e consumidores individuais agora têm a oportunidade de operar em uma economia mais ágil e menos dependente dos sistemas financeiros tradicionais.
À medida que a adoção de stablecoins cresce, iniciativas como esta mostram como a tecnologia blockchain pode remodelar o futuro dos pagamentos globais.
22 de Abril – Itaú Unibanco Anuncia Integração com USDC, Solana e Ripple Para Negociação no Banco
Fonte: Cointelegraph
Na terça-feira, 22, o Itaú Unibanco, um dos maiores bancos do Brasil, anunciou a integração de três novas criptomoedas em seu aplicativo: USDC, Solana (SOL) e Ripple (XRP). Essa iniciativa visa atender à crescente demanda dos clientes por ativos digitais, oferecendo uma experiência de investimento segura e transparente.
Detalhes da Integração
- USDC: Primeira stablecoin disponibilizada pelo Itaú, emitida pela Circle e lastreada em dólar. Proporciona uma opção de investimento estável dentro do universo cripto.
- Solana (SOL): Conhecida pela rapidez nas transações e baixos custos, é amplamente utilizada em aplicações digitais, como jogos e NFTs.
- Ripple (XRP): Amplamente utilizado para transferências internacionais, permitindo envio de dinheiro de forma rápida e com tarifas reduzidas.
O investimento mínimo é de R$10,00, com taxa de 2,5% no momento da compra, sem cobranças mensais ou tarifas futuras na venda.
Guto Antunes, head de Digital Assets do Itaú Unibanco, destacou que o banco está atento aos hábitos de investimento dos clientes e identificou uma crescente demanda por essas criptomoedas específicas.
O objetivo é proporcionar uma experiência de investimento em ativos digitais que seja tão segura e transparente quanto investir em produtos financeiros tradicionais.
Recentemente, o Itaú foi destacado em um relatório do Bank of International Settlements (BIS) como um dos três cases privados globais de destaque sobre tokenização financeira.
Esse reconhecimento reforça o compromisso do banco em liderar o avanço das criptomoedas no Brasil.
Brasileiros Investem Mais em Cripto do que em Ações ou Previdência
Fonte: Livecoins
Uma pesquisa realizada pela Locomotiva a pedido da Binance revelou que 42% dos brasileiros já investem em ativos digitais, igualando-se ao percentual daqueles que aplicam em fundos de investimento.
A poupança ainda lidera como a forma de investimento mais popular, com 66% de adesão, seguida por contas de pagamento e rendimento (55%) e títulos privados (50%).
Outras modalidades incluem ações (41%), previdência privada (31%), títulos públicos (31%) e moeda estrangeira (25%).
O estudo também destacou que mais da metade dos investidores brasileiros (55%) possuem pelo menos três formas de investimento, enquanto 45% mantêm quatro ou mais tipos.
A crescente adoção de criptomoedas no país é atribuída ao aumento do acesso a produtos e serviços relacionados, esforços governamentais para regulamentação e investimentos em educação sobre ativos virtuais e blockchain.
Dados da consultoria Triple-A posicionam o Brasil como o 6º maior em adoção de criptomoedas, com aproximadamente 17,5% da população possuindo algum tipo de ativo digital.
Entre os motivos que levam os brasileiros a investir em criptomoedas, destacam-se a possibilidade de alto retorno (20%), alta liquidez do mercado (13%), independência do sistema financeiro tradicional, segurança, possibilidade de negociação a qualquer momento, baixo custo de manutenção e taxas, e diversificação de portfólio (cada um com 10% das menções).
Fonte: Locomotiva
O perfil predominante dos investidores em criptomoedas no Brasil é composto por homens (47%) com renda média acima de 10 salários mínimos e ensino superior completo.
23 de abril – Trump Sinaliza Possível Redução nas Tarifas Sobre a China Em Meio a Tensões Comerciais
Fonte: JSB Market Research
O presidente Donald Trump indicou estar disposto a reduzir significativamente as atuais tarifas de 145% sobre as importações chinesas, desde que seja alcançado um acordo comercial favorável com Pequim.
Embora tenha enfatizado que as tarifas “não chegarão a zero”, Trump sugeriu que elas “diminuirão substancialmente”, sinalizando uma possível mudança em relação à sua postura comercial anteriormente agressiva.
Apesar dessas sinalizações, autoridades chinesas negaram a existência de negociações comerciais em andamento.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Guo Jiakun, afirmou que atualmente não há consultas ou negociações sobre tarifas entre os EUA e a China.
A perspectiva de redução tarifária influenciou positivamente os mercados financeiros, com o índice S&P 500 registrando ganhos significativos em meio ao otimismo dos investidores.
Embora a possibilidade de redução das tarifas ofereça um vislumbre de alívio nas tensões comerciais entre EUA e China, a ausência de negociações formais e acordos mútuos destaca a complexidade da situação.
23 de abril – Trump Oferece Jantar Privado Para os 220 Maiores Investidores de seu Memecoin
Fonte: Coinmarketcap
Em 23 de abril de 2025, o memecoin $TRUMP teve uma valorização expressiva de mais de 50% após o anúncio do ex-presidente Donald Trump sobre um evento exclusivo para os principais detentores do token.
O jantar está agendado para 22 de maio, no Trump National Golf Club, em Washington, D.C., e convida os 220 maiores holders do token. Os 25 primeiros colocados terão acesso a benefícios extras, como uma recepção VIP e um tour especial.
Apesar da alta recente, o $TRUMP ainda é negociado com queda de quase 85% em relação à sua máxima histórica, que ultrapassou US$ 75 logo após o lançamento, em janeiro de 2025.
Atualmente, a capitalização de mercado do token gira em torno de US$ 2,6 bilhões.
Analistas apontam preocupações com a centralização: cerca de 80% da oferta total está sob controle de entidades ligadas a Trump, o que levanta suspeitas de possível manipulação de preço e compromete a sustentabilidade de longo prazo.
Embora o evento tenha gerado entusiasmo e aumentado o volume de negociações, há dúvidas sobre a viabilidade do $TRUMP como projeto.
A falta de utilidade real e a alta concentração da oferta podem limitar o crescimento sustentado do token.
Sem uma proposta de valor clara e soluções para esses riscos estruturais, os níveis atuais de preço podem ser difíceis de manter.
24 de abril – Banco Central do Brasil Anuncia Novas Regras para Corretoras de Criptomoedas em 2025
Fonte: Criptonizando
O Banco Central do Brasil, revelou nesta quinta, 24, durante uma live, que novas regras para corretoras de criptomoedas serão implementadas ainda em 2025, conforme divulgado em sua agenda regulatória para 2025 e 2026.
As medidas visam garantir maior segurança jurídica, transparência e proteção ao consumidor no ecossistema de ativos digitais.
Principais pontos da regulação
- Implementação da Lei nº 14.478/2022: A regulamentação dará forma prática à Lei que reconhece e define os serviços de ativos virtuais no Brasil.
- Foco nas Prestadoras de Serviços de Ativos Virtuais (PSAVs): O Banco Central visa concluir o trabalho iniciado no ano anterior, estabelecendo normas para as entidades que negociam ativos virtuais no país.
- Segurança jurídica e combate a fraudes: A regulamentação busca proporcionar maior segurança jurídica para o mercado e os consumidores, além de coibir fraudes e golpes comuns no ambiente digital.
A implementação dessas regras é vista como um passo importante para a maturação do mercado de criptomoedas no Brasil, proporcionando um ambiente mais seguro e transparente para investidores e empresas do setor.
25 de abril – Análise dos Preços: Bitcoin, Ethereum, Solana e XRP
Imagem criada por IA
Bitcoin (BTC)
Negociado em torno de US$95 mil, mantendo-se acima dos $90 mil e com leve alta (+1.67%) nas últimas 24 horas. O BTC oscila entre ~$93,4 mil e $95,5 mil no último dia, com valor de mercado estimado em $1,88 trilhão.
1. Bitcoin ultrapassa prata e volta a ser o 7º ativo mais valioso do mundo
O Bitcoin (BTC) alcançou mais um marco histórico em abril de 2025: voltou a ocupar a 7ª posição entre os ativos mais valiosos do planeta, superando a prata em capitalização de mercado.
Segundo dados atualizados, o Bitcoin atingiu cerca de US$ 1,9 trilhão em valor de mercado, deixando para trás tanto a prata quanto gigantes corporativos como Meta (Facebook) e Saudi Aramco.
Com essa valorização, o Bitcoin chegou a ultrapassar brevemente empresas como Amazon e Google, chegando a figurar na 5ª posição global. Apesar da rápida oscilação e posterior retorno ao 7º lugar, a movimentação reforça o crescimento do interesse mundial pelo ativo digital.
2. Resistência dos US$ 94 mil no Bitcoin
A barreira psicológica criada pelos holders de longo prazo (LTHs) se manteve firme. Essa faixa se consolidou como um ponto onde muitos investidores mais antigos decidiram realizar lucros, tornando a subida acima desse patamar um desafio momentâneo para o BTC.
3. Fluxo de capital do mercado tradicional para o cripto
Estima-se que mais de US$ 60 bilhões migraram para o mercado de criptomoedas. Esse movimento aconteceu após trilhões saírem de ações e outros ativos tradicionais, em resposta à instabilidade econômica global.
4. Influência dos ETFs de Bitcoin
Os ETFs à vista de Bitcoin, lançados no começo do ano, continuam atraindo volumes expressivos. Só em abril, os principais ETFs acumularam bilhões de dólares em entrada líquida, impulsionando a demanda pelo ativo.
Ethereum (ETH)
Cerca de US$1.802, apresentando uma alta de ~2.05%. O ETH tem enfrentado resistência em retomar patamares acima de $1.800 após rallies recentes.
1. Além do Bitcoin, Ethereum também entre os maiores
O Ethereum (ETH) também garantiu espaço no ranking global. A segunda maior criptomoeda do mercado aparece na 62ª posição, com uma capitalização de mercado aproximada de US$ 216 bilhões.
Solana (SOL)
Cotada perto de US$151.65, com uma leve alta de ~0,03% nas últimas 24h. A SOL reconquistou o patamar de $150 e chegou a negociar em ~$155 essa semana após recuar para $135 durante a semana passada.
Ripple (XRP)
Em torno de US$2,19, com pequena variação negativa no dia (~-0,4%). O XRP mantém-se acima de $2 após recuperar de mínimas semanais de $2,12 e atingir topos de $2,22 antes de consolidar.
Análise do Índice de Medo e Ganância – Últimos 30 Dias
Fonte: Coinmarketcap
Nos últimos 30 dias, o índice passou por uma trajetória marcante, refletindo oscilações intensas na percepção de risco e oportunidade. Veja os principais destaques do período:
- Na primeira semana de abril, o índice atingiu, pela segunda vez a sua baixa anual, mergulhando na zona de “Medo Extremo”, abaixo dos 20 pontos.
Esse movimento coincidiu com uma forte correção no preço do Bitcoin, que caiu abaixo dos US$80 mil, e com um aumento expressivo no volume de negociações.
- A partir de 10 de abril, o sentimento começou a se estabilizar. O índice foi subindo progressivamente, acompanhando a recuperação do preço do Bitcoin.
- O ponto mais expressivo dessa retomada ocorreu entre os dias 21 e 23 de abril, quando o índice saltou para 52 pontos, entrando na zona “Neutra”.
O interessante dessa análise é que, em menos de uma semana, o sentimento foi do medo extremo à neutralidade, mostrando como fatores externos — como oscilações de preço e notícias — moldam rapidamente a confiança dos investidores.
O atual patamar de 52 pontos indica que o mercado saiu do pânico, mas ainda não entrou em euforia.
É um momento de atenção estratégica: oportunidades surgem quando o medo domina, e os riscos aumentam quando a ganância toma conta.