Maio começou agitado e com muitos riscos para o mercado cripto.
Trump acaba de completar 100 dias em seu segundo mandato e, dá pra dizer que, foi tudo, menos tranquilo.
Entre lançar sua própria memecoin, proibir a criação de uma CBDC nos EUA e iniciar disputas legais sobre tarifas comerciais, Trump colocou as criptomoedas, a economia e até o comércio global sob os holofotes.
Enquanto isso, o preço do Bitcoin está reagindo a cada impacto — subindo, caindo e oscilando conforme surgem novos dados de emprego, tensões comerciais com a China e especulações sobre cortes de juros.
A isso se juntam as novas restrições da União Europeia contra tokens de privacidade e o aumento nas ameaças de hackers. .
Neste artigo, você irá conferir tudo que está mexendo com o mercado agora — e o que pode acontecer a seguir. Vamos entender o que está rolando e por que isso importa.
Trump Comemora os 100 Primeiros Dias do Segundo Mandato
Fonte: FoxPhiladelphia29
No dia 29 de abril, o presidente Donald Trump celebrou os 100 primeiros dias do seu segundo mandato com uma reunião pública no Macomb Community College, em Warren, Michigan.
Principais ações de Trump no setor de criptomoedas
Ordem Executiva 14178 – “Fortalecendo a Liderança Americana em Tecnologia Financeira Digital”
Assinada em 23 de janeiro de 2025, a ordem revogou políticas anteriores, proibiu a criação de uma moeda digital do banco central (CBDC) dos EUA e instituiu uma força-tarefa para propor um marco regulatório federal para ativos digitais em até 180 dias.
Criação de uma Reserva Estratégica de Bitcoin
Em março, Trump anunciou a formação de uma reserva nacional de Bitcoin, utilizando ativos digitais apreendidos pelo governo. A medida visa fortalecer a posição dos EUA no mercado cripto global.
Mudanças na SEC
Trump nomeou Paul S. Atkins como presidente da SEC (Comissão de Valores Mobiliários). Conhecido por defender o setor cripto, Atkins suspendeu processos contra Coinbase e Ripple e declarou que a SEC não regulará memecoins.
Lançamento da Memecoin $TRUMP
Antes de reassumir o cargo, Trump lançou a memecoin $TRUMP. O token rapidamente se valorizou, mas gerou críticas por possíveis conflitos de interesse e pela politização dos ativos digitais.
Reações do mercado e controvérsias
Embora o governo Trump tenha adotado medidas favoráveis às criptomoedas, o mercado reagiu com cautela.
O Bitcoin, que havia ultrapassado US$109 mil no dia da posse, caiu cerca de 10% devido à incerteza em relação à política comercial e à preocupação de que a criação da moeda $TRUMP tenha desviado o foco de reformas mais estruturais.
O envolvimento direto de Trump com o memecoin levantou questões éticas, com estimativas indicando que isso aumentou seu patrimônio em mais de US$50 bilhões.
Reação pública e política
Embora Trump tenha classificado seus primeiros 100 dias como um grande sucesso, a opinião pública está fortemente dividida.
Segundo pesquisa da PBS News/NPR/Marist, muitos americanos deram nota baixa ao desempenho do presidente.
Comparado a 2017, o número de eleitores independentes que deram nota baixa subiu de cerca de 30% para 49% em 2025.
China Reduz Tarifas sobre Semicondutores e Outros Produtos dos EUA
Fonte: South China Morning Post
A China está tomando decisões cuidadosas na sua disputa comercial com os Estados Unidos.
Apesar do discurso público continuar duro, por trás das câmeras, o governo chinês está suavizando as medidas — ao menos em algumas áreas.
Segundo uma recente reportagem da Bloomberg, a China deu isenções discretas para cerca de 25% das importações vindas dos EUA, o que representa cerca de US$ 40 bilhões em produtos.
Este silêncio possui o objetivo de:
- Evitar sinalizar fraqueza – A China não quer parecer dependente da tecnologia dos EUA.
- Manter a alavancagem de negociação – Manter os detalhes em segredo permite que a China use essas isenções como moeda de troca em negociações futuras.
Quais produtos estão sendo isentos?
Imagem criada por IA
As isenções concentram-se principalmente em produtos altamente estratégicos dos quais a China ainda depende fortemente. Entre eles estão:
- Semicondutores
- Equipamentos médicos
- Peças de aviação
Esses produtos são difíceis de substituir com alternativas feitas na China ou importadas de outros países.
Por isso, são essenciais para a indústria e para manter funcionando a cadeia de suprimentos do país.
Para os exportadores dos EUA, isso significa que algumas empresas — especialmente do setor de alta tecnologia, como Apple, Nvidia, Dell e outras que dependem de componentes fabricados na China — ainda podem vender para a China sem pagar tarifas extras, embora as taxas continuem valendo para outros produtos.
Apple investe US$ 19 bilhões em chips dos EUA e reduz produção na China para driblar tarifas
Em 2025, a Apple confirmou a compra de mais de US$ 19 bilhões em chips produzidos nos Estados Unidos como parte de uma estratégia para reduzir a dependência da fabricação na China.
A medida responde diretamente às tarifas comerciais impostas pelo governo Trump, que aumentaram os custos de importação.
Para evitar taxas adicionais, a empresa está acelerando o envio de iPhones chineses ao mercado americano e expandindo a produção na Índia, que se consolida como novo centro estratégico de montagem para suprir a demanda nos EUA.
A iniciativa fortalece a cadeia produtiva nacional da Apple e minimiza os riscos de futuras sanções comerciais.
EUA Buscam Diálogo com a China Sobre Tarifas em Meio a Tensões Comerciais e Concessões Silenciosas de Pequim
Fonte: The Fulcrum
Em 1º de maio, os Estados Unidos acionaram múltiplos canais diplomáticos para iniciar conversas com a China sobre as tarifas de 145% impostas pela administração Trump, segundo informações do perfil Yuyuan Tantian, ligado à emissora estatal chinesa CCTV.
A iniciativa indica que Washington busca um possível caminho para reduzir as tensões comerciais com Pequim.
Embora nenhuma negociação formal tenha sido confirmada, o gesto demonstra um movimento diplomático nos bastidores.
O conselheiro econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, afirmou que houve “contatos informais” entre os dois governos.
Ele classificou a recente isenção de algumas tarifas por parte da China como um “sinal construtivo”, sugerindo esforços para amenizar o conflito.
Apesar de ainda não haver anúncio oficial de negociações formais, a diplomacia discreta e as concessões tarifárias sugerem que ambos os países podem estar buscando alternativas para encerrar o impasse comercial prolongado.
Os mercados estão atentos a qualquer sinal de reaproximação, especialmente em um cenário de cadeias globais de suprimentos ainda vulneráveis a choques geopolíticos.
Tarifas do “Dia da Libertação” Geram Reação: Pequenas Empresas e Estados Processam Governo dos EUA
Fonte: Sky News
As recém-anunciadas “Tarifas do Dia da Libertação” do presidente Donald Trump desencadearam uma tempestade jurídica.
Treze estados norte-americanos, juntamente com pequenas empresas, estão processando o governo federal. O argumento é direto: essas tarifas são inconstitucionais e representam um abuso do poder presidencial.
No centro da disputa legal está a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA), de 1977. A administração Trump está usando essa lei para justificar a imposição das tarifas. No entanto, a IEEPA foi criada originalmente para regular transações econômicas durante situações de emergência nacional — e não para impor tarifas comerciais.
Críticos afirmam que Trump está forçando a interpretação da lei além de seus limites. A IEEPA não menciona em nenhum momento a autorização para cobrar tarifas, sendo tradicionalmente usada para aplicar sanções — não impostos ou barreiras comerciais.
Ao longo do início de seu segundo mandato, Trump tem usado essa legislação para decretar tarifas arbitrárias contra praticamente todos os parceiros comerciais dos EUA. Primeiro, com uma tarifa de 25% sobre produtos do Canadá e do México, e depois com taxas elevadas sobre diversas outras nações.
Para isso, Trump declarou uma “emergência nacional causada pelo grande e persistente déficit comercial, impulsionado pela ausência de reciprocidade em nossas relações comerciais e por outras políticas prejudiciais, como manipulação cambial e impostos sobre valor agregado (VAT) excessivos praticados por outros países.”
Principais argumentos legais contra as tarifas
- Separação de Poderes: A Constituição dos EUA concede ao Congresso — e não ao presidente — o poder de impor tarifas. Os processos afirmam que Trump está violando essa separação.
- Doutrina da Não-Delegação: O Congresso não pode transferir poderes legislativos sem diretrizes claras. A utilização da IEEPA nesse contexto seria inconstitucional, segundo os demandantes.
- Uso Indevido da IEEPA: Especialistas jurídicos alegam que aplicar uma lei de emergência nacional para justificar protecionismo econômico é um abuso legal.
Apesar da volatilidade gerada pelas decisões comerciais de Trump nos mercados tradicionais, o Bitcoin subiu 14% em abril, encerrando o mês cotado a US$ 94.770.
Se os Estados Unidos continuarem insistindo em políticas comerciais isolacionistas, isso pode reforçar ainda mais o argumento a favor das criptomoedas como uma alternativa global de troca de valor.
Empregos em Alta e Pressão de Trump Por Corte de Juros Impulsionam Expectativas Para o Bitcoin
Fonte: Reuters
O mercado de trabalho dos EUA teve um bom desempenho em abril, com a criação de 177 mil empregos, acima da expectativa de 130 mil.
Esse resultado animou os investidores, que também esperam cortes nos juros por parte do Federal Reserve (Fed).
Mesmo assim, o Fed decidiu manter a taxa de juros entre 4,25% e 4,50%, indicando que não tem pressa em mudar sua política.
As chances de um corte nas taxas até a reunião de junho do Fed são estimadas em 40%, de acordo com os preços de mercado.
A próxima decisão sobre os juros será no dia 7 de maio, e a maioria dos analistas aposta na manutenção das taxas atuais.
Trump Exige Corte de Taxas
Fonte: Truth Social
Em sua última publicação no Truth Social, o presidente dos EUA, Donald Trump, voltou a pedir que o Fed corte os juros — algo que ele tem feito com frequência enquanto mantém a aplicação das tarifas comerciais.
Seus comentários frequentes aumentam o debate sobre os próximos passos do Fed, especialmente porque dados como emprego e inflação continuam no centro das atenções.
Se a pressão de Trump influenciar as decisões do banco central, o Bitcoin pode subir ainda mais..
Impacto no Bitcoin
Se o Fed cortar as taxas, poderá impulsionar ainda mais o Bitcoin, que é frequentemente visto como uma proteção contra a inflação e um ativo de risco que se beneficia de taxas de juros mais baixas.
Mesmo assim, a visão de médio prazo continua otimista, já que uma possível queda nos juros em julho volta a atrair o interesse dos investidores.
Além disso, o aumento da inflação e as tensões comerciais entre EUA e China podem reforçar o papel do Bitcoin como proteção contra a incerteza econômica.
Os fortes dados de emprego nos EUA aumentaram a confiança do mercado, enquanto a possibilidade contínua de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed) oferece ainda mais suporte.
Com a defesa de Trump por taxas mais baixas continuando a agitar o debate, a tendência de alta do Bitcoin pode continuar se o Fed ajustar suas políticas para sustentar o crescimento.
ETFs de Bitcoin e Ethereum Registram Forte Saída Após Rali Recente
Fonte: Token Post
Após vários dias de fortes entradas, o fluxo de capital nos ETFs de Bitcoin e Ethereum perdeu força.
No dia 25 de abril de 2025, segundo o Bitcoin News, os ETFs de Bitcoin registraram uma saída líquida de US$ 56 milhões — uma mudança notável no sentimento dos investidores.
A retração aconteceu poucos dias após o Bitcoin atingir suas máximas recentes, num momento em que o interesse dos investidores parecia estar no auge. Agora, esse entusiasmo perdeu intensidade.
A maior parte da saída veio do Grayscale Bitcoin Trust (GBTC), que sofreu um resgate de US$167,4 milhões em um único dia.
Desde que se tornou um ETF, o GBTC tem enfrentado saídas consistentes, enquanto fundos mais novos atraem investidores com taxas menores e condições de negociação mais favoráveis.
Entre os destaques positivos, o Bitwise BITB captou US$48,2 milhões, e o Fidelity FBTC atraiu US$36,7 milhões, reforçando a preferência por produtos mais eficientes.
Ethereum também sofre retirada
Os ETFs de Ethereum seguiram a mesma tendência. Juntos, perderam US$77,5 milhões em aportes, com o Grayscale Ethereum Trust (ETHE) concentrando US$50,3 milhões dessa saída.
A migração dos investidores para produtos mais baratos e modernos continua em ritmo acelerado.
Apesar de parecer um sinal negativo, esse movimento pode representar apenas uma fase natural do ciclo de mercado.
Após um rali forte, é comum que investidores realizem lucros e façam ajustes nas carteiras.
Os ETFs de Bitcoin foram um dos grandes impulsionadores da alta cripto no início de 2025. Agora, essa correção pode ser apenas uma pausa antes de um novo movimento de alta.
Por outro lado, a edição mais recente do Token2049 em Dubai, realizada no fim do mês, reuniu uma série de declarações otimistas de grandes nomes do setor — o que reacendeu o entusiasmo dos investidores e ajudou a impulsionar o Bitcoin de volta à marca dos US$ 100 mil, como veremos a seguir.
Últimas Notícias do Mundo Cripto: Token 2049 Dubai
O evento TOKEN2049 em Dubai, realizado no final de abril de 2025, aumentou a confiança dos investidores e ajudou a impulsionar o preço do Bitcoin. Vamos conferir os principais destaques de impacto.
Impulso Cripto de Eric Trump Aumenta o Otimismo em Torno do Bitcoin
O evento TOKEN2049 em Dubai, realizado no final de abril de 2025, elevou a confiança dos investidores em criptomoedas — especialmente após declarações de Eric Trump.
Representando o presidente dos Estados Unidos, ele fez duras críticas ao sistema bancário tradicional, afirmando: “O sistema financeiro atual está falido, é lento e caro.” Em seguida, elogiou a superioridade da tecnologia descentralizada e previu que os bancos que não se adaptarem irão desaparecer nos próximos 10 anos.
Especialistas presentes no TOKEN2049 projetaram que o Bitcoin pode atingir US$ 1 milhão até 2028, refletindo o crescente otimismo em relação ao futuro das criptomoedas.
Apesar de uma queda recente de 12%, os anúncios feitos durante o evento reacenderam a confiança dos investidores e reforçaram uma perspectiva de crescimento de longo prazo para o setor.
Além disso, Zach Witkoff, cofundador da World Liberty Financial, afirmou que a stablecoin USD1 será usada em um investimento de US$ 2 bilhões da empresa MGX, com sede em Abu Dhabi, na Binance — a maior exchange de criptomoedas do mundo.
Eric Trump participou do painel onde a iniciativa foi anunciada, mas não há confirmação de que Donald Trump tenha feito o anúncio diretamente. A apresentação foi conduzida por Witkoff, com contribuições de Eric Trump e Justin Sun durante a discussão.
Justin Sun Leva a Stablecoin USD1 para a Blockchain TRON
Durante o evento TOKEN2049 em Dubai, Justin Sun, fundador da rede TRON, confirmou que a stablecoin USD1 — criada pela World Liberty Financial, um projeto ligado à família Trump — será integrada à blockchain TRON. A USD1 é pareada 1:1 com o dólar americano e tem como lastro títulos do Tesouro dos Estados Unidos.
Sun também se tornou o maior investidor individual da WLF, com um aporte de aproximadamente US$ 75 milhões, além de assumir o cargo de conselheiro oficial da empresa.
A stablecoin USD1 será utilizada em um investimento de US$ 2 bilhões da MGX na Binance, marcando uma das maiores transações já realizadas no setor.
Essa colaboração fortalece a presença da TRON no mercado de stablecoins e evidencia a crescente ligação entre figuras políticas influentes e a indústria cripto.
Tether Garante Stablecoin Lastreada em Ouro com Mais de 7 Toneladas de Ouro e Expande Alcance Global
Fonte: BitcoinExchangeGuide
A Tether, empresa responsável pela conhecida stablecoin USDT, também está ganhando destaque com a XAU₮ — um ativo digital lastreado em ouro físico. A empresa confirmou que possui mais de 7,7 toneladas de ouro armazenadas na Suíça para garantir o valor dos tokens XAU₮. Cada unidade representa uma onça troy de ouro certificado e auditado.
No primeiro trimestre de 2025, a XAU₮ alcançou uma capitalização de mercado de aproximadamente US$ 770 milhões, com o preço atingindo o recorde histórico de US$ 3.423 em abril. A demanda disparou à medida que investidores buscaram ativos mais seguros diante das instabilidades econômicas e políticas.
A adoção do token foi impulsionada ainda mais quando El Salvador o reconheceu oficialmente, fortalecendo sua presença no mercado global. Segundo a Tether, a XAU₮ combina a estabilidade do ouro com a eficiência de uma moeda digital.
Bitcoin Sofre Pressão Por Conta de Negociações EUA-China e Temores de Recessão em 2025
Fonte: Coinpedia
O Bitcoin entra em uma fase crítica em 2025.
Neste momento, ele está no centro de duas grandes tensões globais: o risco de uma recessão nos EUA e as negociações comerciais delicadas com a China.
O desfecho desses dois cenários pode definir os próximos movimentos do BTC.
Analistas veem risco de recessão já no meio do ano
Segundo alguns especialistas de Wall Street — como a equipe da Apollo Global Management — uma recessão nos Estados Unidos pode chegar já no meio do ano.
O alerta vem da queda nos lucros das empresas — um cenário parecido com o que antecedeu o crash de 2020.
Se a recessão se concretizar, o Bitcoin pode ser afetado. Embora alguns o considerem uma reserva de valor, ele ainda é tratado como um ativo de risco.
Em momentos de incerteza, investidores tendem a sair tanto de ações quanto de criptomoedas, o que pode pressionar ainda mais o preço do BTC.
Maio é um mês decisivo: tarifas EUA-China no centro da tensão
Outro ponto crucial são as negociações tarifárias entre Estados Unidos e China.
Algumas isenções estão prestes a vencer ainda este mês. Se não houver um novo acordo, a tensão pode crescer rapidamente — afetando também o mercado de criptomoedas.
Aurelie Barthere, da Nansen, alerta que um desfecho negativo pode derrubar o preço do Bitcoin em dois dígitos.
Já um acordo entre as duas potências pode reduzir a pressão econômica e abrir caminho para uma possível recuperação do mercado.
Análise do Preço do Bitcoin
Fonte: Cointelegraph
Na tarde de sexta-feira, 2 de maio de 2025, a principal criptomoeda, o Bitcoin, está sendo negociada a US$ 97.190,45, e o valor total do mercado cripto voltou oficialmente à marca de US$ 3 trilhões.
Esse marco reflete a retomada da confiança dos investidores e reforça a percepção de que as criptomoedas voltaram a ser vistas como uma alternativa séria ao sistema financeiro tradicional.
Segundo André Franco, CEO da Boost Research, o mercado está reagindo positivamente a sinais de trégua nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China.
Essa melhora no clima global tem animado investidores e impulsionado o apetite por ativos de risco — incluindo o Bitcoin.
Na semana, o PIB dos EUA registrou queda de 0,3% e a inflação (índice Core PCE) desacelerou.
Isso fez o mercado acreditar que o Federal Reserve pode cortar os juros antes do previsto — o que tende a favorecer ativos como o Bitcoin.
Logo após esses dados, houve um leve recuo: os ETFs de Bitcoin registraram saída de US$ 56 milhões. Mas o fluxo se inverteu no dia seguinte. O BTC recebeu US$ 422 milhões em novos aportes, mostrando que o interesse institucional continua forte.
Bitcoin se destaca enquanto o ouro recua
Enquanto o ouro caiu quase 10% nas últimas semanas, o Bitcoin subiu o mesmo percentual. A comparação entre os dois ativos mostra que o BTC está ganhando força como alternativa para proteção em tempos de incerteza econômica.
Outro dado importante é a queda no volume de BTC nas corretoras, o que indica menor pressão de venda e possível intenção de longo prazo por parte dos investidores.
Análise do Mercado
As criptomoedas com maior alta no dia 02 de maio de 2025, são: Immutable X (IMX), EOS (EOS) e Quant (QNT) com altas de 35%, 11% e 10% respectivamente.
O mercado cripto em maio de 2025 está mais otimista.
Com cenário macro favorável, queda na inflação e forte entrada institucional, o momento é de atenção redobrada — principalmente para quem espera o próximo rali de alta no preço do BTC.
Strategy e o Crescimento Impulsionado pelo Bitcoin
Fonte: X
A Strategy (antiga MicroStrategy), liderada por Michael Saylor, continua adquirindo bilhões em Bitcoin e se consolidou como a maior detentora institucional da criptomoeda, com 553.000 BTC avaliados em US$ 37,9 bilhões.
Desde que adotou o Bitcoin como principal ativo de tesouraria em 2020, as ações da empresa valorizaram mais de 3.000%, superando companhias como a Nvidia, que teve um crescimento de 916% no mesmo período.
Essa estratégia tem atraído investidores interessados em ter exposição ao Bitcoin sem precisar comprá-lo diretamente.
Com valor de mercado superior a US$ 87 bilhões, a Strategy se tornou um proxy do Bitcoin na bolsa de valores e é vista como uma das principais empresas que apostam fortemente na criptomoeda.
Principais Notícias Cripto no Brasil
Web Summit Rio 2025
O Web Summit Rio 2025, realizado recentemente no Riocentro, reuniu mais de 34 mil participantes. O evento destacou-se por debates sobre inteligência artificial, criptoativos, inclusão digital e o papel da tecnologia na transformação social
- Inteligência Artificial e Ética: O ministro do STF, Luís Roberto Barroso, alertou sobre os riscos da IA, enfatizando a necessidade de regulamentação para evitar abusos e preservar direitos fundamentais.
- Criptomoedas e Reservas Estratégicas: Kathleen Breitman, cofundadora da Tezos, revelou que os EUA consideram criar uma reserva estratégica de Bitcoin, semelhante à de petróleo, para controlar preços e garantir estabilidade econômica.
- Empreendedorismo Feminino: A atriz Giovanna Antonelli compartilhou sua experiência como empresária, destacando a importância de ouvir mulheres para inspirar personagens, ideias e negócios.
- Diversidade e Inclusão: Paineis abordaram a representatividade de grupos minorizados na tecnologia, com participações de figuras como Taís Araújo e Ivete Sangalo, que discutiram a importância da inclusão no setor .
Itaú Aposta em Educação Cripto para Atrair Investidores
Durante o Web Summit Rio 2025, o Itaú destacou sua estratégia para atrair investidores ao mercado de criptoativos por meio da educação financeira.
Na palestra “O mundo das cripto está fervendo. E você com isso?”, o diretor de ativos digitais do banco, Guto Antunes, explicou que o Itaú acompanha o setor desde 2017 e aprendeu que informar os clientes é tão importante quanto oferecer acesso às criptomoedas.
Segundo ele, após os ciclos de alta de 2017 e 2021, os investidores brasileiros estão mais cautelosos e buscam entender os riscos e fundamentos antes de investir.
Um dado curioso revelado por ele foi que os primeiros clientes do Itaú a investir em cripto estavam na faixa dos 46 a 55 anos, contrariando a ideia de que esse mercado seria dominado por jovens.
O banco tem se posicionado como um hub de tecnologia e segurança, oferecendo um ambiente confiável para negociação e custódia de ativos digitais.
A participação no evento reforça o papel do Itaú como protagonista no avanço da cripto economia institucional no Brasil.
Wormhole fecha parceria com Mercado Bitcoin para expandir ativos tokenizados no Brasil
A Wormhole, uma das principais plataformas de interoperabilidade blockchain, anunciou uma parceria estratégica com o Mercado Bitcoin (MB), a maior exchange de criptoativos da América Latina.
O objetivo é escalar a plataforma de ativos tokenizados do MB, que já movimenta mais de R$1,1 bilhão, conectando-a a mais de 30 blockchains diferentes.
A integração permitirá que os produtos do MB se conectem a mais de 30 blockchains, ampliando sua liquidez e alcance global.
A Wormhole vê essa parceria como uma oportunidade para fortalecer sua presença na América Latina e avançar ainda mais na liderança como infraestrutura essencial para escalar ativos institucionais.
Isso representa um passo significativo na integração do mercado financeiro tradicional com a tecnologia blockchain no Brasil, promovendo maior acessibilidade e eficiência na negociação de ativos digitais.
Brasil sai na frente e lança o primeiro ETF de XRP do mundo
O Brasil tornou-se o primeiro país a aprovar e lançar um ETF (fundo de índice) com exposição direta ao XRP, token associado à Ripple.
O fundo, denominado Hashdex Nasdaq XRP Fundo de Índice (ticker: XRPH11), foi aprovado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em fevereiro de 2025 e começou a ser negociado na B3 em 25 de abril .
O objetivo é oferecer aos investidores uma forma regulamentada e segura de exposição ao XRP, sem a necessidade de lidar diretamente com a compra e custódia da criptomoeda.
A aprovação e lançamento do XRPH11 posicionam o Brasil à frente de outras jurisdições, incluindo os Estados Unidos, onde ainda não há aprovação de ETFs spot de XRP. A iniciativa destaca o ambiente regulatório brasileiro como favorável à inovação em ativos digitais.
Méliuz dispara na bolsa após anunciar reserva em Bitcoin
Em abril de 2025, as ações da Méliuz (CASH3) subiram cerca de 47% após a empresa anunciar a alocação de até 10% do seu caixa em Bitcoin, com a compra inicial de 45,72 BTC por US$ 4,1 milhões.
A companhia também propôs tornar o Bitcoin o principal ativo estratégico de sua tesouraria e convocou uma assembleia para 6 de maio, onde os acionistas votarão sobre essa mudança.
A estratégia atraiu a atenção do mercado e resultou em aumento do volume de negociações. Além disso, o BTG Pactual elevou sua participação na empresa para 6,27%, o que reforçou ainda mais a valorização dos papéis da Méliuz.
ABCripto e Klever Promovem Certificados com Registros em Blockchain
A Klever Blockchain se uniu à ABCripto para viabilizar a emissão de certificados digitais registrados em blockchain, como é o caso da Certificação de Especialista em Ativos Virtuais (CEAV).
Essa iniciativa busca modernizar o processo de certificação, tornando-o mais acessível, seguro e transparente.
Ao registrar os documentos na blockchain, os certificados se tornam imutáveis, fáceis de verificar e acessíveis permanentemente, eliminando a burocracia comum na obtenção de segundas vias e certificados.
A tecnologia da Klever oferece a infraestrutura necessária para que instituições educacionais possam adotar esse modelo, reduzindo custos e combatendo fraudes.
Grupo Lazarus Cria Empresas de Fachada nos EUA para Atacar Desenvolvedores de Criptomoedas
Fonte: Crypto News
O grupo hacker norte-coreano Lazarus, já conhecido por ataques a projetos de blockchain e exchanges, desenvolveu uma nova tática para enganar desenvolvedores de criptomoedas: a criação de empresas de fachada registradas nos Estados Unidos.
Segundo um relatório de agências de segurança dos EUA, os hackers abriram três empresas fictícias — BlockNovas, SoftGlide e Angeloper Agency — se passando por startups legítimas com sites, perfis profissionais e até fotos falsas de funcionários geradas por IA.
Duas delas foram registradas como empresas nos EUA com identidades e endereços fictícios.
A estratégia consistia em anunciar vagas de emprego falsas para desenvolvedores blockchain em plataformas como GitHub, Upwork e outros sites de freelancers.
Durante o suposto processo seletivo, os candidatos eram induzidos a baixar arquivos com malwares disfarçados de “testes técnicos”.
Entre os programas usados estavam BeaverTail, InvisibleFerret e Otter Cookie — projetados para roubar:
- Frases de recuperação (seed phrase)
- Chaves privadas
- Dados de repositórios e contratos inteligentes
O FBI já bloqueou o domínio da BlockNovas e emitiu alertas para evitar novos ataques.
Como se Proteger de Golpes Como Esse?
- Desconfie de empresas pouco conhecidas ou vagas genéricas
- Nunca execute arquivos enviados por desconhecidos sem análise prévia
- Use antivírus e firewall atualizados
- Jamais compartilhe sua seed phrase ou chave privada
O caso mostra que o foco dos hackers vai além de exchanges: desenvolvedores também estão na mira. Redobre a atenção ao receber propostas suspeitas. Segurança começa com desconfiança.
Leia nosso guia completo sobre golpes com criptomoedas para aprender a identificar fraudes e proteger seus ativos dos esquemas mais comuns.
EUA investigam Huione Group por Crimes com Criptomoedas e Vínculos com a Coreia do Norte
Fonte: Cointelegraph
As autoridades dos Estados Unidos estão reforçando a fiscalização contra crimes ligados ao uso de criptomoedas.
Em 1º de maio de 2025, a FinCEN (Rede de Combate a Crimes Financeiros dos EUA) propôs banir o Huione Group — um conglomerado com sede no Camboja — do sistema financeiro norte-americano.
Segundo a FinCEN, o grupo ajudou o Lazarus Group, ligado à Coreia do Norte, a lavar mais de US$ 4 bilhões em fundos ilícitos entre agosto de 2021 e janeiro de 2025.
A rede criminosa identificada inclui:
- Huione Crypto (exchange de criptomoedas)
- Huione Pay (plataforma de pagamentos)
- Haowang Guarantee (mercado negro online)
Principais revelações da investigação
- US$ 36 milhões conectados a golpes do tipo pig butchering (fraudes românticas com cripto)
- US$ 37 milhões lavados diretamente para a Coreia do Norte
- Utilização de uma stablecoin própria, USDH (US Dollar Huione), não congelável e atrelada ao dólar, para mover fundos de forma discreta
“O Huione Group virou o mercado preferido de agentes cibernéticos maliciosos”, afirmou o Secretário do Tesouro, Scott Bessent, ao denunciar o papel do conglomerado em crimes cripto em larga escala.
A proposta de sanção está agora em período de consulta pública de 30 dias.
Se aprovada, bloqueará completamente o acesso do Huione Group a bancos e redes financeiras dos EUA.
União Europeia Vai Banir Moedas Privadas e Contas Cripto Anônimas até 2027
Fonte: Cointelegraph
A União Europeia aprovou um novo conjunto de regras que representa uma das mais severas medidas contra o uso de criptomoedas anônimas.
A partir de 2027, estarão proibidos tanto os tokens de privacidade como Monero (XMR) e Zcash (ZEC), quanto contas de cripto que não passem por verificação de identidade.
O objetivo é aumentar a transparência nas transações financeiras, incluindo o mercado cripto.
Segundo o Artigo 79 do Regulamento de Prevenção à Lavagem de Dinheiro (AMLR), instituições financeiras, incluindo bancos, plataformas de pagamento e provedores de serviços de criptoativos (CASPs), não poderão manter contas que ofereçam anonimato aos usuários. Isso inclui também carteiras que ocultam a identidade dos titulares.
Criptomoedas focadas em privacidade, como Monero (XMR) e Zcash (ZEC), não poderão mais ser usadas ou armazenadas por empresas que operam dentro do bloco europeu. Essas moedas dificultam o rastreamento das transações, o que vai contra as novas regras.
A Autoridade Anti-Lavagem de Dinheiro da UE (AMLA) terá a responsabilidade de fiscalizar diretamente os CASPs com presença em seis ou mais Estados-membros, que operem com pelo menos 20 mil clientes ou transacionem mais de €50 milhões por ano.
Todas as transações com valor igual ou superior a €1.000 só poderão ser feitas com verificação de identidade, o que impacta especialmente quem usa carteiras próprias (auto custódia).
Essa nova regra mostra claramente que a União Europeia quer limitar a privacidade financeira para dar prioridade ao controle e ao cumprimento das leis.
As regras passam a valer a partir de 2027, mas a regulamentação está sendo detalhada em etapas com base em atos delegados e instrumentos de implementação.