Atualização do Mercado Cripto – 16 de maio de 2025

Um profissional observa gráficos de criptomoedas em uma tela digital, ao lado do título 'Atualização do mercado de criptomoedas' da Klever.

Maio trouxe uma combinação de eventos que impulsionaram o mercado cripto — e outros que exigem cautela.

O Bitcoin recuperou os US$ 103 mil, o Ethereum quase dobrou de valor e a capitalização total do mercado ultrapassou os US$ 3,5 trilhões — superando até mesmo o valor de mercado da Apple. 

O cenário positivo ganhou força após o acordo tarifário entre EUA e China, que reduziu drasticamente as barreiras comerciais e reacendeu o apetite por ativos de risco.

Além disso, o JPMorgan realizou sua primeira transação com títulos do Tesouro tokenizados em blockchain pública, a Méliuz adotou o Bitcoin como ativo de tesouraria e Dubai oficializou o uso de criptomoedas em serviços públicos. 

Mas nem tudo são flores: a Coinbase sofreu um vazamento de dados e o preço do Bitcoin ainda enfrenta resistência técnica na faixa dos US$ 105 mil.

Neste artigo, você confere os principais acontecimentos que estão movimentando o mercado cripto nessa semana.

Acordo Tarifário entre EUA e China Impulsiona os Mercados

Xi Jinping and Donald Trump side by side with Chinese and American flags in the background, symbolizing US-China political tensions.

Fonte: Neptune Prime

Em 12 de maio de 2025, Estados Unidos e China anunciaram um avanço significativo: ambos os países concordaram em reduzir drasticamente as tarifas sobre produtos importados um do outro.

Pelo acordo, os EUA vão reduzir as tarifas sobre importações chinesas de 145% para 30%, enquanto a China cortará as tarifas sobre produtos norte-americanos de 125% para apenas 10%.

Essa trégua inesperada aliviou anos de tensões econômicas e causou impactos imediatos nos mercados globais:

  • Os futuros do S&P 500 subiram 2,8%
  • O dólar americano teve alta de 0,7%
  • O ouro, tradicional ativo de proteção, caiu 2,3%

Ao abrir os canais de comércio e reduzir barreiras protecionistas, o acordo foi visto como uma vitória para os ativos de risco no cenário global — incluindo criptomoedas como o Bitcoin.

Bitcoin Ultrapassa US$ 105 Mil com Otimismo Econômico

BTC/SPX rises after announcement of US-China trade deal, highlighting impact since “Tariff Day”.

Desempenho do Bitcoin desde o anúncio tarifário do “Dia da Libertação” de Trump. Fonte: Daan Crypto

O Bitcoin (BTC) reagiu rapidamente ao anúncio do acordo tarifário entre EUA e China, ultrapassando os US$ 105.700 — o maior valor dos últimos quatro meses. 

A alta reflete o aumento da confiança dos investidores, impulsionada por sinais macroeconômicos positivos e indicadores técnicos favoráveis.

Desde o discurso de Donald Trump no “Dia da Libertação Tarifária”, os mercados passaram a enxergar o acordo comercial não apenas como uma jogada política, mas como um forte sinal econômico. 

Com a queda do ouro e a valorização das bolsas, o Bitcoin voltou a ser visto como uma alternativa de crescimento relevante.

JPMorgan Faz Primeira Transação com Títulos do Tesouro Tokenizados em Blockchain Pública

Glass facade of the J.P. Morgan headquarters reflecting the sky, with the financial institution's logo highlighted.

Fonte: Shutterstock

No dia 14 de maio de 2025, o JPMorgan usou a plataforma Kinexys, sua própria infraestrutura baseada em blockchain, para realizar uma transação com títulos do Tesouro tokenizados

A operação foi feita com títulos digitais da Ondo Finance e contou com suporte da Chainlink, que conectou redes privadas e públicas.

Segundo o CEO da Ondo, Nathan Allman, essa movimentação mostra que as finanças tradicionais e o mundo cripto estão cada vez mais conectados.

O banco já investe em tecnologia blockchain desde 2019, quando lançou a JPM Coin, que hoje se chama Kinexys. Essa plataforma movimenta cerca de US$ 2 bilhões por dia e já registra mais de US$ 1,5 trilhão em ativos relacionados a derivativos.

A tokenização de ativos reais (RWAs – Real World Assets) tem crescido rápido. Plataformas que permitem transformar ativos como imóveis, ações ou títulos do governo em tokens digitais já acumulam mais de US$ 12 bilhões em valor bloqueado, de acordo com dados da DeFi Llama.

A BlackRock, por exemplo, possui quase US$ 3 bilhões em um fundo com ativos digitais, mostrando que investidores institucionais estão adotando esse novo modelo.

Essa primeira transação com títulos tokenizados em blockchain pública mostra que o mercado financeiro está se adaptando. Bancos grandes como o JPMorgan estão encontrando formas de unir segurança, inovação e eficiência.

A tendência é que cada vez mais ativos do mundo real sejam transformados em tokens. Isso pode trazer mais liquidez, acessibilidade e transparência para o sistema financeiro.

Vazamento de Dados na Coinbase: Hacker Roubou Informações de Clientes, Mas Empresa Minimiza Impacto

Coinbase data breach alert featuring the exchange's logo and a golden Bitcoin in the foreground.

Fonte: CNET 

A Coinbase, maior corretora de criptomoedas dos Estados Unidos, confirmou uma violação de dados após um ataque cibernético, segundo o CEO Brian Armstrong.

 

Em um comunicado divulgado em 15 de maio de 2025, a Coinbase revelou que os criminosos subornaram funcionários terceirizados que operam no suporte ao cliente da Coinbase no exterior, oferecendo dinheiro para convencer um pequeno grupo de colaboradores a copiarem dados de ferramentas de suporte ao cliente de menos de 1% dos usuários que realizam transações mensais.

 

O objetivo deles era reunir uma lista de clientes que pudessem contatar, fingindo ser a Coinbase — enganando as pessoas para que entregassem suas criptomoedas.

 

Entre os dados acessados estavam:

 

  • Nome completo

 

  • Endereço e telefone

 

  • E-mail

 

  • Quatro últimos dígitos do número de Seguro Social

 

  • Informações parciais de contas bancárias

 

  • Imagens de documentos de identidade

 

  • Histórico de transações e saldos

 

A Coinbase destacou que senhas, chaves privadas e fundos dos clientes não foram comprometidos.

 

Após o ataque, os hackers exigiram um pagamento de US$ 20 milhões em Bitcoin para não divulgar os dados roubados. A Coinbase recusou o pagamento e respondeu oferecendo a mesma quantia — US$ 20 milhões — como recompensa para quem fornecesse informações que ajudassem a identificar e prender os responsáveis pelo ataque.

 

A Coinbase já tomou a ação de: 

  • Demitir os funcionários terceirizados envolvidos; 
  • Colaborar com autoridades para investigar o caso; 
  • Reembolsar os clientes que transferiram valores por influência dos criminosos
  • Reforçar suas medidas de segurança digital.

 

A estimativa da Coinbase é que o prejuízo com reembolsos e medidas corretivas fique entre US$ 180 milhões e US$ 400 milhões. Além disso, as ações da empresa caíram cerca de 6% após a divulgação do incidente, em meio à expectativa de sua entrada no índice S&P 500.

Lições de Segurança para o Mercado Cripto

O episódio levanta um alerta sobre os riscos de segurança digital nas exchanges de criptomoedas. Mesmo plataformas reguladas e de grande porte, como a Coinbase, estão sujeitas a falhas humanas e ataques cibernéticos.

A recomendação para os usuários é:

  • Nunca compartilhe dados sensíveis
  • Use autenticação em dois fatores (2FA)
  • Priorize autocustódia sempre que possível

Dubai Permite Pagamento de Serviços Públicos com Criptomoedas em Parceria com a Crypto.com

Crypto.com logo over Dubai skyline featuring the Burj Khalifa, symbolizing crypto adoption in the UAE.

Fonte: Coindoo

Dubai deu mais um passo rumo à digitalização completa da sua economia. 

Em 12 de maio de 2025, durante o Dubai Fintech Summit, o governo anunciou uma parceria com a Crypto.com para permitir que cidadãos e empresas paguem serviços públicos usando criptomoedas.

O acordo entre a Crypto.com e o Departamento de Finanças de Dubai (DOF) permite que pagamentos de taxas e serviços governamentais sejam realizados via carteiras digitais. 

Os criptoativos serão automaticamente convertidos para dirhams, a moeda local, e depositados diretamente nas contas do governo.

Essa integração facilita o uso cotidiano de ativos digitais e pode atrair ainda mais entusiastas de criptomoedas e empresas do setor para a cidade.

Apesar de o governo não divulgar uma lista oficial, foi mencionado que stablecoins terão papel importante nessa fase inicial. Isso indica que ativos como USDT, USDC e DAI poderão ser usados para quitar taxas públicas de forma segura e com menor volatilidade.

Meta de 90% das Transações Digitais Até 2026

Dubai já é referência global em inovação financeira. Em 2023, 97% dos pagamentos públicos foram feitos digitalmente. 

Agora, o plano é ir além: tornar 90% de todas as transações do setor público e privado totalmente digitais até 2026.

A expectativa é que essa transformação adicione mais de 8 bilhões de dirhams (US$ 2,1 bilhões) à economia local, fortalecendo o ecossistema fintech e atraindo investimentos internacionais.

Essa escolha está alinhada com a estratégia do governo de priorizar soluções de pagamento estáveis, eficientes e seguras para o cidadão.

Nos últimos anos, Dubai se posicionou como um dos centros mais receptivos à inovação em blockchain e criptoativos. 

A cidade já abriga eventos internacionais como o TOKEN2049 Dubai e mantém um ambiente regulatório claro e pró-inovação.

A parceria com a Crypto.com reforça a imagem da cidade como uma das mais criptofriendly do mundo, apostando na adoção real de ativos digitais em políticas públicas.

Ethereum Dispara: O Que Está Por Trás da Alta?

Ethereum (ETH) hits $2,593 with a weekly increase of 12.79%, daily volume of $25 billion and market cap of $313 billion.

Fonte: Coinmarketcap

O Ethereum (ETH) surpreendeu o mercado cripto em maio de 2025 com uma valorização de quase 100% desde as mínimas de abril. 

No dia 13 de maio, o ETH ultrapassou os US$ 2.750, sinalizando uma recuperação robusta e consolidada. Mas o que está por trás desse crescimento tão expressivo?

Alguns fatores recentes nos fazem entender mais sobre esse aumento

1. Ethereum lidera em stablecoins e tokenização

O Ethereum concentra 51% de todas as stablecoins em circulação em 2025, sendo a rede preferida por gigantes como USDC e USDT. A tendência de tokenização de ativos do mundo real (RWAs) também fortalece o ETH como infraestrutura central, com empresas como Stripe e Meta investindo no setor.

2. Adoção institucional de soluções Layer 2

As redes Layer 2 do Ethereum, como a Base (Coinbase) e a nova L2 da Robinhood, estão sendo adotadas por grandes players. Essas soluções reduzem custos, aumentam a velocidade e impulsionam a demanda por ETH, já que usam a moeda para taxas e liquidações.

3. Upgrade Pectra

O recente upgrade Pectra do Ethereum, ativado em 7 de maio de 2025, que aumentou a eficiência na transmissão de dados e melhorando a escalabilidade, desempenhou um papel significativo na valorização do ETH, que quase dobrou desde abril, ultrapassando os US$ 2.700.

A ativação do Pectra coincidiu com um aumento de 45% no preço do ETH em maio, superando o desempenho do Bitcoin e de outras criptomoedas no mesmo período.

4. Reversão de posições vendidas em ETH

Fundos de hedge que antes vendiam Ethereum como proteção (estratégia delta-neutra) começaram a recomprar o ativo, mudando o sentimento do mercado. Isso impulsionou ainda mais a valorização do ETH.

Mercado Livre Aumenta sua Reserva de Bitcoin

Bitcoin ao lado de celular exibindo o logo do Mercado Livre, sugerindo adoção de criptomoedas pela empresa latino-americana.

Fonte: Brasil Paralelo

O Mercado Livre, maior empresa de e-commerce da América Latina, ampliou sua exposição ao Bitcoin em 2025. 

Segundo o balanço patrimonial da empresa registrado junto à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), a companhia reforçou sua presença no setor cripto com a aquisição de 157,7 BTC, elevando sua reserva da criptomoeda em 38% no primeiro trimestre deste ano.

Com a nova compra, o Mercado Livre agora detém 570,4 BTC, o que posiciona a empresa na 33ª colocação no ranking global de companhias com maiores reservas de Bitcoin.

A aquisição mais recente foi feita a um preço médio de US$ 82.381 por unidade, totalizando um investimento de US$ 13 milhões apenas neste trimestre. 

Além do Bitcoin, o Mercado Livre mantém em seu portfólio 3.050 ETH, adquiridos em 2021. Isso demonstra uma estratégia de diversificação cripto, voltada para os principais ativos digitais do mercado.

Essa iniciativa reforça o posicionamento do Mercado Livre como pioneiro na adoção de criptoativos entre empresas da América Latina.

Histórico de inovação

A aposta em criptomoedas não é nova para a companhia. Em 2021, o Mercado Livre:

  • Se tornou a primeira empresa pública da América Latina a investir em Bitcoin;
  • Lançou o serviço de compra e venda de cripto pelo app Mercado Pago;
  • Comprou uma participação no grupo 2TM, dono do Mercado Bitcoin.

Já em 2022, a empresa deu mais um passo ao lançar sua própria criptomoeda: a Meli Coin, voltada para o ecossistema de fidelidade e pagamentos dentro da plataforma.

Marcos Galperin, CEO e fundador do Mercado Livre, é um entusiasta declarado do Bitcoin desde 2013. Para ele, a criptomoeda funciona como uma proteção contra o endividamento estatal e a inflação, além de representar uma ferramenta de liberdade financeira individual.

Essa visão se alinha com o movimento global de adoção institucional do BTC como ativo estratégico de longo prazo.

Méliuz Investe R$ 161 Milhões em Bitcoin e Assume Nova Estratégia de Tesouraria

Logo da Méliuz ao lado de moedas de Bitcoin com gráfico de candlestick ao fundo, representando investimento em criptoativos.

Fonte: Economic News Brasil

A Méliuz (CASH3), fintech brasileira conhecida pelo programa de cashback, oficializou sua entrada no mercado de criptomoedas ao anunciar um investimento direto de R$ 161,2 milhões em Bitcoin

A empresa se torna assim a primeira companhia listada na B3 a adotar o Bitcoin como ativo de tesouraria, consolidando uma estratégia financeira voltada à proteção de valor e à valorização dos ativos para seus acionistas.

A decisão foi aprovada em assembleia geral realizada em 15 de maio de 2025, permitindo à Méliuz incluir o investimento direto em Bitcoin como parte oficial do seu objeto social. Segundo a empresa, essa mudança visa:

  • Proteger capital contra desvalorização cambial e inflação;
  • Aumentar a quantidade de Bitcoin por ação (BTC por ação);
  • Usar a geração de caixa para acumular BTC ao longo do tempo.

Com isso, a empresa passa a se definir como uma “Bitcoin Treasury Company”, buscando replicar a estratégia de gigantes internacionais como a MicroStrategy.

Como parte da nova estratégia, a Méliuz adquiriu 274,52 BTC ao preço médio de US$ 103.604 por unidade, totalizando aproximadamente US$ 28,4 milhões (ou R$ 161,2 milhões). 

A movimentação se soma à primeira compra feita em março, de 45,72 BTC, elevando o total acumulado para 320,2 BTC — o equivalente a cerca de R$ 178 milhões, considerando a cotação atual de aproximadamente R$ 590 mil por Bitcoin.

Desde o anúncio da primeira compra de Bitcoin em março, as ações da Méliuz (CASH3) tiveram uma alta de 117%, refletindo a resposta positiva do mercado à nova estratégia. 

O movimento atraiu atenção de investidores que veem o Bitcoin como um ativo de alto potencial no longo prazo.

Juíza Rejeita Acordo Entre SEC e Ripple: Processo de US$ 1,3 Bilhão Continua em Curso

SEC and Ripple (XRP) cryptocurrency symbols on a gradient background, representing regulatory dispute in the US.

Fonte: TechStory

Em 15 de maio de 2025, a juíza federal Analisa Torres, do Tribunal Distrital dos EUA, rejeitou o pedido de acordo entre a Ripple e a SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA)

O acordo tentava encerrar o processo iniciado em 2020 sobre a venda supostamente irregular do token XRP, mas foi considerado “processualmente inadequado” pela magistrada.

O caso entre Ripple Labs e SEC se arrasta desde dezembro de 2020, quando a Comissão acusou a empresa de arrecadar US$ 1,3 bilhão com a venda não registrada de valores mobiliários por meio do token XRP.

Após uma longa batalha judicial, em agosto de 2024, o tribunal determinou que 1.278 transações violaram as leis de valores mobiliários, resultando em uma multa de US$ 125 milhões contra a Ripple.

Já em abril de 2025, ambas as partes tentaram chegar a um acordo para:

  • Reduzir a multa de US$ 125 milhões para US$ 50 milhões
  • Anular a liminar que impedia a Ripple de vender XRP institucionalmente

O pedido foi feito ao tribunal com base em uma “decisão indicativa”, que serviria como um sinal prévio de aprovação para um eventual acordo. 

No entanto, a juíza Torres considerou que o recurso foi inadequado do ponto de vista processual.

A juíza Torres explicou que a solicitação não mencionava a Regra 60 do Código de Processo Civil dos EUA, norma que regula a modificação de sentenças finais em casos excepcionais. Segundo ela:

De acordo com ela:

“As partes não demonstraram circunstâncias excepcionais nem seguiram o caminho correto para revisar a sentença.”.

Como resultado, o pedido foi negado, e o processo continua em apelação no Segundo Circuito, onde tanto a SEC quanto a Ripple apresentaram recursos.

A recusa da Justiça americana em aceitar um acordo entre Ripple e SEC representa mais um obstáculo para empresas de criptomoedas nos Estados Unidos.

XRP Cai Após Decisão Judicial

Após a decisão do tribunal, o XRP caiu para US$ 2,35 , continuando uma correção de baixa de US$ 2,60 no início desta semana , totalizando uma queda de quase 10% em relação ao seu pico recente .

Do ponto de vista técnico, o XRP está testando uma linha de tendência crítica.

Dados da Coinglass mostram que o interesse aberto em XRP caiu 6%, para US$ 5,08 bilhões. Nas últimas 24 horas, as liquidações totalizaram mais de US$ 22,8 milhões, sendo a maioria posições compradas.

ETFs de Bitcoin Têm Saída de US$ 96 Milhões Após Pico Histórico de Entradas

Fonte: Coindoo

Na terça-feira, 13 de maio de 2025, os ETFs de Bitcoin à vista listados nos Estados Unidos registraram uma saída líquida de US$ 96,1 milhões

O fluxo negativo aconteceu um dia após um pico histórico de entradas, quando os fundos acumularam aportes robustos. O dado acendeu o alerta entre investidores, mas o mercado reagiu rapidamente no dia seguinte.

O maior impacto foi sentido no FBTC, ETF da Fidelity, com saída de US$ 91,39 milhões. Já o fundo DEFI, da Hashdex, também apresentou um movimento negativo de US$ 4,75 milhões.

Apesar da expressiva retirada, analistas apontam que o movimento reflete uma correção pontual após dias consecutivos de entradas, e não uma mudança de tendência.

No dia 14 de maio, apenas 24 horas após o fluxo negativo, os ETFs de Bitcoin voltaram a apresentar forte entrada líquida de US$ 319,5 milhões, liderada novamente pelo IBIT da BlackRock, que captou US$ 232,9 milhões sozinho.

Esse retorno rápido reforça o interesse contínuo dos investidores institucionais e a crescente confiança nos ETFs como porta de entrada para o mercado de criptomoedas.

Embora a saída de US$ 96 milhões em um único dia tenha chamado atenção, o comportamento subsequente dos ETFs de Bitcoin mostra que a demanda por exposição ao BTC permanece sólida

Os fundos da BlackRock, Fidelity e Hashdex seguem liderando a movimentação e demonstram que o apetite institucional por criptoativos está longe de diminuir.

Para os investidores que acompanham o mercado, os ETFs se tornaram um indicador de confiança — e o saldo de entradas no longo prazo continua positivo.

A aposta no Bitcoin pode consolidar a Méliuz como referência em gestão moderna de ativos digitais — e abre caminho para que outras empresas brasileiras sigam o mesmo caminho.

Bitcoin Recupera US$ 103 Mil e Altcoins Disparam até 55% com Otimismo Econômico

Bitcoin with graph in the background and green arrow pointing upwards, representing strong appreciation of BTC in the market.

Fonte: Crypto News

O mercado de criptomoedas começou esta sexta-feira, 16 de maio de 2025, com forte alta. 

O preço do Bitcoin atingiu US$ 103,8 mil, com aumento de 2% nas últimas 24 horas

O ativo voltou a mostrar força, representando 61,9% da dominância de mercado

O índice de ganância (Fear & Greed Index) subiu para 69 pontos, indicando um sentimento majoritariamente otimista no mercado.

Bitcoin Fear and Greed Index chart compared to price and volume, highlighting recent high to 69 points in May 2025.

Gráfico do Índice de Medo e Ganância. Fonte: Coinmarketcap

O avanço do Bitcoin e das altcoins foi influenciado por indicadores macroeconômicos dos EUA:

  • Vendas no varejo cresceram 0,1% em abril.
  • A leitura de março foi revisada de 1,4% para 1,7%.
  • O Índice de Preços ao Produtor (PPI) caiu 0,5% em abril — um sinal de alívio na inflação.

Esses fatores aumentam as apostas em cortes de juros, o que beneficia ativos de risco como as criptomoedas.

Capitalização Total das Criptomoedas

  • O valor total do mercado cripto subiu 1,9% e agora soma US$ 3,33 trilhões.
  • Os ETFs de Bitcoin registraram entradas líquidas de US$ 114,96 milhões.
  • O volume nos mercados futuros disparou para US$ 312,6 bilhões, com aumento de 19,4%.

Esses dados mostram força institucional e aumento da liquidez.

Com o Bitcoin acima de US$ 103 mil, altcoins disparando e indicadores econômicos favoráveis, o mercado de criptomoedas entra em um ciclo de maior otimismo e interesse por parte de investidores. 

A soma de fatores técnicos e macroeconômicos pode indicar uma nova fase de crescimento para os criptoativos.

Por que o Bitcoin Está Travado Abaixo dos US$ 105 mil?

Bitcoin daily chart shows consolidation between $101,500 and $105,000 after strong bullish rally in May 2025.

Gráfico semanal BTC/USD. Fonte: Cointelegraph/TradingView

Desde o começo de maio, o preço do Bitcoin está “preso” entre US$ 101.500 e US$ 105.000.

Mesmo com boas notícias na economia e maior interesse de investidores grandes, o preço não consegue passar dos US$ 105 mil — um nível que virou um obstáculo difícil.

5 Motivos que explicam essa dificuldade

1. US$ 105 mil virou uma barreira

O Bitcoin já tentou várias vezes passar desse valor, mas falhou. Isso faz os traders segurarem mais as compras. Só quando o preço fechar acima desse nível com força, o mercado pode voltar a subir.

2. Falta de notícia forte para puxar o preço

Não aconteceu nada de grande no mercado — como uma nova lei, crise ou anúncio de peso — que fizesse o preço disparar. Sem uma novidade importante, o Bitcoin continua andando de lado.

3. Pequenos investidores estão com medo

Muita gente menor no mercado está com receio. Esse tipo de sentimento costuma aparecer antes de grandes altas, mas por enquanto, mostra que o mercado está inseguro.

4. Muita gente vendendo entre US$ 105 mil e US$ 110 mil

Os dados das exchanges mostram que tem muita gente querendo vender quando o preço chega nessa faixa. Isso bloqueia a subida, porque há mais oferta do que demanda.

5. O suporte está perto de US$ 100 mil

Mesmo com dificuldade para subir, o Bitcoin está sendo “segurado” perto dos US$ 100 mil. Se cair abaixo de US$ 98 mil, pode vir uma queda maior. Por isso, é importante que esse suporte aguente.

O que pode fazer o Bitcoin voltar a subir?

Para o preço disparar de novo, algumas coisas podem ajudar:

  • Boas notícias sobre a economia dos EUA (como inflação ou juros caindo)
  • Mais compras de grandes investidores (como fundos e ETFs)
  • Crescimento da procura por Bitcoin na Ásia, depois de novos acordos comerciais
  • Grandes vendedores retirarem as ordens entre US$ 105 mil e US$ 110 mil

Até lá, o Bitcoin continua preso em uma faixa estreita — à espera de um novo impulso.