Atualização do Mercado Cripto: 23 de Maio de 2025

Um profissional observa gráficos de criptomoedas em uma tela digital, ao lado do título 'Atualização do mercado de criptomoedas' da Klever.

Todo 22 de maio, a comunidade cripto relembra o dia em que duas pizzas custaram 10.000 BTC. 

Mas em 2025, a comemoração teve um tempero extra: o Bitcoin bateu US$ 111 mil, superou a Amazon em valor de mercado e reacendeu o debate sobre o futuro do dinheiro.

Enquanto uns comemoravam o novo recorde com pepperoni, outros acompanhavam de perto o jantar fechado de Trump com os maiores investidores da memecoin $TRUMP — um evento marcado por polêmicas, protestos e relógios de US$ 100 mil.

No mesmo embalo, Ethereum, Solana e Dogecoin subiram junto com o BTC, impulsionando o mercado. Mas a euforia durou pouco: a ameaça de uma tarifa de 50% contra a União Europeia derrubou os preços horas depois.

Ainda assim, analistas afirmam que a alta do Bitcoin é mais sólida do que nunca, com apoio institucional crescente e fundamentos mais robustos.

De recordes históricos a polêmicas de alto nível, essa semana não foi só sobre pizza. Foi sobre as jogadas de poder, movimentos de preço e o que vem pela frente.

Vamos analisar tudo o que está por trás de tudo isso.

Bitcoin Pizza Day Ganha Sabor Especial Com Novo Recorde

Illustration of a pizza slice with the Bitcoin symbol in the center, celebrating Bitcoin Pizza Day with a Coinvestasi banner.

Fonte: Coinvestasi

O Bitcoin Pizza Day, celebrado todo dia 22 de maio, ganhou um sabor especial em 2025. A data marca a primeira transação comercial com Bitcoin.

Na ocasião, o programador Laszlo Hanyecz pagou 10.000 BTC por duas pizzas da rede Papa John’s, o que equivalia a cerca de US$ 41 na época. 

O gesto simples se tornou simbólico e é lembrado como um ponto de virada para o uso real da criptomoeda.

Hoje, os mesmos 10.000 BTC usados na compra das pizzas valeriam aproximadamente US$ 1,1 bilhão. 

A valorização histórica mostra o quanto o Bitcoin evoluiu como ativo financeiro e como símbolo da transformação digital da economia.

O Bitcoin Pizza Day deste ano foi especialmente comemorado pela comunidade cripto por outro motivo: o Bitcoin atingiu seu maior valor até hoje, superando os US$ 111 mil. 

O marco reforça o papel crescente do BTC como reserva de valor e sua adoção em larga escala por investidores institucionais e governos.

O que está por trás da alta do Bitcoin?

De acordo com Rony Szuster, Head de Research do Mercado Bitcoin, o salto de preço foi impulsionado por três fatores principais:

  • Investidores mais experientes: o perfil do mercado atual é composto por players mais maduros, com maior capacidade de avaliar oportunidades e riscos.
  • Alta liquidez global: o aumento da liquidez nos mercados financeiros estimula a entrada de capital em ativos de risco, como o BTC.
  • Participação institucional crescente: empresas e fundos continuam ampliando sua exposição a criptoativos, reforçando a confiança e a demanda pelo Bitcoin.

Altcoins também sobem

O rali do Bitcoin puxou outras criptomoedas importantes:

  • Ethereum (ETH) valorizou 5,8%, sendo negociado a US$ 2.664;
  • Solana (SOL) avançou 6,6%, cotada a US$ 179;
  • Dogecoin (DOGE) e Cardano (ADA) subiram 7% cada.

O movimento reforça o sentimento positivo que tomou conta do mercado na segunda metade de maio.

Bitcoin Supera Amazon em Valor de Mercado no Bitcoin Pizza Day

Ranking of the largest assets by market value in 2025, with Bitcoin in 5th place, surpassing Amazon and Alphabet.

Fonte: companiesmarketcap

No dia 22 de maio de 2025, o preço do Bitcoin (BTC) chegou a US$ 111,944, elevando sua capitalização de mercado a US$ 2,205 trilhões, contra os US$ 2,135 trilhões da gigante do varejo Amazon. 

Essa valorização coloca o BTC no centro do debate financeiro global e reforça seu papel como um ativo estratégico para investidores institucionais.

Investidores institucionais impulsionam confiança

Com o crescimento da adoção institucional, o Bitcoin ganha força como ativo financeiro. 

Em maio, a BlackRock se tornou o segundo maior detentor de Bitcoin, ficando atrás apenas do criador da moeda, Satoshi Nakamoto, e ultrapassando a Binance. 

Para Hassan Khan, CEO da plataforma Ordeez, o Bitcoin está deixando de ser apenas um hedge contra riscos e passando a ocupar uma posição de destaque como moeda de referência global.

O marco alcançado no Bitcoin Pizza Day de 2025 mostra como a narrativa do BTC mudou radicalmente. 

De símbolo de uma compra “caríssima” a protagonista dos mercados financeiros, o Bitcoin segue consolidando sua importância como ativo digital de alta valorização, com crescente interesse institucional e impacto direto nos rankings globais de capitalização de mercado.

Jantar de Trump para Milionários de Criptomoedas Gera Polêmica e Alerta de Ética nos EUA

Trump toasting with a glass at a private political dinner, in a formal setting with blurred guests in the background.

Fonte: The Crypto Times

Na noite de 22 de maio de 2025, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, promoveu um jantar fechado no Trump National Golf Club, em Virginia, reunindo os 220 maiores investidores da memecoin $TRUMP — uma criptomoeda lançada no início do ano com forte associação à sua imagem política.

O evento teve como objetivo premiar os maiores detentores da $TRUMP com uma experiência exclusiva ao lado do presidente. 

Segundo a empresa de inteligência cripto Inca Digital, esses investidores aplicaram juntos cerca de US$ 148 milhões para garantir seus convites.

Entre os convidados estavam figuras conhecidas do mercado cripto, como o bilionário chinês e cofundador da blockchain Tron, Justin Sun.

 

Os 25 maiores investidores tiveram acesso a uma recepção VIP privada com Trump e receberam um relógio Trump Tourbillon, avaliado em US$ 100 mil. 

 

O jantar foi promovido como “o convite mais exclusivo do mundo” nos canais oficiais do projeto.

A realização do evento gerou forte repercussão entre políticos e analistas. 

Parlamentares como a senadora Elizabeth Warren e o deputado Sean Casten pediram investigação formal ao Departamento de Justiça dos EUA. 

“O jantar de Donald Trump é uma orgia de corrupção”, declarou a senadora Elizabeth Warren (D-MA) durante uma coletiva de imprensa, segundo o Decrypt. “O povo americano não faz ideia de quem está comprando acesso ao presidente, nem do que estão recebendo em troca.”

A Casa Branca, por sua vez, afirmou que se tratava de uma “atividade privada” e que os ativos de Trump estão sob um trust cego.

Durante a coletiva, os democratas exigiram que Trump revele a identidade dos investidores da memecoin que participaram do jantar.

 “Deixe o povo americano saber quem comprou acesso ao presidente”, afirmou o senador Chris Murphy (D-CT). “Se tudo isso é tão transparente quanto dizem, então por que esconder?”

Horas antes do jantar, cerca de 100 manifestantes se reuniram em frente ao clube do campo de golfe de Donald Trump na Virgínia.

Eles seguravam cartazes com mensagens como “Parem com a corrupção cripto”, “A América não está à venda” e “Baile da trapaça”, além de uma grande moeda dourada com o rosto de Trump, reportou o The Independent.

Impacto no mercado da criptomoeda

A expectativa em torno do jantar impulsionou temporariamente o preço da $TRUMP, que atingiu US$ 75 por token, mas caiu logo depois para cerca de US$ 14, refletindo a instabilidade do ativo. 

Segundo estimativas da Reuters, mais de 600 mil pequenos investidores já acumularam perdas superiores a US$ 3,8 bilhões desde o lançamento da moeda.

Apesar da queda, a $TRUMP ainda mantém uma base engajada, impulsionada pela forte presença de Trump nas redes sociais e eventos promocionais.

Mesmo com o cenário político turbulento, o preço do Bitcoin segue em fase de estabilidade, sustentado por volumes de negociação elevados e forte entrada de capital em ETFs

No entanto, eventos como o jantar cripto de Trump e tensões institucionais continuam a introduzir incertezas no mercado.

Trump Anuncia Tarifa de 50% Contra União Europeia a Partir de Junho

Donald Trump at a press conference with U.S. and European Union flags in the background, symbolizing trade tensions and export tariffs.

Fonte: OPIndia

Em uma nova escalada nas tensões comerciais internacionais, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou no dia 23 de maio de 2025 a intenção de aplicar uma tarifa de 50% sobre todos os produtos importados da União Europeia

 

A medida está prevista para entrar em vigor em 1º de junho, caso o bloco europeu não atenda às exigências comerciais de Washington.

O comunicado foi feito por Trump através da plataforma Truth Social, onde ele expressou insatisfação com as negociações estagnadas com a União Europeia

Segundo o presidente, o bloco busca vantagens desleais nas trocas comerciais com os EUA, dificultando acordos e bloqueando produtos norte-americanos.

Além disso, Trump também ameaçou impor uma tarifa de 25% sobre iPhones produzidos fora dos EUA, pressionando diretamente empresas como a Apple a realocar sua produção para território americano.

Bitcoin recua após atingir novo recorde

Antes do anúncio, o preço do Bitcoin superou os US$ 111 mil, marcando um novo recorde histórico. No entanto, com a reação negativa dos mercados à ameaça tarifária de Trump, o BTC recuou para cerca de US$ 109.688, representando uma queda de 1,4% no dia.

Segundo analistas, o movimento reflete a preocupação dos investidores com novas tensões comerciais globais, o que pode afetar o apetite por ativos de risco como as criptomoedas.

Ethereum e altcoins também operam em queda

A correção não se limitou ao Bitcoin. O Ethereum (ETH) caiu 4%, sendo negociado pouco acima de US$ 2.500. O XRP recuou 3,7%, chegando a US$ 2,34. Outras altcoins também seguiram o movimento de baixa, refletindo a incerteza macroeconômica global.

Analistas veem fundamentos sólidos por trás do rali

Apesar da oscilação, especialistas como os da QCP Capital apontam que a atual tendência de alta do Bitcoin é estruturalmente mais robusta do que ciclos anteriores. Entre os fatores destacados estão:

  • Menor alavancagem no mercado
  • Fluxo consistente de investimento institucional
  • Ação de preço mais resiliente mesmo com choques externos

Ou seja, embora o mercado tenha reagido negativamente ao anúncio de Trump, a estrutura de suporte do preço do Bitcoin permanece forte.

Senado dos EUA Aprova Marco Regulatório para Stablecoins

Icons of stablecoins such as USDT, USDC, DAI, and BUSD stacked together, representing the market of dollar-backed digital currencies.

Fonte: Livecoins

O Senado dos Estados Unidos deu um passo decisivo rumo à regulamentação do mercado de stablecoins com a aprovação preliminar do Genius Act, um projeto de lei que estabelece um marco legal federal para emissores e operações com esse tipo de criptoativo. 

 

Após uma tentativa frustrada no início de maio, o projeto superou a exigência de 60 votos na noite de segunda-feira (19) e segue para debate final antes da votação definitiva.

 

Em um momento em que o mercado global de stablecoins ultrapassa os US$ 250 bilhões, o avanço da proposta é considerado um divisor de águas para a indústria de criptoativos.

O que o Genius Act propõe?

O projeto de lei traz diretrizes claras para a emissão e operação de stablecoins nos EUA. Entre os principais pontos, estão:

  • Autorização federal obrigatória para emissores de stablecoins;
  • Regras de compliance e transparência para assegurar a paridade com ativos estáveis, como o dólar;
  • Proibição a empresas de tecnologia, como Google e Meta, de lançarem suas próprias stablecoins;
  • Supervisão regulatória centralizada por órgãos federais, visando proteção ao consumidor e estabilidade sistêmica.

A nova estrutura pretende reduzir riscos relacionados à manipulação de mercado, lavagem de dinheiro e uso indevido dessas moedas digitais em atividades ilícitas.

Influência de Trump e polêmicas políticas

A aprovação ganhou destaque adicional ao ocorrer logo após Donald Trump lançar sua própria stablecoin, a USD1, por meio da World Liberty Financial

O caso gerou preocupação entre senadores democratas, que temem conflito de interesses e possível uso político da legislação.

O fundo soberano dos Emirados Árabes anunciou ainda a compra de US$ 2 bilhões em USD1, com parte do investimento sendo usado para adquirir participação na exchange Binance. 

Esses movimentos reacenderam o debate sobre governança e concentração de poder no ecossistema cripto.

Reflexos no Brasil: stablecoins em foco

No Brasil, stablecoins já movimentam cerca de 90% das transações com criptoativos, de acordo com o Banco Central. 

Apesar da regulação de criptoativos implementada em 2022, as stablecoins ficaram de fora, gerando lacunas jurídicas relevantes.

O principal emissor de stablecoins lastreadas em reais, a Transfero, está sediado na Suíça, o que dificulta o enquadramento regulatório no país. 

Além disso, as plataformas brasileiras ainda aguardam a definição de um regime de licenças pelo Banco Central.

A aprovação do Genius Act nos EUA marca um avanço importante na regulamentação de stablecoins e pode servir de modelo para outros países, inclusive o Brasil. 

Com o crescimento acelerado do uso dessas moedas estáveis, a definição de normas claras é essencial para garantir segurança, transparência e competitividade no mercado global de criptoativos.

Hyperliquid e Worldcoin Disparam Enquanto o Mercado Corrige

Three-dimensional symbol of the Brazilian stablecoin Drex, with a metallic effect in aqua green tones on a dark background.

Fonte: Traders Union

Mesmo em meio a uma leve correção do mercado cripto nesta sexta-feira (23/05), com o Bitcoin (BTC) caindo 2,1%, dois tokens chamaram a atenção por suas valorizações expressivas: 

Hyperliquid (HYPE) e Worldcoin (WLD). Ambos subiram mais de 15%, impulsionados por fatores específicos que os tornaram exceções em um dia majoritariamente negativo para o setor.

Hyperliquid (HYPE): volume recorde e alta procura por derivativos

O token HYPE teve uma valorização de 15,4%, sendo negociado a US$ 34,75

O principal motivo dessa alta é o crescimento explosivo na atividade da plataforma Hyperliquid, uma exchange descentralizada de contratos perpétuos construída sobre sua própria blockchain.

  • Interesse aberto (open interest) bateu recorde de US$ 9,2 bilhões, superando o pico anterior de US$ 8 bilhões registrado em 21 de maio.
  • Esse aumento foi impulsionado pelo novo recorde do Bitcoin, que atingiu US$ 111.800, gerando mais procura por contratos derivativos.
  • Só os contratos de BTC movimentaram US$ 4,2 bilhões na Hyperliquid — mais de 40% do volume total da plataforma.
  • ETH e o próprio HYPE também apresentaram forte volume de negociação.
  • A equipe da Hyperliquid revelou que está dialogando com a CFTC (Comissão de Negociação de Futuros de Commodities dos EUA) sobre novas diretrizes regulatórias para derivativos cripto negociados 24/7.

Worldcoin (WLD): investimento institucional fortalece o projeto

Já o Worldcoin (WLD) subiu 14,3%, sendo cotado a US$ 1,46, impulsionado por uma movimentação significativa no mercado institucional.

  • A World Assets, Ltd., subsidiária da World Foundation, anunciou a venda de US$ 135 milhões em tokens WLD a investidores institucionais.
  • Entre os participantes estão nomes de peso como Andreessen Horowitz e Bain Capital Crypto, o que reforça a credibilidade e o interesse no projeto.
  • O anúncio trouxe confiança ao mercado, aumentando a demanda pelo token.

Enquanto o mercado como um todo passa por uma leve correção, HYPE e WLD provam que fatores internos e eventos específicos podem impulsionar tokens mesmo em momentos de baixa

No caso do HYPE, o destaque vai para a força do mercado de derivativos e o avanço técnico da plataforma Hyperliquid. Já o WLD atrai os holofotes com o forte respaldo institucional.

Solana Lança Seeker: Novo Celular Cripto

Close-up of the Solana Saga smartphone’s rear camera module with visible Seed Vault security chip for crypto key storage

Fonte: The Crypto Times

A Solana Mobile, divisão da Solana Labs voltada para inovação em dispositivos móveis, anunciou o lançamento do Seeker, seu novo smartphone focado em aplicações descentralizadas (dApps). 

 

O aparelho estará disponível globalmente a partir de 4 de agosto de 2025, com preço promocional de US$ 500 para os primeiros compradores

 

O modelo também marcará a estreia do token SKR, o novo ativo nativo do ecossistema móvel da Solana.

O que é o Seeker da Solana?

O Solana Seeker é o sucessor do celular Saga e foi projetado para oferecer uma experiência completa para usuários de criptomoedas e aplicativos Web3. 

Com foco em segurança, descentralização e praticidade, o dispositivo busca unir o mundo dos smartphones com a tecnologia blockchain.

Principais recursos do Seeker

  • Seed Vault Wallet: sistema de segurança integrado para armazenamento de chaves privadas.
  • Seeker ID: identidade digital descentralizada para login seguro em dApps.
  • Nova Solana dApp Store: loja exclusiva e otimizada para aplicativos Web3.
  • Genesis Token incluso: cada unidade do Seeker vem com um token Genesis, que garante acesso antecipado a recursos e experiências exclusivas.

O token SKR (Seeker) será utilizado como a moeda de utilidade e recompensa dentro do ecossistema móvel da Solana. Ele será fundamental para:

  • Transações internas entre usuários e desenvolvedores
  • Recompensas para engajamento e uso de dApps
  • Alinhamento de incentivos entre usuários, fabricantes e programadores
  • Integração com a infraestrutura descentralizada TEEPIN (Trusted Execution Environment Platform Infrastructure Network)

Com mais de 150 mil unidades vendidas do modelo anterior (Saga), a Solana aposta agora em uma abordagem aberta e expansiva: o Seeker será apenas o primeiro entre diversos dispositivos que poderão adotar o padrão Web3 proposto pela Solana Mobile.

 

Bradesco lança fundo de investimento 100% em Bitcoin

Ilustração de robôs blockchain atendendo em balcão de banco com logotipo do Bradesco, simbolizando adoção de criptoativos no Brasil.

Fonte: Cointelegraph

O Bradesco, um dos maiores bancos do Brasil, anunciou oficialmente o lançamento de seu primeiro fundo de investimento focado exclusivamente em Bitcoin: o BRADESCO BITCOIN FIF

A iniciativa marca a estreia do banco no setor de criptoativos e posiciona a instituição entre os pioneiros do sistema bancário tradicional a oferecer exposição direta ao Bitcoin no país.

Com a aprovação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o fundo é voltado para o investidor geral e representa mais um passo da integração entre o mercado financeiro tradicional e os ativos digitais.

Como funciona o fundo de Bitcoin do Bradesco?

O BRADESCO BITCOIN FIF é um fundo de investimento que busca oferecer aos clientes exposição indireta ao Bitcoin, sem a necessidade de comprar ou custodiar a criptomoeda diretamente. 

Isso é feito por meio de aplicações em cotas do Hashdex Nasdaq Bitcoin Reference Price FIC FIM, um fundo gerido pela Hashdex — gestora referência em ativos digitais.

Principais características do fundo:

  • Investimento mínimo: R$ 500
  • Saque mínimo: R$ 100
  • Liquidez: D+3 dias úteis
  • Taxa de administração: 0,45% ao ano
  • Taxa de resgate: isenta
  • Alavancagem: permitida até 70% do patrimônio líquido
  • Patrimônio inicial: cerca de R$ 10 milhões

Essa estrutura permite que investidores tradicionais tenham acesso ao Bitcoin com a segurança e simplicidade oferecidas por um grande banco.

Por que o Bradesco decidiu lançar um fundo em Bitcoin?

Desde 2019, o Bradesco vem se aproximando gradualmente do universo cripto, com iniciativas que envolvem blockchain, identidade digital e integração com moedas digitais como o Drex (a versão brasileira de moeda digital emitida pelo Banco Central).

Além disso, o banco firmou uma parceria com a Parfin para testar o uso da stablecoin USDC em operações de remessas internacionais, o que reforça o movimento de digitalização e inovação nos serviços bancários.

O que esse fundo representa para o mercado financeiro brasileiro?

O lançamento do BRADESCO BITCOIN FIF marca um divisor de águas para o setor bancário no Brasil. 

Ele não apenas sinaliza a aceitação institucional do Bitcoin, mas também oferece um novo produto para quem deseja investir com respaldo de uma instituição tradicional.

Essa movimentação coloca o Bradesco ao lado de outras instituições globais que vêm integrando ativos digitais em suas carteiras e sinaliza uma tendência de maior adoção regulada e segura de criptoativos no país.

O BRADESCO BITCOIN FIF é mais do que um produto de investimento — é um reflexo da transformação do setor financeiro rumo à digitalização, inovação e integração com a nova economia.

Brasileiros Estão Mais Dispostos a Assumir Riscos com Criptomoedas, Revela Nova Pesquisa

Bitcoin em destaque sobre mão com gráfico em alta e bandeira do Brasil ao fundo, representando adoção crescente de criptoativos no país.

Uma nova pesquisa realizada da corretora Bitget com 2.302 usuários ativos de sua plataforma em cinco países da América do Sul que o Brasil lidera entre os países com maior disposição para assumir riscos com criptomoedas

O estudo destaca o interesse crescente por ativos voláteis como memecoins e mostra um perfil de investidor mais maduro e informado no país.

De acordo com o levantamento, o Brasil é o único país onde memecoins representam 11,1% das preferências de investimento

Além disso, a criptomoeda Solana (SOL) é mencionada por 16,7% dos investidores brasileiros, uma taxa bem acima da média entre países desenvolvidos (7%).

Essa inclinação para ativos mais voláteis mostra que os brasileiros estão dispostos a explorar oportunidades de alto risco em busca de maiores retornos.

Perfil do Investidor Brasileiro em Cripto

O estudo também revela uma característica única: 55,6% dos investidores em criptomoedas no Brasil têm mais de 45 anos, contra uma média de 43,9% na América Latina. 

Isso indica um perfil mais experiente e com maior patrimônio, que tende a diversificar seus investimentos de forma estratégica.

Estratégias de Investimento: Curto e Longo Prazo

Quando o assunto é estratégia, 44,4% dos brasileiros adotam uma abordagem híbrida, combinando trading de curto prazo com holding de longo prazo. 

A média regional é de 39,6%, o que mostra uma mentalidade mais sofisticada e menos impulsiva no mercado cripto brasileiro.

Fontes de Informação

Para se manter informados sobre o mercado de criptomoedas, 33% dos brasileiros usam redes sociais como principal fonte. 

Em segundo lugar vem a mídia profissional (22%). O acesso rápido a informações, análises em tempo real e a influência de especialistas digitais reforçam o papel das redes como principal canal para decisões de investimento.

O investidor brasileiro de criptomoedas está se tornando mais experiente, mais informado e mais ousado. 

A combinação de educação financeira, acesso à informação digital e disposição para diversificar fortalece o cenário cripto no Brasil. 

O país não apenas cresce em número de investidores, mas também na sofisticação das estratégias adotadas — mesmo diante da volatilidade do mercado.