Atualização do Mercado Cripto: 27 de junho de 2025

Um profissional observa gráficos de criptomoedas em uma tela digital, ao lado do título 'Atualização do mercado de criptomoedas' da Klever.

A tensão entre Estados Unidos, Irã e Israel virou combustível para a volatilidade no mercado cripto. 

No fim de semana, o Bitcoin chegou a cair abaixo de US$ 98 mil, pressionado por ataques militares e ameaças de retaliação no Oriente Médio — acendendo o alerta de investidores e rompendo o suporte psicológico dos US$ 100 mil.

Mas o cenário mudou rápido: com o anúncio de um cessar-fogo na segunda-feira, o BTC recuperou fôlego e voltou a ser negociado acima dos US$ 106 mil. 

A sequência de eventos geopolíticos extremos não só movimentou o preço do Bitcoin, mas também mexeu com altcoins, ETFs e até memecoins com temática de guerra.

Enquanto investidores brasileiros retiram milhões de fundos cripto, empresas como Méliuz e Nakamoto Holdings dobram a aposta no BTC. E nos EUA, os ETFs somam 13 dias consecutivos de entrada líquida, indicando que o ciclo de alta institucional pode estar longe do fim.

A seguir, você confere os principais destaques de uma semana em que o Bitcoin voltou ao centro das atenções globais — entre riscos, alívio e decisões estratégicas.

Tensão entre EUA, Israel e Irã pressiona os mercados e derruba o preço do BTC abaixo de US$ 98 mil no fim de semana

15-minute chart shows Bitcoin dropping to $98K on 6/22 and recovering above $101K on 6/23.

BTC cai e se recupera. Fonte:  Cointelegraph

O presidente dos EUA Donald Trump trouxe alívio à comunidade internacional ao anunciar na noite de segunda-feira (23) que Israel e Irã concordaram em cessar-fogo. 

Ambos os governos demonstraram apoio à trégua, mas novos ataques foram reportados dos dois lados, o que coloca em xeque o cessar-fogo que poderia acabar com a guerra de 12 dias.

.Os mercados globais, no entanto, estão esperançosos com uma resolução definitiva no conflito do Oriente Médio, que havia ganhado uma nova escala de gravidade com ataques dos EUA ao Irã no final de semana.

Resposta do Bitcoin

Na manhã de segunda-feira, 23 de junho de 2025, o Bitcoin (BTC) era cotado a US$ 101.480, em queda de 0,8% nas últimas 24 horas. 

No domingo, o BTC chegou a tocar os US$ 98.400, ameaçando romper o suporte psicológico dos US$ 100 mil — um dos níveis mais observados pelos traders.

A principal causa da queda é a escalada de tensão no Oriente Médio. Entre os eventos mais críticos:

  • Ataque dos EUA a instalações nucleares no Irã, em uma operação chamada Midnight Hammer;
  • Resposta do Irã, com o líder Ali Khamenei prometendo retaliação: “a punição continuará”;
  • Risco geopolítico elevado, impactando globalmente commodities, bolsas e criptomoedas.

Esse cenário gera pânico entre investidores, que preferem liquidez imediata e se desfazem de ativos voláteis como o BTC.

Impacto no mercado de criptomoedas

  • A forte liquidação puxou outras criptos para baixo, como Ethereum, Solana e BNB.
  • O temor de que o Estreito de Ormuz seja fechado aumentou a aversão ao risco — já que isso poderia afetar o suprimento global de petróleo.

Bitcoin sobe 3,8% com cessar-fogo entre Irã e Israel e ultrapassa US$ 106 mil

Bitcoin rises to $106.9K after falling on 6/23; chart shows recovery and data such as market cap and volume in 24 hours.

Fonte: Coinmarketcap

Em 24 de junho de 2025, o Bitcoin (BTC) subiu 3,8% em 24 horas, alcançando US$ 105.253 (R$ 577.360), impulsionado pelo anúncio de um cessar-fogo entre Irã e Israel. 

O mercado interpretou a notícia como um alívio geopolítico, reduzindo a aversão ao risco entre os investidores.

Segundo o analista André Franco, da Boost Research, o BTC se beneficiou também do enfraquecimento do dólar, impulsionando ativos de risco como criptomoedas.

A valorização do Bitcoin trouxe consigo uma alta generalizada nas altcoins. Veja os principais destaques:

  • XRP: +9,6%
  • Ethereum (ETH): +8,2%
  • Solana (SOL): +7,9%
  • Dogecoin (DOGE): +7,5%

Essas criptomoedas reagiram positivamente à redução das tensões e ao retorno de capital para ativos de risco.

Bitcoin se mantém em US$ 107 mil enquanto ETFs acumulam 13 dias consecutivos de entradas

Bitcoin Recovers to $107K After June 23 Plunge; 7-Day Chart Highlights 3.44% Rise, Real-Time Market Data

Fonte: Coinmarketcap

O Bitcoin (BTC) mantém estabilidade na casa dos US$ 107.161, nessa sexta-feira (27), com leve recuo de 0,3% nas últimas 24 horas, segundo dados do Portal do Bitcoin. Em reais, o preço gira em torno de R$ 590 mil.

Essa consolidação sinaliza força compradora no mercado, mesmo após semanas de alta impulsionadas por fatores macroeconômicos e institucionais.

ETFs de Bitcoin têm 13 dias seguidos de entradas líquidas

Os ETFs de Bitcoin à vista nos EUA estão em um forte ciclo de entrada de capital, com 13 dias consecutivos de captações líquidas positivas, totalizando aproximadamente US$ 2,9 bilhões desde meados de junho.

  • O maior fluxo individual foi de US$ 588,6 milhões em um único dia — o maior de junho até agora.
  • Na semana, os ETFs acumularam mais de US$ 1,2 bilhão em aportes.

O que significa essa movimentação para o BTC?

  • A estabilidade acima dos US$ 107 mil indica forte apoio técnico.
  • O interesse institucional — especialmente por fundos com forte governança — reforça o posicionamento do Bitcoin como ativo financeiro global.
  • A consistência dos aportes pode levar o BTC a testar novas resistências acima de US$ 110 mil se o fluxo se mantiver.

Com o Bitcoin firme em torno de US$ 107 mil e os ETFs acumulando 13 dias seguidos de captação, o mercado sinaliza continuidade do ciclo institucional de alta. Se mantida essa tendência, novos recordes de preço podem ser alcançados em breve.

Memecoins sobre guerra disparam até 1.964% com tensões no Oriente Médio

Green BunkerCoin logo on a dark background with an underground tunnel, suggesting security and protection in crypto assets.

Fonte: insidebitcoins

Em 23 de junho de 2025, diversas memecoins com temática de guerra registraram valorizações absurdas após o aumento das tensões entre Estados Unidos, Israel e Irã

O destaque foi a BunkerCoin, que valorizou impressionantes +1.964% em 24 horas, chegando a US$ 5,14 milhões em capitalização de mercado.

Apesar do pico, a BunkerCoin desabou 78% logo depois, caindo para US$ 1,13 milhão. Outros tokens também seguiram a mesma dinâmica:

  • Werld Wur Thwee: atingiu US$ 1,54 milhão, depois caiu 89%;
  • Sticks and Stones (SAS): chegou a US$ 1,56 milhão;
  • Make Iran Great Again: bateu US$ 832 mil antes de despencar.

O que está impulsionando essas memecoins?

Source: Cointelegraph

  • A tensão geopolítica global gerou interesse especulativo em tokens que brincam com temas de guerra.
  • As moedas foram criadas em plataformas como Pump.fun, na blockchain da Solana — onde mais de 11,5 milhões de memecoins já foram lançadas.
  • Só no sábado, surgiram 22.019 novos tokens na rede, segundo dados da Decrypt.

Alta volatilidade e riscos elevados

Esses tokens são altamente voláteis, criados muitas vezes como piada ou por especulação rápida. Especialistas alertam que:

  • Ganhos rápidos podem ser seguidos por quedas bruscas;
  • Muitos projetos não têm fundamento ou utilidade real;
  • Há ainda uma discussão ética sobre a criação de tokens baseados em guerras e tragédias humanas.

$PENGU: Pudgy Penguins lidera nova era das memecoins com pedido de ETF de NFT nos EUA

**Alt text otimizado para SEO e acessibilidade:** Ilustração 3D de moedas digitais com imagem de pinguim, símbolo da coleção NFT Pudgy Penguins, sobre fundo escuro futurista.

Fonte: Crypto News Australia

Em 25 de junho de 2025, a Chicago Board Options Exchange (CBOE) protocolou oficialmente na SEC o Formulário 19b‑4, solicitando a listagem do Canary PENGU ETF, um fundo que reúne o token $PENGU e NFTs da coleção Pudgy Penguins

Com isso, o processo entrou na etapa formal de análise, e a SEC tem até 240 dias para emitir uma decisão, o que deve acontecer entre o fim de 2025 e o início de 2026.

O projeto $PENGU, criado a partir dos populares Pudgy Penguins, se tornou um marco na nova fase das memecoins e NFTs. É o primeiro projeto NFT a solicitar um ETF nos Estados Unidos e o segundo criptoativo, depois do Dogecoin, a buscar autorização para um ETF de memecoin.

O mascote dos Pudgy Penguins já figura como o “pinguim cripto oficial da Nasdaq”, o que reforça a aproximação do projeto com o mercado financeiro tradicional e amplia sua visibilidade institucional.

Memecoin na bolsa de valores: um movimento inédito

O pedido do $PENGU representa uma ruptura histórica entre o universo cripto e Wall Street. Trata-se da primeira vez que uma memecoin com base em NFTs tenta se tornar um fundo de índice listado em bolsa americana, desafiando o discurso de que os NFTs estavam superados.

ETF do $PENGU: alternativa regulada de exposição ao mercado cripto

Para investidores que preferem não se expor à volatilidade extrema dos NFTs colecionáveis, como os Bored Apes, o ETF do $PENGU surge como uma forma de investir em memecoins e NFTs com a segurança regulatória da bolsa de valores. É uma porta de entrada para o mercado cripto dentro de um ambiente mais conservador e institucionalizado.

Brasileiros retiram R$ 49 milhões de fundos de criptomoedas após semana marcada por alta volatilidade

Mapa da América do Sul com destaque para o Brasil marcado por alfinete vermelho ao lado de uma moeda dourada com símbolo do Bitcoin.

Fonte: Portal do Bitcoin

Na semana encerrada em 23 de junho de 2025, os investidores brasileiros retiraram cerca de US$ 9 milhões (R$ 49 milhões) de fundos de criptomoedas, segundo dados da CoinShares

Esse movimento aconteceu apesar da sequência de dez semanas consecutivas de entradas globais em produtos cripto.

No mesmo período, os fundos globais de ativos digitais registraram US$ 1,24 bilhão em aportes, com os Estados Unidos liderando as entradas por meio dos ETFs recém-aprovados.

  • Acumulado anual (YTD): US$ 15,1 bilhões;
  • Semana anterior (fluxo global): +US$ 1,2 bilhão.

Fundos com maiores entradas

  • Bitcoin (BTC): +US$ 1,1 bilhão;
  • Ethereum (ETH): +US$ 123 milhões;
  • Outros tokens com fluxo positivo: Solana, XRP, Litecoin, Cardano, Chainlink.

O que isso mostra?

A saída brasileira pode indicar:

  • Maior cautela local diante da volatilidade do mercado cripto;
  • Preferência de investidores institucionais por produtos internacionais mais líquidos e regulamentados, como os ETFs dos EUA.
    Enquanto isso, a confiança global em criptoativos, especialmente no Bitcoin, segue crescendo, com grandes gestoras de ativos liderando as alocações.

Arizona aprova projeto para criar fundo de reserva em Bitcoin com ativos apreendidos

Arizona flag next to Bitcoin symbol, suggesting integration between the state and cryptocurrency adoption.

Fonte: Bitcoin.com News

O Senado do Arizona aprovou, o projeto de lei HB 2324 com 16 votos a favor e 14 contra. 

O texto prevê a criação de um Fundo de Reserva de Bitcoin e Ativos Digitais, composto exclusivamente por criptomoedas apreendidas em operações criminais.

Esse fundo será controlado pelo tesoureiro estadual e armazenará criptoativos em carteiras digitais licenciadas ou exchanges regulamentadas, com opção de converter ou manter os ativos, dependendo da avaliação de mercado.

O HB 2324 atualiza as leis estaduais de confisco para incluir ativos digitais como Bitcoin e outras criptomoedas

Além disso, estabelece padrões legais de custódia e gerenciamento de criptoativos pelo Estado, alinhando o Arizona com as novas exigências do setor de ativos digitais.

Como funcionará o fundo de Bitcoin do Arizona?

  • Fontes de receita: criptoativos confiscados por autoridades estaduais;
  • Destino dos fundos:
    • 50% para o Gabinete do Procurador-Geral;
    • 25% para o fundo geral do Estado;
    • 25% para o novo fundo de reserva em Bitcoin;
  • Custódia: as criptomoedas poderão ser mantidas em:
    • Exchanges licenciadas;
    • Carteiras digitais seguras;
    • Formato original dos ativos, conforme critérios de liquidez e segurança.

Próximos passos: votação final e sanção da governadora

O projeto agora segue para votação na Câmara dos Deputados do Arizona. Se aprovado por pelo menos 31 votos, será encaminhado para a governadora Katie Hobbs decidir pela sanção ou veto.

Vale lembrar que a governadora já sancionou a criação de um fundo para criptomoedas “não reclamadas” (HB 2749), mas vetou outras tentativas de usar dinheiro público para comprar Bitcoin, como o SB 1025.

Se aprovado e sancionado, o Arizona será o primeiro estado dos EUA a manter reservas em Bitcoin usando exclusivamente cripto confiscada, sem utilizar recursos do contribuinte. 

A medida reforça o interesse crescente de governos estaduais em regulamentar e integrar ativos digitais às suas finanças públicas, de forma estratégica e segura.

Nakamoto Holdings levanta US$ 51,5 milhões para comprar Bitcoin e ampliar seu tesouro corporativo

Illustration of stylized man in suit controlling Bitcoin symbol on cosmic blockchain network, artwork by Cointelegraph.

Fonte: Cointelegraph

Nakamoto Holdings arrecadou US$ 51,5 milhões em uma rodada privada de investimentos (PIPE) com a empresa de tecnologia em saúde KindlyMD, com o objetivo exclusivo de comprar Bitcoin e expandir seu tesouro corporativo.

A operação foi concluída em apenas três dias e soma-se a rodadas anteriores, elevando o total sob gestão para US$ 763 milhões em BTC.

Segundo o portal BitcoinTreasuries.net:

  • Mais de 130 empresas públicas já mantêm Bitcoin como ativo de reserva.
  • Houve crescimento de 14% no número de detentoras institucionais de BTC no último mês.

Quem está por trás?

  • David Bailey, CEO da Nakamoto Holdings, é também assessor de criptoativos da campanha de Donald Trump.
  • A captação aconteceu via PIPE (Private Investment in Public Equity), com ações vendidas a US$ 5 cada através da KindlyMD.

Para que serve o dinheiro?

Todo o valor captado será alocado em compras de Bitcoin para o balanço corporativo da Nakamoto Holdings, seguindo a estratégia adotada por empresas como:

  • MicroStrategy
  • Tesla (parcialmente)
  • Galaxy Digital

Riscos apontados

Especialistas destacam que essa estratégia também expõe a empresa a volatilidade do mercado cripto. Se o Bitcoin cair abaixo de US$ 90.000, empresas com baixa liquidez podem enfrentar riscos operacionais.

A compra de Bitcoin como reserva corporativa é vista por alguns investidores como:

  • Proteção contra inflação
  • Aposta em valorização de longo prazo
  • Alternativa ao dólar como reserva de valor

Por outro lado, ainda é criticada por órgãos reguladores e considerada de alto risco em momentos de queda do mercado.

A Nakamoto Holdings consolida-se como mais uma empresa com foco declarado em Bitcoin, agora com mais de US$ 760 milhões em tesouro cripto. 

O movimento reforça uma tendência crescente entre empresas que apostam no BTC como ativo estratégico — embora arriscado — em seus balanços.

Méliuz compra R$ 157 milhões em Bitcoin e se torna a maior empresa detentora de BTC da América Latina

Logotipo da Méliuz exibido em smartphone com fundo branco, simbolizando uso do app de cashback e serviços financeiros digitais.

A Méliuz (CASH3), conhecida por seu programa de cashback e soluções financeiras digitais, divulgou no dia 23 de junho, que comprou R$ 157 milhões em Bitcoin.

Com isso, a empresa se tornou a maior detentora corporativa de BTC da América Latina.

A operação foi concluída em 13 de junho de 2025, marcando a entrada oficial da companhia no modelo de reserva de valor em criptoativos.

A compra foi viabilizada por meio de uma oferta subsequente de ações (follow-on), com captação total de R$ 180 milhões. A Méliuz deixou claro desde o início que o capital seria utilizado exclusivamente para a compra de Bitcoin.

  • As ações foram emitidas com 5% de desconto sobre o valor de mercado;
  • A empresa também avalia ampliar sua estratégia cripto nos próximos trimestres, caso o desempenho da alocação seja positivo.

Com essa iniciativa, a Méliuz segue os passos de empresas globais como a MicroStrategy, que adotam o Bitcoin como ativo de tesouraria

A decisão reforça a visão da fintech sobre o potencial do BTC como:

  • Proteção contra desvalorização de moeda fiduciária;
  • Alternativa de diversificação patrimonial;
  • Ativo de longo prazo com escassez programada.

Riscos e expectativas

Embora o movimento traga visibilidade e posicionamento estratégico, também expõe a empresa à volatilidade característica do Bitcoin. O sucesso da iniciativa dependerá da valorização do BTC ao longo do tempo e da capacidade da Méliuz de gerenciar riscos financeiros e reputacionais.

Impactos e próximos passos

  • A aquisição pode impulsionar o valor percebido das ações CASH3, principalmente entre investidores entusiastas de cripto.
  • Analistas esperam que outras empresas brasileiras observem os resultados da Méliuz antes de adotar estratégias semelhantes.
  • A empresa deve divulgar os efeitos dessa compra nos próximos relatórios trimestrais.

Hacker invade CoinMarketCap e rouba R$ 115 mil em criptomoedas com golpe de wallet drainer

A mobile phone screen displaying the logo of CoinMarketCap, a platform for tracking cryptocurrency prices and data in real time.

Fonte: Portal do Bitcoin

Em 20 de junho de 2025, o site CoinMarketCap, um dos maiores agregadores de dados de criptomoedas do mundo, foi alvo de um ataque hacker que resultou no roubo de aproximadamente R$ 115 mil (US$ 21 mil) em criptomoedas.

O golpe foi aplicado por meio de um popup falso de conexão de carteira Web3, que aparecia quando os usuários acessavam a página inicial do site. 

O elemento malicioso foi injetado por meio de um doodle animado da própria plataforma — uma técnica conhecida como wallet drainer via XSS (cross-site scripting).

Valor total roubado e número de vítimas

  • 76 carteiras tiveram fundos drenados diretamente após conectar-se ao popup malicioso;
  • O valor estimado roubado foi de R$ 115 mil;
  • Outras fontes indicam que mais de 110 carteiras foram afetadas, com prejuízo total de até US$ 43 mil.

Como aconteceu ataque?

O hacker explorou uma brecha no arquivo JSON do “doodle” exibido na home do CoinMarketCap, injetando um script em JavaScript que carregava um popup semelhante aos usados por carteiras legítimas, como MetaMask ou Trust Wallet.

Esse ataque de supply chain permitiu que os criminosos solicitassem acesso às carteiras dos usuários conectados ao site — sem a devida validação — permitindo a transferência imediata dos ativos.

Como o CoinMarketCap reagiu?

  • Removeu imediatamente o conteúdo malicioso;
  • Confirmou o ataque e prometeu reembolsar todas as vítimas;
  • Reforçou que o problema não afetou suas APIs ou infraestrutura principal;
  • Iniciou uma auditoria de segurança para revisar protocolos de conteúdo dinâmico no site.

A equipe da MetaMask foi a primeira a detectar o ataque e emitir um alerta oficial nas redes sociais, pedindo aos usuários que não conectassem suas carteiras ao CoinMarketCap temporariamente.

Como se proteger de golpes similares?

  1. Nunca conecte sua carteira Web3 a popups inesperados em sites, mesmo que sejam conhecidos.
  2. Use extensões com verificação de phishing, como as nativas da MetaMask.
  3. Mantenha sua carteira atualizada e, para grandes quantias, opte por carteiras frias (cold wallets).

Token SEI dispara 47% após ser escolhido para possível stablecoin do estado de Wyoming

Illustration of digital currencies with Libra logo on green background with appreciation arrows and Decrypt branding.

Fonte: Decrypt

O token SEI, nativo da Sei Network, registrou uma alta de 46,5% nas últimas 24 horas, cotado a US$ 0,2855 em 24 de junho de 2025. 

Nos últimos sete dias, a valorização acumulada foi de impressionantes +72%, segundo dados da CoinMarketCap.

Essa valorização transformou o SEI na criptomoeda com melhor desempenho entre os 100 maiores ativos digitais no período.

Anúncio do estado de Wyoming impulsiona o token SEI

O principal catalisador da alta foi o anúncio de que o estado americano de Wyoming considera a blockchain Sei como candidata para hospedar sua stablecoin estatal WYST, prevista para lançamento em agosto de 2025.

Outras redes em avaliação incluem:

  • Ethereum
  • Solana
  • Arbitrum
  • Avalanche
  • Aptos
  • Stellar

A possível adoção pelo governo de Wyoming posiciona a Sei Network como uma blockchain institucionalmente relevante, elevando a demanda por seu token nativo.

Métricas da rede Sei indicam forte crescimento

Nos últimos dois meses, a blockchain Sei apresentou:

  • +180% de crescimento nos endereços ativos diários
  • +20% de aumento no volume de transações
  • TVL (Total Value Locked) acima de US$ 542 milhões, mais que o dobro desde março

Além disso, a gestora Canary Capital apresentou pedido para lançar um ETF de SEI, o que indica interesse institucional crescente no ativo.

Correção técnica após a alta

Apesar do rali, o token passou por uma leve realização de lucros, com correção de –10,8%, caindo para cerca de US$ 0,2772

Essa movimentação é comum após altas expressivas e pode sinalizar consolidação de preço.

O token SEI disparou quase 50% em um único dia após ser considerado para sediar a primeira stablecoin estadual dos EUA, a WYST de Wyoming

Com métricas on-chain em ascensão, crescimento do TVL e interesse institucional via ETF, a Sei Network se posiciona como uma das blockchains mais promissoras de 2025.

Derrubada do IOF esfria adoção de stablecoins no Brasil, dizem especialistas

Icons of stablecoins such as USDT, USDC, DAI, and BUSD stacked together, representing the market of dollar-backed digital currencies.

Em 25 de junho de 2025, o Congresso Nacional derrubou o decreto presidencial que aumentava o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para 3,5% sobre compras de dólar e operações cambiais. 

A decisão foi aprovada por 383 votos a favor e 98 contra na Câmara dos Deputados, e confirmada pelo Senado no mesmo dia.

Impacto sobre stablecoins

Com o IOF mais alto, comprar stablecoins atreladas ao dólar, como USDT ou USDC, era uma alternativa vantajosa para quem desejava proteger seu capital da variação cambial — especialmente por meio de cartões de cripto ou operações P2P.

Com a revogação do decreto, essa vantagem praticamente desaparece:

  • A stablecoin perde competitividade frente à compra direta de dólar em corretoras;
  • Especialistas avaliam que a adoção massiva dessas moedas digitais no Brasil pode ser adiada.

O que dizem os especialistas

  • André Franco (Boost Research): “A derrubada do IOF esfria o apetite por stablecoins como meio de acesso ao dólar.”
  • Guilherme Prado (Bitget Brasil): “A mudança é positiva para o mercado tradicional, mas reduz a atratividade da stablecoin para quem busca proteção cambial.”
  • João Paulo Martins (Foxbit): stablecoins ainda oferecem transparência, velocidade e baixo custo, mas perdem competitividade com dólar mais acessível.

Mesmo com a revogação do IOF, o Banco Central do Brasil mantém uma consulta pública sobre stablecoins e discute a possibilidade de equipará-las a operações de câmbio. Outros pontos relevantes:

  • A MP 1.303/2025 propõe tributação sobre lucros em criptoativos, incluindo stablecoins;
  • A Receita Federal já monitora transações envolvendo stablecoins em exchanges e plataformas descentralizadas.

Fundadores do Across Protocol São Acusados de Desviar US$ 23 Milhões da DAO

Official certificate of re-registration of the company Risk Labs in the Cayman Islands as a Foundation, issued on January 9, 2020.

Certificado de recadastramento da empresa da Risk Labs. Fonte: Across Bridge Protocol

Os fundadores da ponte cross-chain Across Protocol foram acusados de usar a governança da DAO (Organização Autônoma Descentralizada) para desviar US$ 23 milhões em tokens ACX para a Risk Labs, empresa ligada aos próprios criadores do protocolo.

A denúncia foi feita por “Ogle”, o pseudônimo fundador do projeto de camada 1 Glue e detetive onchain, que publicou evidências no X (antigo Twitter).

Como Funcionou o Suposto Desvio

  • 2022: A DAO aprovou uma proposta que transferiu 13,1 milhões de tokens ACX para a Risk Labs (equivalente a US$ 7 milhões).
  • 2023: Nova proposta resultou na liberação de 50 milhões de tokens ACX, totalizando os US$ 23 milhões.
  • Carteiras ligadas aos fundadores foram responsáveis por grande parte dos votos — uma delas detinha quase 14% do poder de decisão, financiada pelo próprio cofundador Hart Lambur.

*Sem essas carteiras, as propostas não teriam atingido quórum para aprovação.

O Que Diz a Risk Labs

  • Hart Lambur negou e declarou, através de uma publicação, que a Risk Labs é uma foundation company registrada nas Ilhas Cayman, sem fins lucrativos e sem acionistas.
  • Alega que os votos foram públicos e rastreáveis on-chain, e que qualquer abuso poderia ser questionado judicialmente.
  • No entanto, especialistas alertam: esse tipo de fundação pode fazer distribuições a beneficiários, o que enfraquece a tese de neutralidade.

Implicações para o Mercado Cripto

  • A denúncia reforça a necessidade de auditorias em DAOs e de maior transparência em votações on-chain.
  • Pode impulsionar regulações específicas para fundações cripto com estruturas corporativas ambíguas.
  • Comunidades Web3 tendem a exigir mecanismos de votação mais distribuídos e uso de “sistemas anti-baleia”.

Palavra-chave e Ataques a Front-End Geram Recorde de Perdas em Cripto em 2025

Line chart shows the annual cumulative total from 2022 to 2025, with 2024 topping $4 billion in December.

As perdas no primeiro semestre de 2025 já superaram todo o ano de 2024 combinado. Fonte:  TRM Labs 

Segundo relatório da TRM Labs, o mercado cripto já acumula mais de US$ 2,1 bilhões em perdas no primeiro semestre de 2025 — superando todo o volume perdido em 2024 e batendo o recorde histórico de 2022.

Principais Causas dos Ataques

1. Seed Phrases comprometidas

  • Roubo de frases-semente (seed phrases) está entre os maiores vetores de perda.
  • Ataques envolvem engenharia social, phishing e malware especializado em copiar dados de recuperação.

2. Vulnerabilidades em front-ends

  • Sites e interfaces de projetos DeFi foram comprometidos para redirecionar transações.
  • Usuários autorizam transações sem perceber que estão sendo enganados — um tipo de “ataque invisível”.

Dados:

  • 80% das perdas vieram de ataques à infraestrutura (seed phrase + front-end).
  • Valor médio por ataque: US$ 30 milhões, o dobro do registrado em 2024.
  • Apenas 12% das perdas estão ligadas a falhas em smart contracts e exploits de protocolos.

Como Se Proteger: Regras de Segurança Recomendadas pela TRM Labs

  • Ative a autenticação em dois fatores (2FA) em todas as contas;
  • Use carteiras frias (cold wallets) para armazenar ativos de longo prazo;
  • Verifique sempre URLs e certifique-se de que está acessando o front-end oficial;
  • Nunca salve seed phrases no computador ou na nuvem;
  • Adote soluções com auditorias regulares de segurança;
  • Colabore com ecossistemas que integram inteligência blockchain em tempo real.

Impacto no Ecossistema Cripto

  • A responsabilidade do usuário passa a ser o elo mais fraco da segurança;
  • Protocolo seguro não basta: UX e interface comprometida pode ser vetor de fraude;
  • Empresas Web3 precisam investir em segurança proativa e educação de usuários.

A nova onda de ataques mostra que a maior ameaça ao seu criptoativo pode não ser o protocolo — mas a interface que você usa ou onde guarda sua seed phrase

Em 2025, o cuidado precisa ser redobrado: com seus dispositivos, com as plataformas e com a forma como você gerencia sua autocustódia.

Ripple Tem Pedido Negado na Justiça: Multa de US$ 125 Milhões e Decisão Sobre XRP Continuam Válidas

Illustration of a judge with a gavel reading a document, with SEC seals and Ripple logo in the background, representing a legal dispute over cryptocurrencies.

Fonte: Cointelegraph

A juíza federal Analisa Torres, do distrito sul de Nova York, negou um pedido conjunto da Ripple e da SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) para:

  • Reduzir a multa de US$ 125 milhões para US$ 50 milhões;
  • Reverter a decisão de que US$ 728 milhões em XRP vendidos a investidores institucionais constituíram oferta de valores mobiliários;
  • Anular a injunção que impede novas vendas institucionais de XRP sem registro.

Contexto do Caso Ripple vs. SEC

  • Julho de 2023: a juíza determinou que a venda de XRP a investidores de varejo não viola leis de valores mobiliários, mas classificou as vendas institucionais como ilegais.
  • 2024: Ripple recebeu a sentença de multa de US$ 125 milhões.
  • Março de 2025: Ripple e SEC propuseram acordo para reduzir a multa, mas sem passar por instância superior.

Por Que o Pedido Foi Rejeitado?

A juíza Torres argumentou que:

  • Não houve “circunstâncias excepcionais” que justificassem reverter uma decisão final;
  • Apenas o tribunal de apelação (Second Circuit) pode reavaliar sentenças definitivas;
  • A proposta de acordo entre Ripple e SEC não substitui os ritos legais estabelecidos.

O Que Isso Significa Para a Ripple?

  • A Ripple ainda está proibida de vender XRP a instituições sem registro adequado;
  • A multa de US$ 125 milhões continua válida — sem desconto;
  • A empresa precisará seguir o caminho tradicional: apelar à segunda instância, se quiser reverter a decisão.

Impactos no Mercado de Criptomoedas

  • A decisão reafirma que acordos extrajudiciais não têm força para alterar jurisprudência estabelecida.
  • Pode influenciar outras disputas envolvendo a SEC e projetos cripto.
  • O status do XRP permanece misto: legal para investidores de varejo, mas com restrições para vendas institucionais.

A decisão fortalece o rigor jurídico em casos envolvendo criptoativos e limita acordos que tentam alterar decisões firmadas. Para a Ripple, o único caminho agora é a apelação formal. O desfecho pode afetar como o XRP será tratado regulatoriamente nos EUA nos próximos anos.