Os últimos dias de maio de 2025 marcaram uma virada para os ativos digitais.
Em Las Vegas, a Bitcoin Conference reuniu líderes políticos e grandes corporações empenhados em incluir o Bitcoin nas reservas nacionais e na adoção pelo varejo.
Enquanto a Trump Media captou US$2,5 bilhões para comprar BTC, a GameStop criou uma reserva estratégica de Bitcoin e o Santander começou a estudar o lançamento de uma stablecoin.
Em Washington, os Estados Unidos legalizaram o uso de criptomoedas em planos de aposentadoria 401(k) e declararam ilegais as tarifas da era Trump — decisões que impactam diretamente os mercados.
Somam-se a isso o recorde diário de transações com BTC, a análise da SEC sobre o primeiro ETF de XRP e a explosão de uma memecoin impulsionada por brinquedos virais.
Uma coisa ficou evidente: cripto não é mais um tema aleatório — agora faz parte da agenda global.
Vamos entender os acontecimentos que estão transformando quem controla o dinheiro, como ele circula — e o que vem pela frente.
Bitcoin Conference 2025: Política, Empresas e o Futuro do BTC em Destaque
Fonte: Eventbrite
A Bitcoin Conference 2025, realizada de 27 a 29 de maio no The Venetian, em Las Vegas, reuniu mais de 35.000 participantes e 400 palestrantes, consolidando-se como o maior evento global dedicado ao Bitcoin.
A edição deste ano reforçou a crescente integração entre criptomoedas e política, trazendo anúncios relevantes para o futuro das finanças digitais.
Principais Destaques da Bitcoin Conference 2025
1. Apoio Político ao Bitcoin
- JD Vance (Vice-presidente dos EUA) anunciou a proposta do GENIUS Act, que cria um marco regulatório para stablecoins. Também revelou planos para uma reserva estratégica de Bitcoin nos EUA, além de criticar regulações anteriores por “sufocar a inovação”.
- Nigel Farage, líder do Reform UK, propôs uma “revolução cripto” no Reino Unido, com corte no imposto sobre lucros em ativos digitais (para 10%) e a criação de uma reserva de BTC no Banco da Inglaterra. Seu partido agora aceita doações em cripto, sendo o primeiro no país a fazê-lo.
2. Participação da Família Trump
- Donald Trump Jr. e Eric Trump reforçaram o engajamento da família com o setor, defendendo uma tesouraria de Bitcoin e investimentos em mineração cripto.
- A Trump Media & Technology anunciou planos para investir US$2,5 bilhões em Bitcoin, ampliando o impacto institucional do ativo.
3. Anúncios e Palestras de Destaque
- Michael Saylor (Strategy) apresentou a palestra “21 Maneiras de Enriquecer”, reforçando o BTC como ferramenta de liberdade financeira e antecipando novos produtos lastreados em Bitcoin.
- Ross Ulbricht*, recentemente libertado após cumprir mais de uma década de prisão por seu papel na operação do Silk Road, fez uma rara aparição pública defendendo a descentralização, a privacidade e a liberdade individual dentro do ecossistema do Bitcoin.
*Ross Ulbricht, fundador do mercado Silk Road na darknet, foi condenado à prisão perpétua em 2015 por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e crimes cibernéticos. Após anos de campanhas e apelos de apoiadores, ele foi libertado recentemente graças a um indulto presidencial concedido por Donald Trump.
- A Block (Square) anunciou a integração de pagamentos em BTC em sua plataforma de varejo, com lançamento previsto para 2026.
4. Tendência de Mercado Durante o Evento
Durante a conferência, o preço do Bitcoin caiu 2,2%, sendo cotado a cerca de US$107.800. Especialistas atribuem o recuo à cautela dos investidores frente a incertezas econômicas globais e expectativas em torno dos resultados de empresas como a Nvidia.
Bitcoin Quebra Recorde Mundial de Transações em um Único Dia na Bitcoin Conference 2025
No dia 28 de maio de 2025, em Las Vegas, durante a Bitcoin Conference 2025, o Bitcoin atingiu um novo marco histórico: o recorde mundial de maior número de pagamentos realizados em um único dia com a criptomoeda, entrando para o Guinness World Records.
Foram registradas 4.001 transações em ponto de venda com Bitcoin em apenas 8 horas, superando qualquer tentativa anterior e consolidando a moeda digital como um meio de pagamento viável no cotidiano.
Para facilitar os pagamentos, os organizadores distribuíram 4.000 “Bolt Cards” — cartões físicos habilitados para pagamentos instantâneos por meio da Lightning Network, solução de segunda camada do Bitcoin.
Uma Nova Era para o Bitcoin
A Bitcoin Conference de 2025 marcou um ponto de inflexão para o setor. O apoio político declarado, o interesse corporativo bilionário e o debate regulatório em pauta mostram que o Bitcoin não é mais apenas um ativo alternativo — ele se posiciona no centro das discussões sobre o futuro do dinheiro.
Acesse o site oficial para mais informações e vídeos da conferência: b.tc/conference/2025.
Litecoin Summit 2025: Os Principais Acontecimentos do Evento
Fonte: Eventbrite
A Litecoin Summit 2025, realizada no Harrah’s Resort em Las Vegas, representou um marco importante para o ecossistema da Litecoin.
Durante dois dias intensos, desenvolvedores, investidores e líderes do setor blockchain se reuniram para acompanhar as atualizações mais transformadoras da história do projeto — incluindo a entrada no universo dos contratos inteligentes, especulações sobre ETF e integrações estratégicas com plataformas como a Polygon.
A decisão de agendar o evento imediatamente após a Bitcoin Conference 2025, que aconteceu de 27 a 29 de maio no The Venetian, não foi coincidência.
Esse movimento estratégico permitiu que os participantes estivessem presentes em ambos os eventos na mesma semana, facilitando a participação de entusiastas e profissionais interessados nas duas criptomoedas.
Veja os principais acontecimentos do evento:
Lançamento da LitVM: Layer-2 com Zero-Knowledge para Contratos Inteligentes na Litecoin
O grande anúncio do evento foi a estreia da LitVM — a primeira rede Layer-2 compatível com EVM da Litecoin, desenvolvida com base no BitcoinOS e no Chain Development Kit (CDK) da Polygon. Criada pela Lunar Digital Assets, a LitVM traz suporte a contratos inteligentes para a rede Litecoin, possibilitando:
- Liquidez entre cadeias (Litecoin e Ethereum)
- Deploy de dApps na Litecoin pela primeira vez
- Integração com protocolos DeFi de forma fluida
A LitVM posiciona a Litecoin ao lado de gigantes como Ethereum e Bitcoin na corrida por escalabilidade via zk-rollups e soluções de segunda camada.
“A LitVM torna a Litecoin uma rede com suporte a contratos inteligentes sem comprometer velocidade ou segurança”, destacaram os engenheiros do projeto durante o evento.
Palestra de Charlie Lee: A Litecoin como a Moeda do Povo
O criador da Litecoin, Charlie Lee, abriu o evento relembrando o propósito original do projeto — ser uma moeda digital rápida, barata e descentralizada para todos. Em sua fala, Lee reforçou:
- As baixas taxas de transação da Litecoin
- A cultura forte e engajada da comunidade
- O compromisso com a inclusão financeira
“Nunca fomos sobre hype. A Litecoin sempre priorizou acessibilidade, justiça e funcionalidade”, afirmou Lee.
Essa visão está alinhada com plataformas como a Klever Wallet, que já adotam o Litecoin como um meio de pagamento prático. Usuários tanto no Android quanto no iOS podem enviar e receber LTC com facilidade usando QR Code ou transferências diretas para endereços, tornando o uso acessível e eficiente no dia a dia.
ETF da Litecoin Pode Ser Aprovado Até Outubro de 2025
Outro ponto de destaque foi o anúncio de John Hoffman, da Grayscale, que confirmou a expectativa de aprovação de um ETF da Litecoin até 10 de outubro de 2025. Entre os fatores citados estão:
- Diálogo positivo com a SEC
- Precedente favorável após a aprovação dos ETFs de Bitcoin
- O atual desconto de 6% no LTCN (fundo da Grayscale), que indica potencial de arbitragem após a aprovação do ETF
Essa aprovação pode abrir as portas para uma adoção institucional da Litecoin em larga escala.
Expansão do Ecossistema: Possível Integração com o AggLayer da Polygon
Durante o evento, um tweet enigmático de Sandeep Nailwal, cofundador da Polygon, sugeriu uma possível integração da Litecoin com o AggLayer — solução voltada para escalabilidade e conectividade entre blockchains. Embora não tenha sido oficialmente confirmada, essa parceria pode:
- Aumentar a atividade na rede principal da Litecoin
- Reforçar a relevância da Litecoin em finanças cross-chain
- Atrair o interesse de novos desenvolvedores
Outros Destaques e Palestrantes do Litecoin Summit 2025
- María Laura Tardivo (BitcoinOS): Abordou contratos inteligentes com zk e escalabilidade.
- James Seyffart (Bloomberg): Apresentou insights sobre a dinâmica do mercado de ETFs.
- Painel “Mulheres no Web3”: Reforçou a importância da diversidade e inclusão na liderança blockchain.
Litecoin Caminha para o Futuro
O Litecoin Summit 2025 mostrou que o projeto deixou de ser apenas uma moeda de pagamentos.
Com o lançamento da LitVM, a possível aprovação de um ETF e parcerias que sinalizam maior interoperabilidade, a Litecoin está se transformando em uma plataforma inteligente, escalável e conectada — pronta para a próxima década de utilidade no universo blockchain.
Trump Media Investe US$ 2,5 Bilhões em Bitcoin
Fonte: Money Times
A Trump Media & Technology Group (NASDAQ: DJT), empresa por trás da rede social Truth Social, anunciou uma movimentação estratégica bilionária no setor de criptomoedas: a captação de US$2,5 bilhões para comprar Bitcoin e expandir sua atuação no setor financeiro.
A Trump Media & Technology Group anunciou a captação de US$2,5 bilhões com o objetivo principal de adquirir Bitcoin e desenvolver novos produtos financeiros voltados ao público varejista.
A custódia dos cripto ativos ficará sob responsabilidade da Anchorage Digital e da Crypto.com, duas empresas reconhecidas no setor.
Antes desse movimento, a Trump Media já contava com um caixa robusto de US$759 milhões em ativos líquidos.
No entanto, após o anúncio, as ações da companhia listadas sob o ticker $DJT sofreram uma queda de 6% nas primeiras horas de negociação, refletindo a reação cautelosa do mercado diante da nova estratégia.
Como Será Feito o Investimento em Bitcoin?
A arrecadação será dividida da seguinte forma:
- US$ 1,5 bilhão via venda de ações a preço de mercado
- US$ 1 bilhão via emissão de títulos conversíveis, com um prêmio de 35% sobre o valor da ação
Os Bitcoins adquiridos serão adicionados ao balanço da empresa, sendo considerados ativos estratégicos junto com caixa e aplicações de curto prazo.
Estratégia “America First” e Expansão para Produtos Financeiros
O CEO Devin Nunes afirmou que a iniciativa é parte de uma estratégia de longo prazo que busca posicionar a Trump Media como uma plataforma de mídia e finanças alinhada aos valores conservadores norte-americanos.
“Bitcoin representa liberdade financeira. Este investimento está 100% alinhado com nossos princípios ‘America First’”, disse Nunes.
A empresa também firmou um acordo vinculativo para o lançamento de produtos financeiros, incluindo ETFs de criptomoedas e soluções de investimento voltadas ao varejo, todos inspirados na política econômica do ex-presidente Donald Trump.
Reação do Mercado e Pressão Reguladora
Apesar da ousadia da iniciativa, o mercado respondeu com cautela:
- Ações da Trump Media (DJT) recuaram 6% logo após o anúncio
- A senadora Elizabeth Warren levantou questionamentos sobre a regulação e transparência dos produtos financeiros propostos pela empresa
O Império Cripto de Trump Está Crescendo
Este novo movimento amplia a presença da família Trump no universo dos cripto ativos. Já existem envolvimentos em:
- NFTs e colecionáveis digitais
- Memecoins inspiradas na imagem do ex-presidente
- Empresa de mineração de Bitcoin
- Plataforma de câmbio cripto
A decisão da Trump Media de investir pesado em Bitcoin e lançar produtos financeiros mostra uma guinada ousada rumo à integração entre a política conservadora e a economia cripto.
Resta saber como o mercado reagirá no médio prazo — e como os reguladores acompanharão essa expansão.
EUA Declaram Tarifas da Era Trump Ilegais e Tensão com China Aumenta Após Nova Acusação
Fonte: The New York Times
O cenário comercial entre Estados Unidos e China voltou ao centro das atenções após dois acontecimentos decisivos no final de maio de 2025.
Primeiro, o Tribunal de Comércio Internacional dos EUA considerou ilegais as tarifas impostas por Donald Trump sob a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA).
No dia seguinte, o próprio Trump reacendeu a tensão ao acusar publicamente a China de violar um recente acordo tarifário.
Tribunal Considera Tarifas da Era Trump Ilegais
Em 29 de maio, o tribunal norte-americano julgou que o uso da IEEPA (Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional) para impor tarifas amplas sobre importações — especialmente de países como China, Canadá e México — excedeu os limites legais da autoridade presidencial.
A lei, criada para emergências nacionais específicas, não foi concebida para sustentar reformas comerciais unilaterais.
Essa decisão impõe um revés jurídico significativo à principal estratégia comercial da administração Trump, que utilizava ordens executivas e poderes emergenciais como base para redesenhar as relações comerciais dos EUA.
Além disso, estabelece um precedente que limita o uso de barreiras tarifárias sem aprovação do Congresso.
Impacto das Tarifas do Trump para empresas
Empresas impactadas pelas tarifas podem agora ver alívio nos custos e maior previsibilidade nas relações comerciais.
Trump Reage e Acusa China de Romper Acordo Tarifário
Apenas um dia após o julgamento, Trump respondeu com uma nova ofensiva: acusou a China de violar um acordo de redução tarifária assinado em maio de 2025.
Segundo ele, Pequim estaria ignorando compromissos firmados em Genebra, num pacto que buscava aliviar a guerra comercial.
Em publicação na Truth Social, Trump declarou que a China “violou completamente” os termos do acordo, e que o país estaria agindo de má-fé mesmo após receber concessões em meio a um cenário de “grave crise econômica”. Apesar da acusação, nenhuma evidência concreta foi apresentada.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que as negociações com os chineses estão “parcialmente paralisadas” e podem exigir intervenção direta entre os chefes de Estado para avançar.
Bitcoin Oscila Após Corte dos EUA Anular Tarifas de Trump
Fonte: Coinmarketcap
O Bitcoin (BTC) teve leve recuo nesta semana após a decisão da Justiça dos Estados Unidos anular as tarifas comerciais impostas pelo ex-presidente Donald Trump.
Enquanto o mercado de ações reagiu positivamente à medida, o BTC foi negociado com oscilação em torno de US$106.31 até o final do dia 29 de maio, com variação negativa de aproximadamente 0,8% no momento da apuração.
O Ethereum e outras altcoins seguiram o mesmo padrão do BTC, com oscilações moderadas
Por que o preço do Bitcoin caiu?
O recuo do Bitcoin pode ser explicado por três fatores principais:
- Correção técnica: Após alta recente, o ativo sofreu leve realização de lucros.
- Menor percepção de risco sistêmico: A reversão das tarifas foi interpretada como um sinal de estabilidade econômica, o que pode reduzir a procura por ativos alternativos como o BTC.
- Fluxo para ações: Com o alívio nos mercados tradicionais, investidores migram temporariamente de cripto para renda variável
A decisão mostra como fatores macro econômicos e geopolíticos — mesmo que não diretamente ligados ao universo cripto — têm influência crescente sobre o preço do Bitcoin.
Investidores devem observar:
- Mudanças na política comercial entre EUA e China
- Decisões judiciais com impacto econômico
- Interações entre cripto ativos e ativos de risco tradicionais.
EUA Liberam Criptomoedas em Planos 401(k)
Fonte: The Bitcoin Historian
Em 28 de maio de 2025, o Departamento de Trabalho dos EUA (DOL) revogou oficialmente a orientação de 2022 que restringia o uso de criptomoedas em planos de aposentadoria 401(k).
A decisão representa uma mudança significativa de postura regulatória e abre espaço para que empresas administradoras de fundos, como a Fidelity, ofereçam ativos digitais diretamente em carteiras de aposentadoria.
O Que Era a Regra Anterior?
Durante o governo Biden, em 2022, o Departamento do Trabalho criticou a prática de comercializar criptomoedas para participantes de planos 401(k).
O DOL recomendava “extrema cautela” quanto à inclusão de ativos digitais, citando preocupações com alta volatilidade, falta de regulamentação clara e riscos de fraude e manipulação de mercado.
Essa orientação servia como um bloqueio prático à adoção de cripto em planos previdenciários.
O Que Muda com a Nova Diretriz?
Agora, com a revogação da antiga orientação, a administração Trump devolve a autonomia aos fiduciários dos planos de aposentadoria. Ou seja:
- Sem proibição federal para incluir cripto nos 401(k)
- Responsabilidade dos fiduciários por avaliar riscos e adequação dos ativos
- Mais liberdade para empresas como Fidelity e Charles Schwab expandirem ofertas com exposição a Bitcoin e Ethereum
Quem Ganha com a Medida?
1. Investidores Jovens
Com mais tempo até a aposentadoria, perfis agressivos podem considerar uma pequena alocação em cripto como estratégia de diversificação.
2. Empresas de Investimento
Plataformas que já oferecem cripto – como Fidelity – tendem a ganhar vantagem competitiva.
3. Mercado Cripto
A abertura regulatória fortalece a legitimidade dos ativos digitais como classe de investimento institucional.
Riscos Ainda Precisam Ser Avaliados
Apesar do avanço, especialistas alertam:
- Criptomoedas continuam voláteis
- ETFs de Bitcoin e fundos de cripto ainda passam por oscilações bruscas
- Investidores próximos da aposentadoria devem ter máxima cautela com exposição direta
A flexibilização das regras do DOL representa um passo importante na integração entre finanças tradicionais e ativos digitais.
No entanto, a decisão de incluir cripto em um plano 401(k) precisa ser tomada com base em análise de perfil, horizonte de tempo e tolerância ao risco.
Dica: Se sua gestora de fundos passar a oferecer cripto no 401(k), converse com um consultor financeiro antes de alocar qualquer parte do seu fundo em Bitcoin ou altcoins.
Indicador de inflação preferido do Fed mostra alta de 2,5% em abril
Fonte: Investing.com
O núcleo da inflação nos Estados Unidos, medido pelo Índice de Preços para Gastos com Consumo Pessoal (PCE) — indicador preferido do Federal Reserve (Fed) — foi a 2,1% no mês de abril, após alta modesta de 0,1% à medida que desacelerou a busca para fugir dos preços mais altos com as tarifas de importação, segundo dados do Departamento de Comércio do país divulgados nesta sexta-feira (30).
O resultado veio dentro das expectativas do mercado, reforçando uma tendência de desaceleração inflacionária gradual.
O que é o Núcleo do PCE?
O núcleo do PCE exclui preços voláteis de alimentos e energia, oferecendo uma leitura mais precisa das pressões inflacionárias subjacentes. Ele é acompanhado de perto pelo Federal Reserve como base para decisões sobre a taxa de juros.
- Inflação geral (PCE cheio): alta de 2,1% ao ano
- Núcleo do PCE: alta de 2,5% ao ano
- Meta do Fed: 2% ao ano
Reação do Mercado: Alívio, Mas Sem Cortes Imediatos
Apesar dos números estarem em linha com o esperado, o Federal Reserve mantém a taxa de juros entre 4,25% e 4,50% desde dezembro de 2024 e segue prudente em relação a cortes.
- Inflação ainda acima da meta: mesmo com a tendência de queda, os 2,5% ainda estão fora do nível considerado ideal pelo Fed
- Impactos das tarifas comerciais: tensões com a China e medidas protecionistas podem reacender pressões inflacionárias.
Por que o preço das criptos está caindo?
Fonte: Coin360
O mercado global de criptomoedas registrou uma queda acentuada em 30 de maio de 2025, com a capitalização total recuando 2,6%, para US$3,34 trilhões.
Embora muitos investidores estivessem otimistas com a continuidade dos ganhos recentes, diversos gatilhos macroeconômicos e técnicos levaram a uma onda generalizada de vendas.
Se você está se perguntando por que o mercado cripto caiu hoje, aqui está um resumo do que está provocando essa correção — e o que isso pode significar para Bitcoin, Ethereum e altcoins nos próximos dias.
1. Tensões Comerciais entre EUA e China Voltam à Cena
Um dos principais fatores por trás da queda de hoje é o impasse nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, confirmou que as conversas com a China chegaram a um impasse, aumentando a incerteza nos mercados globais.
Essa tensão geopolítica levou os investidores a fugir de ativos de risco — incluindo criptomoedas — em direção a opções mais seguras. Historicamente, rupturas diplomáticas como essa costumam provocar volatilidade de curto prazo no setor cripto.
2. US$ 683 Milhões em Liquidações no Mercado Cripto
Nas últimas 24 horas, mais de US$683 milhões em posições de futuros de criptomoedas foram liquidadas — sendo US$617,85 milhões apenas em posições longas.
- Bitcoin (BTC): US$ 211,21 milhões liquidados
- Ethereum (ETH): US$ 112,53 milhões liquidados
Essas liquidações em massa aumentam a pressão de venda e alimentam o pânico, especialmente entre investidores de curto prazo e posições com alta alavancagem.
3. Ruptura Técnica Intensifica a Pressão de Venda
A capitalização total do mercado cripto rompeu abaixo de um canal paralelo de várias semanas, testando um suporte crítico em US$3,22 trilhões.
Quebras anteriores desse nível resultaram em correções intensas — como a queda de 26% registrada em fevereiro de 2025.
Agora, traders estão atentos para ver se esse suporte será mantido ou se há mais espaço para quedas.
Bitcoin Cai Abaixo de US$ 105 Mil com Mercado Atento à Inflação dos EUA e Incertezas Comerciais
Fonte: Coinmarketcap
O Bitcoin (BTC) registrou uma queda de 2,8% nas últimas 24 horas, sendo negociado em torno de US$105.500 nesta sexta-feira (30).
Esse movimento representa a pior cotação semanal da criptomoeda, refletindo uma combinação de fatores macroeconômicos e técnicos que aumentaram a aversão ao risco entre investidores.
O movimento de queda também reflete uma realização de lucros. O Bitcoin havia alcançado um recorde de US$111.800 há oito dias, e parte do mercado aproveitou para encerrar posições.
- Essa correção é vista como natural após forte valorização.
- No curto prazo, porém, amplia a pressão sobre os suportes técnicos.
ETFs de Bitcoin Também Sofrem Resgates
Na quinta-feira (29), os ETFs de Bitcoin (Spot) negociados nos Estados Unidos registraram saída de US$358 milhões — o primeiro dia de retiradas desde 13 de maio.
Esse movimento reforça o clima de cautela institucional no setor cripto, impactando diretamente a liquidez e o sentimento do mercado.
Segundo analistas técnicos:
- Se o BTC perder o suporte de US$ 100.000, o próximo alvo pode ser a região de US$ 94.000
- Por outro lado, uma recuperação acima de US$ 108.000 pode reativar o interesse comprador, com alvo em US$ 112.000
O momento exige atenção redobrada para volatilidade de curto prazo e reações ao noticiário macroeconômico.
Enquanto isso, o mercado segue dividido entre buscar proteção e esperar sinais de retomada.
SEC Inicia Análise do Primeiro ETF de XRP nos EUA
Fonte: Live Bitcoin News
A SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos) anunciou no dia 27 de maio que iniciou a análise formal do primeiro ETF de XRP nos EUA.
A proposta foi protocolada pela Cboe BZX Exchange e envolve o fundo WisdomTree XRP Trust, que busca oferecer exposição direta ao preço do token XRP, sem necessidade de compra direta ou uso de carteiras digitais.
Esse processo marca um novo capítulo na trajetória do XRP e pode representar uma abertura histórica para sua adoção institucional.
Como Funciona o ETF de XRP?
- Emissor: WisdomTree
- Benchmark: CME CF Ripple-Dollar Reference Rate (CME Group + CF Benchmarks)
- Objetivo: Permitir que investidores tenham acesso ao XRP via corretagem tradicional, como ocorre com ETFs de Bitcoin já aprovados
- Negociação: O ETF seria listado na Cboe BZX Exchange
O fundo utiliza um índice de preço confiável calculado diariamente, promovendo transparência e rastreabilidade, requisitos cruciais para aprovação pela SEC.
Qual é o Prazo da SEC?
A SEC tem até 240 dias para emitir uma decisão — o que inclui:
- Períodos de análise técnica e legal
- Consulta pública aberta, onde investidores e especialistas podem opinar sobre:
- Proteção ao investidor
- Riscos de manipulação de mercado
- Adequação do ativo para um instrumento regulado
Por Que o ETF de XRP é Importante?
Se aprovado, será o primeiro ETF spot de XRP nos Estados Unidos, o que pode gerar impactos positivos como:
- Aumento da demanda institucional por XRP
- Entrada de capital de investidores tradicionais
- Valorização do ativo, com analistas projetando o preço do XRP em até US$ 3,40 — uma alta de cerca de 48% em relação aos níveis atuais
Além disso, a aprovação abriria precedentes para futuros ETFs spot de outras altcoins, como SOL, ADA, KLV ou AVAX.
Ripple x SEC: Contexto Importante
A proposta chega em um momento de maior abertura entre a Ripple e a SEC, após a decisão judicial de 2023, que reconheceu que o XRP não constitui valor mobiliário em negociações de varejo.
Esse desfecho favorável aumentou a confiança do mercado e fortaleceu a posição do XRP no ecossistema regulado.
Strategy Compra Mais R$ 2,4 Bilhões em Bitcoin e Eleva Reserva para 580.250 BTC
Fonte: X
A Strategy (antiga MicroStrategy), segunda maior detentora corporativa de Bitcoin no mundo, anunciou a compra de mais 4.020 BTC, totalizando US$427,1 milhões (R$2,4 bilhões) em nova alocação de capital.
No entanto, quem lidera o ranking global é a gestora de ativos BlackRock, com mais de US$70 bilhões em BTC sob gestão — posição que a coloca como a maior detentora institucional de Bitcoin no mundo, atrás apenas do próprio Satoshi Nakamoto.
Com isso, a empresa agora possui 580.250 bitcoins sob custódia, acumulados ao custo médio de US$69.979 por unidade, segundo comunicado oficial. A posição já representa cerca de 3% de todo o fornecimento circulante de BTC.
Com a valorização do Bitcoin nos últimos meses, a Strategy registra um lucro não realizado de aproximadamente US$22,7 bilhões. O investimento total da companhia já ultrapassa US$40,6 bilhões, consolidando seu papel como uma referência global na adoção corporativa do BTC.
Novo Programa de Ações Vai Financiar Mais Compras de BTC
Para continuar ampliando suas reservas, a Strategy anunciou um novo programa de emissão de ações ordinárias no valor de US$21 bilhões. Segundo Michael Saylor, fundador e chairman da empresa:
“Esse financiamento permite fortalecer ainda mais nossa posição em Bitcoin e manter nosso compromisso com a escassez digital.”
A empresa já captou mais de US$20,9 bilhões desde outubro de 2024 com a venda de ações e planeja atingir US$42 bilhões em três anos, mantendo sua estratégia de compra constante.
O CEO da Strategy, Phong Le, afirmou que mais de 70 empresas públicas já adotaram o padrão Bitcoin como parte de sua política de tesouraria. Ele destaca:
“Estamos orgulhosos de liderar essa transformação e mostrar que o Bitcoin é um ativo estratégico confiável para o longo prazo.”
A compra de mais 4.020 BTC pela Strategy reforça o movimento de adoção institucional do Bitcoin como ativo de reserva.
Com um portfólio que já supera meio milhão de moedas, a empresa lidera um movimento de tesouraria corporativa descentralizada, mostrando que o BTC pode ir além da especulação e atuar como reserva estratégica de longo prazo.
GameStop Investe R$ 2,8 Bilhões em Bitcoin e Cria Reserva Estratégica
Fonte: Portal do Bitcoin
A GameStop, gigante do varejo de videogames listada na bolsa americana, surpreendeu o mercado ao anunciar a aquisição de 4.710 bitcoins, equivalentes a aproximadamente US$512 milhões ou R$2,8 bilhões.
A empresa agora passa a integrar o seleto grupo de companhias que utilizam o Bitcoin como reserva de valor corporativa.
O investimento foi realizado com recursos provenientes de uma oferta recente de US$1,5 bilhão em títulos conversíveis, sinalizando uma mudança estratégica relevante para a tesouraria da empresa.
O CEO Ryan Cohen já havia demonstrado interesse no Bitcoin ao ser visto ao lado de Michael Saylor, fundador da Strategy — empresa pioneira na adoção de BTC como ativo de reserva.
A estratégia da Strategy fez seu valor de mercado saltar para US$101,76 bilhões, servindo como inspiração para outras companhias listadas.
GameStop entra para a lista crescente de empresas que adicionam Bitcoin aos seus balanços patrimoniais.
A GameStop segue os passos de diversas outras empresas que adotaram o BTC como parte da sua política financeira. Entre elas, destacam-se:
- Strategy
- Tesla (com mais de US$ 1,25 bilhão em BTC até dezembro de 2024)
- Marathon Digital Holdings
- Riot Platforms
- CleanSpark
Essas iniciativas reforçam uma tendência crescente entre empresas de capital aberto que buscam proteger seu caixa da desvalorização monetária e obter exposição ao ativo digital mais sólido do mercado.
Apesar do anúncio, as ações da GameStop fecharam em queda de 10,9% no mesmo dia, após uma sequência de três pregões consecutivos de valorização que somaram +24,8%.
A correção pode indicar uma realização de lucros por parte dos investidores e uma reavaliação da estratégia à luz dos riscos associados à volatilidade do mercado cripto.
O investimento de R$2,8 bilhões em Bitcoin pela GameStop marca um novo capítulo na interseção entre o varejo tradicional e os cripto ativos.
A iniciativa pode influenciar outras empresas a seguir o mesmo caminho, reforçando ainda mais a legitimidade do BTC como uma reserva digital descentralizada.
Banco Santander Pode Lançar Sua Própria Stablecoin Lastreada em Dólar ou Euro
Fonte: Cointelegraph
Segundo uma reportagem da Bloomberg publicada em 29 de maio, o banco Santander está considerando oferecer tokens fiduciários lastreados tanto em dólar quanto em euro. Isso reflete uma tendência mais ampla de bancos tradicionais se inserindo no universo da tecnologia blockchain
De acordo com a notícia, o projeto ainda está em fase inicial de exploração.
Embora o Santander não tenha confirmado oficialmente o lançamento, o simples fato de demonstrar interesse já representa um avanço relevante no mercado de stablecoins — atualmente dominado por empresas de tecnologia financeira e nativas do blockchain, como Tether (USDT) e Circle (USDC).
Caso avance, o Santander se juntará a um grupo crescente de grandes instituições financeiras que já estudam ou desenvolvem stablecoins próprias, incluindo JPMorgan Chase, Bank of America, Citigroup e Wells Fargo.
Por Que os Bancos Estão Criando Stablecoins?
Existem vários motivos pelos quais grandes bancos estão explorando moedas estáveis, as stablecoins:
- Pagamentos mais rápidos e baratos: Stablecoins permitem liquidação quase instantânea e com menor custo, especialmente em transações internacionais.
- Alcance global do dinheiro digital: Uma stablecoin lastreada pelo Santander pode ampliar o uso de moedas fiduciárias em pagamentos digitais.
- Inclusão financeira: Stablecoins podem facilitar o acesso de populações não bancarizadas ao sistema financeiro por meio de ativos digitais.
- Inovação para empresas: Pequenas e médias empresas podem se beneficiar com acesso mais eficiente a capital e mercados globais.
Ao contrário das stablecoins descentralizadas, as emitidas por bancos tendem a ser totalmente reguladas, auditadas e lastreadas por reservas transparentes. Isso pode aumentar a confiança institucional e acelerar a adoção no setor financeiro tradicional.
No entanto, especialistas alertam que esses benefícios podem vir acompanhados de desvantagens — como a redução da concorrência e da liberdade de escolha para os consumidores.
O avanço das stablecoins que pagam juros — também chamadas de yield-bearing stablecoins — tem gerado polêmica entre reguladores e especialistas do setor bancário.
Críticos como a senadora Kirsten Gillibrand afirmam que esse modelo pode drenar depósitos de bancos comunitários, comprometendo sua capacidade de conceder crédito a famílias e pequenos negócios.
Embora o projeto ainda não tenha sido oficializado, o Santander possui a infraestrutura, a base de usuários e os recursos de compliance necessários para entrar de forma sólida no mercado de stablecoins.
Caso lançada, a stablecoin do banco deverá focar em aplicações institucionais — como liquidações em tempo real, títulos tokenizados e financiamento de cadeias de suprimento.
Ainda assim, o sucesso dependerá de fatores como aprovação regulatória, adoção pelo mercado e interoperabilidade tecnológica com outras blockchains.
Uma Nova Fase Na Era da Finança Digital?
Visão geral atual do mercado de stablecoins. Fonte: RWA.XYZ
A possível stablecoin do Santander marca um momento-chave na convergência entre as finanças tradicionais e a economia digital.
À medida que bancos globais exploram a tokenização de ativos e a tecnologia blockchain, as stablecoins passam a ocupar um papel central no futuro do dinheiro digital.
A próxima onda de inovação no setor financeiro pode não vir apenas de startups — mas também de bancos centenários ingressando no universo Web3 com respaldo regulatório e bilhões em capital para investir.
Brinquedo Viraliza e Faz Memecoin LABUBU da Solana Subir 5.934% em Duas Semanas
Fonte: Crypto Times
A memecoin LABUBU, criada na blockchain Solana, teve uma valorização impressionante de 5.934% em apenas duas semanas. O motivo? A viralização dos brinquedos Labubu — chaveiros colecionáveis com aparência fofa e irreverente que tomaram conta das redes sociais.
O fenômeno não se originou no mercado cripto, mas sim na cultura pop e na moda. A personagem Labubu, criada pelo artista Kasing Lung, se tornou um item desejado por celebridades e colecionadores.
Imagens de Rihanna com um chaveiro Labubu geraram repercussão e rapidamente elevaram a demanda global.
A explosão de popularidade dos brinquedos Labubu resultou em:
- Tumultos e filas em lojas físicas no Reino Unido
- Venda de unidades por até US$ 1.200 no eBay
- Suspensão das vendas pela marca Pop Mart, devido ao excesso de demanda
Com a indisponibilidade dos produtos físicos, fãs e investidores passaram a buscar formas alternativas de expressar interesse pelo fenômeno. Foi aí que a LABUBU coin entrou em cena, ganhando atenção nas comunidades cripto da Solana.
Após a viralização:
- A memecoin saltou mais de 5.900%
- O valor de mercado da LABUBU superou os US$ 49 milhões
- A liquidez do ativo disparou em plataformas como Jupiter e Raydium, ambas da rede Solana
Apesar de ser uma memecoin — ou seja, sem utilidade técnica concreta —, a LABUBU passou a representar digitalmente um movimento cultural em ascensão, o que impulsionou sua especulação.
Esse não é um caso isolado. O mercado de criptomoedas tem demonstrado uma forte sinergia com fenômenos culturais e virais, especialmente quando:
- Existe uma base de fãs engajada
- Há escassez ou hype em torno de um item físico
- O ativo digital se torna uma “versão especulativa” do fenômeno
Esse comportamento já foi observado com outras memecoins como PEPE, BONK e DOGE, mas o caso da LABUBU chama atenção por ser impulsionado por um item colecionável físico e não por uma piada de internet.
Riscos: Vale Investir em Memecoins como a LABUBU?
Embora o desempenho recente da LABUBU seja expressivo, é fundamental lembrar:
- Memecoins são ativos altamente voláteis
- Não há garantia de valorização contínua
- A ausência de fundamentos técnicos sólidos torna o investimento altamente especulativo
Investidores devem entrar nesse mercado com cautela e consciência de risco.
A disparada da memecoin LABUBU mostra como a viralização de um item físico pode impulsionar ativos digitais.
Em um mercado cada vez mais influenciado por tendências, comunidades e comportamento social, a união entre cultura pop e cripto pode se tornar um motor frequente de valorização — mas também de volatilidade.
Javier Milei Reestrutura TV Pública da Argentina com Desenho Bitcoiner “Tuttle Twins”
Fonte: Bitcoin Magazine
No dia 28 de maio, o presidente argentino Javier Milei deu mais um passo em sua cruzada ideológica. Ele reformulou a programação do canal infantil estatal Paka Paka.
Parte do conteúdo tradicional foi substituído pela animação norte-americana Tuttle Twins.
A série é conhecida por ensinar conceitos como liberdade econômica, propriedade privada e descentralização.
Os valores abordados estão alinhados à visão libertária de Milei e são populares entre entusiastas do Bitcoin.
Criada com o objetivo de educar crianças com base em princípios liberais e austríacos de economia, a série “Tuttle Twins”, prevista para ser lançada em julho de 2025, adapta obras de autores como Milton Friedman, Friedrich Hayek e Ludwig von Mises em linguagem simples e acessível para o público infantojuvenil.
Um dos episódios mais comentados retrata o surgimento do Bitcoin, explicando seu funcionamento, sua proposta de valor e o papel de Satoshi Nakamoto como criador da criptomoeda.
O conteúdo critica o sistema bancário tradicional e o dinheiro fiduciário, colocando a moeda digital como uma alternativa mais justa e eficiente — narrativa que ressoa fortemente com a base de apoiadores de Milei.
Segundo o governo, a reformulação faz parte de um esforço para reduzir gastos estatais e promover uma nova geração alinhada a valores de livre mercado, responsabilidade individual e empreendedorismo.
Reações da Comunidade e da Mídia
A decisão gerou reações diversas. Enquanto críticos acusam Milei de doutrinação ideológica precoce, defensores aplaudem a iniciativa por romper com narrativas que, segundo eles, favoreceram um estado paternalista e ineficiente nas últimas décadas.
Na comunidade cripto, a medida foi celebrada como mais uma demonstração concreta de que a Argentina pode se tornar um polo de adoção do Bitcoin, com políticas públicas que favorecem a educação sobre ativos descentralizados desde a infância.
Como o Aumento do IOF Pode Estimular o Uso de Stablecoins no Brasil
Fonte: Portal do Bitcoin
Em 22 de maio de 2025, o Ministério da Fazenda propôs um reajuste nas alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), afetando diretamente operações como:
- Remessas de valores ao exterior (de 1,1% para 3,5%)
- Investimentos de fundos brasileiros em ativos estrangeiros (de isento para 3,5%)
- Compra de moeda estrangeira por pessoas físicas (mantida em 3,5%)
A medida visava aumentar a arrecadação federal, mas gerou forte reação do mercado e levou a um recuo parcial.
Ainda assim, a compra de dólar por pessoas físicas continua mais cara — o que abre espaço para novas alternativas digitais.
As stablecoins, como USDT (Tether), USDC (Circle) e BRZ (atrelado ao real), surgem como uma solução prática para quem busca proteger o poder de compra em dólar, fugir de taxas bancárias e impostos elevados e operar com agilidade no ambiente digital
Segundo Rony Szuster, gerente de pesquisas do Mercado Bitcoin, há uma clara migração para esses ativos devido à alta do dólar e às restrições sobre o câmbio tradicional.
Por Que Stablecoins São Mais Eficientes?
Ao comprar stablecoins em exchanges brasileiras, o investidor pode:
- Ter exposição ao dólar sem pagar IOF de 3,5%
- Evitar taxas cambiais embutidas em fundos internacionais
- Transacionar com agilidade e liquidez, inclusive para operações DeFi ou pagamentos internacionais
De acordo com André Franco, CEO da Boost Research, o custo total de um fundo atrelado ao dólar pode ser significativamente maior quando comparado à compra direta de stablecoins, tornando o modelo tradicional menos vantajoso.
Apesar das vantagens, é importante considerar:
- A regulação de stablecoins no Brasil ainda está em discussão no Banco Central
- Os investidores devem buscar plataformas confiáveis e entender os riscos ligados à custódia e volatilidade das exchanges
O próprio BC iniciou uma consulta pública em 2025 para definir diretrizes regulatórias, o que mostra que o setor está caminhando para maior segurança jurídica.
O aumento do IOF pode ter um efeito colateral importante: acelerar a adoção de stablecoins como uma alternativa ao dólar físico ou fundos cambiais.
Para quem busca mais liberdade e menos custos ao lidar com moedas fortes, esse pode ser o momento ideal para explorar soluções digitais seguras e eficientes.
Fundos Cripto no Brasil Têm Saída de R$ 10 Milhões Mesmo com Alta Histórica do Bitcoin
Fonte: Buscar Rural
Na semana do dia 24 de maio de 2025, os fundos de criptomoedas no Brasil registraram saídas líquidas de R$10,7 milhões, conforme dados da CoinShares. Isso chama atenção, especialmente porque o Bitcoin atingiu uma nova máxima histórica de US$111.700 no mesmo período.
Enquanto os fundos brasileiros apresentavam resgates, o restante do mundo seguia em sentido oposto: os fundos cripto globais captaram US$3,2 bilhões em aportes.
Segundo o relatório da CoinShares:
- Fundos de Bitcoin receberam US$ 2,9 bilhões
- Fundos de Ethereum registraram entradas de US$ 326 milhões
- Os Estados Unidos lideraram os aportes com US$ 3,2 bilhões em influxo líquido
Apenas três países tiveram fluxos negativos na semana: Brasil, Suíça (US$16,6 milhões) e Suécia (US$12,1 milhões).
Mesmo com o otimismo global, os fundos brasileiros recuaram. Especialistas apontam alguns possíveis motivos:
- Incertezas regulatórias e fiscais sobre cripto ativos no Brasil
- Maior percepção de risco por parte de investidores institucionais locais
- Possível realocação para ativos no exterior, via stablecoins ou corretoras internacionais
De acordo com a CoinShares, o apetite global por cripto ativos aumentou por razões macroeconômicas:
- Rebaixamento da nota de crédito dos EUA pela Moody’s
- Alta nos rendimentos dos títulos do Tesouro americano, que gerou instabilidade no mercado tradicional
- Busca por diversificação de portfólio com exposição a ativos digitais
Apesar da alta do Bitcoin e da entrada massiva de capital em fundos globais, os fundos cripto no Brasil enfrentaram retiradas significativas. Esse contraste destaca a necessidade de:
- Avanço na regulação clara e atrativa
- Incentivos para retenção de capital institucional
- Maior educação financeira e segurança jurídica para investidores cripto
Se o mercado local não se adaptar, há risco de desintermediação financeira, com investidores brasileiros optando por operar fora do país — principalmente por meio de stablecoins e plataformas internacionais.
Projeto de Lei Propõe Reforçar o Marco Legal dos Cripto Ativos no Brasil
Fonte: Senado
O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) apresentou um novo projeto de lei que pretende alterar a Lei nº 14.478/2022, também conhecida como Marco Legal das Criptomoedas, com o objetivo de criminalizar práticas de manipulação de mercado envolvendo ativos digitais.
Segundo o parlamentar, a ausência de regras claras sobre esses crimes deixa investidores brasileiros vulneráveis a fraudes e práticas abusivas.
O projeto inclui punições específicas para manipulação de preços, uso de informações privilegiadas e falhas de compliance por parte de corretoras.
O Que Muda com o Projeto de Lei das Criptos?
A proposta inclui quatro novos artigos no Marco Legal das Criptomoedas:
Artigo 13-A: Manipulação de Mercado com Ativos Virtuais
- Crime: Criar falsas indicações sobre preço, oferta ou demanda.
- Pena: De 2 a 8 anos de prisão e multa de até 3 vezes o valor obtido ilicitamente.
Artigo 13-B: Uso Indevido de Informação Privilegiada
- Crime: Operar com base em informações sigilosas obtidas por cargo ou relação profissional.
- Pena: De 2 a 5 anos de prisão, além de multa proporcional ao ganho.
Artigo 13-C: Divulgação Indevida de Informação Sensível
- Crime: Compartilhar informações privilegiadas com terceiros, exceto quando justificado por função técnica.
- Pena: De 1 a 5 anos de reclusão e multa.
Artigo 13-D: Dever de Prevenção pelas Prestadoras de Serviços
- Corretoras e empresas do setor serão obrigadas a implementar mecanismos de monitoramento e prevenção, e a reportar qualquer atividade suspeita às autoridades competentes.
Por Que Essa Proposta É Importante?
Hoje, ativos como Bitcoin, Ethereum e stablecoins não são regulados pela CVM, o que deixa brechas para manipulação de mercado e insider trading.
Ao incluir esses crimes na legislação brasileira, o projeto visa:
- Proteger os investidores de criptoativos
- Reforçar a segurança jurídica do setor
- Estimular a confiança no mercado de criptomoedas
- Combater esquemas fraudulentos e abusos de mercado
O projeto já foi apresentado no Plenário do Senado Federal e aguarda despacho para análise nas comissões pertinentes. Se aprovado, representará um marco importante para o amadurecimento do setor de criptomoedas no Brasil.
Com o avanço da adoção de ativos digitais no Brasil, a falta de punição específica para manipulação de mercado virou um problema real.
A proposta do senador Kajuru responde a essa demanda e pode ser decisiva para atrair investidores mais institucionalizados e promover um ambiente mais seguro e transparente.