Junho mal começou e já virou um caos.
Na primeira semana do mês, vimos uma briga pública entre Donald Trump e Elon Musk se transformar em um colapso no mercado, apagando bilhões do valor da Tesla e abalando a confiança dos investidores. E isso foi só o começo.
O Bitcoin despencou, o Ethereum se valorizou, e um memecoin que ironiza o projeto de lei proposto por Trump disparou 73% em um único dia. Enquanto o mercado cripto reagia ao barulho político, Wall Street comemorava: o IPO da Circle saltou 168% em sua estreia na NYSE, marcando um grande avanço para as stablecoins reguladas.
A BlackRock também agiu: comprou mais de US$ 34 milhões em ETH para seu ETF de Ethereum — no exato momento em que os fundos de Bitcoin sofriam grandes saídas.
E no DeFi, um nome inesperado se destacou: a Hyperliquid liderou os rankings de lucros em blockchains em maio e ainda chamou atenção quando um trader perdeu US$ 25 milhões em uma única operação.
De disputas políticas à volatilidade do mercado cripto, passando por movimentos históricos na bolsa, a primeira semana de junho já entregou mais drama que muitos meses inteiros.
Confira agora o resumo completo do que aconteceu — e por que isso importa.
Trump vs Elon Musk: O Que Está Por Trás da Briga Que Abalou a Tesla e o Cenário Político dos EUA
Fonte: BBC
No dia 5 de junho de 2025, o mundo assistiu a um embate público entre duas das figuras mais influentes dos Estados Unidos: Donald Trump e Elon Musk.
Mas afinal, o que motivou essa briga? E quais as consequências para o mercado, a política e o futuro de Musk?
O estopim foi o projeto de lei apresentado por Trump, chamado One Big Beautiful Bill Act. Musk criticou abertamente a proposta, alegando que ela:
- Aumentaria o déficit público
- Eliminaria incentivos fiscais para veículos elétricos
Isso afetaria diretamente os negócios da Tesla e da SpaceX.
Elon Musk, que já havia apoiado Trump financeiramente no passado, reagiu com duras críticas. Ele declarou que o plano não apenas prejudica o setor de energia limpa, como também pode aumentar o déficit público em trilhões de dólares.
Trump, por sua vez, respondeu publicamente acusando Musk de sofrer da “síndrome de Trump” e ameaçou cortar todos os contratos federais com empresas ligadas a ele, incluindo a SpaceX, e afirmou que o bilionário estava agindo por interesse próprio.
A crise entre Trump e Musk ganhou força quando os dois levaram o conflito para as redes sociais, mais especificamente para o X (antigo Twitter).
O presidente norte-americano publicou uma sequência de posts atacando Musk, chamando-o de “louco” e insinuando que o bilionário estaria agindo como um traidor depois de anos de apoio e benefícios concedidos pelo governo.
Musk não ficou em silêncio. Ele rebateu chamando Trump de “ingrato” e insinuou que o presidente estaria envolvido em escândalos mais sérios, como o caso Epstein — embora não tenha apresentado qualquer evidência.
O que começou como um desacordo político rapidamente se transformou em uma disputa pessoal com impacto direto nos mercados e no debate público.
A briga teve impacto direto no mercado financeiro. As ações da Tesla caíram 14% em um único dia, resultando em:
- Perda de aproximadamente US$ 152 bilhões em valor de mercado
- Incerteza entre investidores sobre a estabilidade do império de Musk
- Dúvidas sobre o futuro dos contratos públicos envolvendo a SpaceX
Outro ponto que chamou atenção foi a resposta política de Musk: ele mencionou a possível criação de um novo partido centrista — o que poderia representar uma ruptura com o apoio que ele deu a Trump em momentos anteriores.
A disputa entre Trump e Elon Musk não é apenas um choque de egos. Ela representa o embate entre duas visões de país: uma focada no populismo e nacionalismo econômico, outra centrada em tecnologia, inovação e novos modelos de negócios.
Bitcoin Cai Após Conflito Entre Trump e Elon Musk
Fonte: Coinmarketcap
Após a briga pública entre Trump e Musk, na quinta-feira (5/6), o Bitcoin sofreu uma liquidação intensa: saiu de US$ 105.800 para US$ 100.700 em poucas horas. Apesar de ter recuperado parte do valor, a criptomoeda ainda fechou o dia em forte baixa.
A queda acentuada do Bitcoin gerou:
- Aumento da cautela entre investidores institucionais
- Realocação de capital para stablecoins como USDT e USDC
- Reforço da tese de que o BTC, apesar de ser reserva de valor, ainda responde fortemente a choques políticos e macroeconômicos
A recente desvalorização do Bitcoin não foi apenas resultado de análises técnicas ou vendas pontuais. Foi o reflexo direto de um cenário onde política fiscal arriscada, disputas entre figuras influentes e mercados alavancados colidem.
Memecoin Inspirada em Briga Entre Trump e Musk Sobe 73% em 24h
Fonte: Coinmarketcap
A guerra pública entre Donald Trump e Elon Musk ganhou um novo capítulo — agora no universo das criptomoedas.
Uma nova memecoin chamada Kill Big Beautiful Bill (KBBB) foi criada em meio às críticas de Musk ao projeto fiscal de Trump, e já estreou no mercado com uma valorização impressionante de 73% nas primeiras 24 horas.
A KBBB surgiu como uma resposta irônica da comunidade cripto ao projeto de lei proposto por Trump, chamado informalmente de “One Big Beautiful Bill”.
Elon Musk criticou duramente a proposta, afirmando que ela anulava esforços anteriores de racionalização do governo, e publicou no X (antigo Twitter) uma imagem do filme Kill Bill, fazendo referência ao nome do projeto.
Essa publicação serviu de combustível para o lançamento da memecoin, feita na plataforma Pump.fun, famosa por dar vida a tokens virais e sátiras políticas em minutos.
Valorização Rápida e Engajamento da Comunidade
Nas primeiras 9 horas após o lançamento:
- O token atingiu um pico de US$ 53 milhões em valor de mercado
- Chegou a ser negociado a US$ 0,037
- Mesmo após recuo, mantém alta de 73% no acumulado diário
Além disso, a comunidade usou inteligência artificial para gerar artes com Elon Musk em versão Kill Bill, reforçando o apelo visual e viral do projeto.
Um investidor chegou a transformar US$ 4.599 em US$ 59.700, segundo dados da própria Pump.fun.
A ascensão da KBBB é mais um exemplo de como eventos políticos podem desencadear movimentos especulativos em memecoins.
Por Que o Mercado Cripto Está Caindo?
Fonte: beincrypto
Nesta sexta-feira, 6 de junho de 2025, o mercado de criptomoedas sofreu uma nova correção, com uma queda de 2,3% no valor total, que agora gira em torno de US$ 3,21 trilhões.
Mas o que está por trás dessa movimentação negativa? O dia foi marcado por um conjunto de fatores técnicos e políticos que, somados, provocaram forte pressão de venda.
1. Briga Entre Trump e Elon Musk Abala o Sentimento do Mercado
O principal gatilho de instabilidade foi a disputa pública entre Donald Trump e Elon Musk.
Após críticas de Musk ao projeto de lei fiscal proposto por Trump — que pode aumentar a dívida dos EUA em trilhões — o presidente respondeu com ameaças de cortar contratos federais com as empresas do bilionário, como Tesla e SpaceX.
Essa guerra de declarações elevou a incerteza política e afetou diretamente a confiança dos investidores em ativos de risco como o Bitcoin.
2. Liquidações em Massa Aceleram a Queda
A queda foi intensificada por uma grande onda de liquidações em contratos futuros de criptoativos. Só nas últimas 24 horas:
- Mais de US$ 980 milhões foram liquidados
- Cerca de US$ 874 milhões estavam em posições longas (apostas na alta)
Esse movimento forçou ainda mais a queda dos preços, gerando um efeito cascata no mercado.
3. Liquidação Relâmpago: US$ 262 Milhões em 1 Hora
O ponto mais crítico dessa correção ocorreu na tarde de 5 de junho, quando o mercado assistiu a uma liquidação de mais de US$ 262 milhões em apenas uma hora.
Esse volume impressionante de perdas em posições longas evidencia como oscilações rápidas — mesmo que pontuais — podem gerar destruição de capital em larga escala.
Essas liquidações geralmente ocorrem quando traders usam alavancagem elevada sem proteção, como ordens de stop-loss.
A queda repentina no preço aciona as chamadas de margem e os contratos são encerrados automaticamente, reforçando o movimento de baixa e criando um ciclo de pânico e vendas forçadas.
4. Análise Técnica Aponta Fraqueza Estrutural
Além dos fatores externos, analistas também destacaram a quebra de um padrão gráfico importante.
O Bitcoin rompeu para baixo um canal paralelo descendente, reforçando a leitura de fraqueza técnica.
O próximo suporte relevante está na região de US$ 97.500, o que pode ampliar ainda mais a volatilidade caso seja rompido.
A queda de hoje mostra como o mercado cripto é altamente sensível a choques políticos e movimentos técnicos. A combinação de conflito político, liquidações agressivas e estrutura gráfica frágil afetou todas as principais criptomoedas — incluindo Bitcoin, Ethereum, XRP e Solana.
Ações da Circle Disparam 168% em Estreia na Bolsa de Nova York
Fonte: Cointimes
A Circle Internet Financial, empresa por trás da stablecoin USDC, estreou na Bolsa de Nova York (NYSE) nesta quinta-feira (5), com uma valorização impressionante de 168% no primeiro dia de negociação.
Negociada sob o ticker CRCL, a empresa arrecadou US$ 1,1 bilhão em sua oferta pública inicial (IPO), tornando-se uma das maiores aberturas de capital do setor cripto até o momento.
O IPO da Circle marca um momento importante para o setor cripto, sinalizando o fortalecimento da presença de empresas de blockchain no mercado financeiro tradicional.
O sucesso do IPO da Circle reforça o interesse crescente de investidores institucionais em ativos digitais e stablecoins reguladas.
A USDC é atualmente uma das stablecoins mais utilizadas no mercado global, e o desempenho da Circle na bolsa pode atrair novos players institucionais para o setor, aumentar a credibilidade do mercado de stablecoins e stimular outras empresas cripto a abrirem capital, como já fizeram Coinbase e Robinhood
Detalhes do IPO da Circle
A Circle levantou cerca de US$ 1,1 bilhão com a venda de 34 milhões de ações ao preço inicial de US$ 31 por ação — acima da faixa prevista de US$ 27 a US$ 28.
No pregão de estreia:
- A abertura foi a US$ 69
- A máxima intradiária chegou a US$ 103,75
- O fechamento foi de US$ 83,23
Esse desempenho representa uma valorização de 168% em relação ao preço de lançamento.
Vale lembrar que a Circle havia tentado uma listagem via SPAC em 2022, mas o processo fracassou. Agora, com um ambiente regulatório mais favorável nos EUA, a empresa finalmente conquistou seu lugar na NYSE.
O resultado reforça a tese de que empresas cripto estão ganhando espaço nos mercados financeiros tradicionais, especialmente aquelas ligadas a soluções estáveis e reguladas como a USDC.
ETF da BlackRock Compra Milhões em Ethereum em Um Só Dia
Fonte: Reddit
Em 5 de junho de 2025, o ETF spot de Ethereum da BlackRock — o iShares Ethereum Trust (ETHA) — movimentou o mercado ao comprar 13.310 ETH, equivalentes a aproximadamente US$ 34,7 milhões.
Essa foi a maior aquisição diária entre todos os ETFs de Ethereum listados nos Estados Unidos naquele dia, destacando o crescente apetite institucional por criptoativos.
A movimentação foi registrada nos relatórios públicos do fundo e mostra um posicionamento agressivo da BlackRock, em contraste com fluxos negativos observados em outros ETFs, como o da Fidelity. No total, o mercado de ETFs de Ethereum teve um saldo líquido positivo de US$ 11,3 milhões naquele dia, puxado principalmente pela entrada do ETHA.
O Que é o iShares Ethereum Trust (ETHA)?
O ETHA é o ETF de Ethereum da BlackRock, lançado após a aprovação da SEC para ETFs spot do ativo em maio de 2025. Ele permite que investidores tradicionais tenham exposição direta ao Ethereum (ETH) sem precisar armazenar ou interagir com carteiras digitais, exchanges ou custodiantes cripto.
Esse formato vem ganhando popularidade entre investidores institucionais e fundos que desejam diversificar portfólios com ativos digitais de forma regulamentada e segura.
Impacto no Mercado e Expectativas
Essa compra reforça a tendência de institucionalização do Ethereum, que vem crescendo desde a aprovação dos ETFs spot. A entrada de players como a BlackRock é vista como um sinal de confiança no ETH como ativo de longo prazo, o que pode:
- Aumentar a demanda por ETH
- Sustentar o preço do ativo em momentos de correção
- Impulsionar novas aprovações de produtos regulados com base em cripto
Especialistas também apontam que movimentos como esse podem consolidar o Ethereum como um dos pilares do mercado financeiro tokenizado.
Bitcoin Perde, Ethereum Ganha: Fluxo de ETFs Expõe Rotação de Capital
Fonte: Contribune
O dia 5 de junho de 2025 marcou um movimento de rotação institucional significativo no mercado cripto.
Dados de fluxo revelam que ETFs de Bitcoin registraram saídas líquidas de US$ 278,4 milhões, enquanto os ETFs de Ethereum atraíram entradas líquidas de US$ 11,3 milhões.
A diferença acentuada entre os dois ativos reforça a mudança de comportamento dos investidores institucionais.
ETFs de Bitcoin Sofrem Fortes Retiradas
Segundo dados consolidados, cerca de 2.660 BTC foram vendidos por meio de ETFs naquele dia. Entre os fundos que mais perderam capital:
- Fidelity Wise Origin Bitcoin Fund (FBTC): US$ 134 milhões em saídas
- iShares Bitcoin Trust (IBIT) da BlackRock: US$ 89,2 milhões em retiradas
Essas saídas podem ter sido motivadas por realização de lucros, aversão ao risco diante de incertezas macroeconômicas ou simples rebalanceamento de portfólio. A pressão vendedora também coincidiu com uma leve correção no preço do Bitcoin.
ETFs de Ethereum Registram Compras Institucionais
Enquanto o Bitcoin enfrentava retiradas, o Ethereum registrou uma entrada líquida de 4.340 ETH (aproximadamente US$ 11,3 milhões).
O destaque foi o iShares Ethereum Trust (ETHA) da BlackRock, que sozinho comprou 13.310 ETH, equivalentes a US$ 34,7 milhões.
A forte compra institucional em ETH ocorre dias após a aprovação oficial dos ETFs spot de Ethereum nos EUA — um marco regulatório que está abrindo as portas para novos fluxos institucionais no ativo.
A divergência nos fluxos entre Bitcoin e Ethereum pode sinalizar uma mudança temporária de favoritismo entre os dois maiores criptoativos do mercado.
Enquanto o Bitcoin sofre com saídas, o Ethereum parece atrair mais confiança, talvez por estar em um novo ciclo de narrativa institucional, especialmente após o avanço regulatório.
Hyperliquid Supera Ethereum, TRON e Solana em Lucro Bruto em Maio de 2025
Fonte: CryptoRank.io
A Hyperliquid, plataforma DeFi especializada em contratos perpétuos, liderou o ranking de lucro bruto entre blockchains em maio de 2025, superando gigantes como TRON, Ethereum, Base e Solana.
Com um resultado de US$ 72,3 milhões em lucro, a Hyperliquid se destacou como a blockchain mais rentável do mês, consolidando sua posição como potência emergente no ecossistema de finanças descentralizadas.
Lucro Bruto em Maio de 2025: Hyperliquid no Topo
De acordo com dados do CryptoRank, os lucros das principais blockchains foram os seguintes:
- Hyperliquid: US$ 72,3 milhões
- TRON: US$ 58,3 milhões
- Ethereum: US$ 21,8 milhões
- Base: US$ 5,8 milhões
- Solana: US$ 4,7 milhões
O desempenho da Hyperliquid é ainda mais impressionante considerando sua ascensão recente e o fato de ter superado redes muito mais consolidadas.
O Que É a Hyperliquid?
A Hyperliquid é uma exchange descentralizada (DEX) focada em contratos perpétuos com alavancagem de até 75x e um livro de ordens 100% on-chain.
Seu modelo inovador, com taxas competitivas e execução eficiente, atraiu um número crescente de traders institucionais e de varejo.
Mesmo após sofrer uma exploração de US$ 13,5 milhões em março, a Hyperliquid se recuperou rapidamente.
Um dos fatores decisivos foi a confiança de grandes traders, como James Wynn, que movimentou mais de US$ 100 milhões na plataforma em operações recentes.
Token HYPE em Alta: Valorização de 61% em Maio
O token nativo HYPE também se beneficiou do bom momento. Em maio de 2025:
- O token valorizou 61%
- O modelo de recompra com base nas taxas geradas impulsionou a demanda
- A Hyperliquid distribuiu incentivos de liquidez diretamente para os usuários
Esse mecanismo de compartilhamento de receita atraiu ainda mais investidores e consolidou o ecossistema do projeto.
Além dos lucros recordes, a Hyperliquid registrou:
- Aumento de 156% no TVL (Total Value Locked), chegando a US$ 418 milhões
- Rendimento anual (APY) de 13,7% para provedores de liquidez, competindo com grandes plataformas DeFi
Esses números reforçam a tese de que a Hyperliquid está não apenas lucrativa, mas também sustentável e atrativa para usuários de longo prazo.
Trader James Wynn Perde US$ 25 Milhões em Posição Alavancada de Bitcoin na Hyperliquid
Fonte: Cointelegraph
O trader de criptomoedas James Wynn voltou aos holofotes após sofrer uma perda de US$ 25 milhões em uma operação altamente alavancada com Bitcoin (BTC) na plataforma Hyperliquid.
O episódio levanta alertas sobre os riscos da alavancagem extrema no mercado cripto, especialmente em plataformas onde as posições dos usuários são públicas.
James Wynn manteve uma posição de 240 BTC alavancada em 40x na Hyperliquid, apostando na valorização do Bitcoin.
Mesmo após reduzir parte da exposição, o recuo no preço da criptomoeda levou à liquidação automática da posição, resultando em uma perda estimada de US$ 25 milhões.
Essa não foi sua primeira grande perda. Em maio de 2025, Wynn já havia enfrentado um prejuízo de US$ 100 milhões, quando o BTC caiu abaixo de US$ 105.000.
Apesar da liquidação recente, o trader ainda mantém cerca de 770 BTC, avaliados em aproximadamente US$ 80,5 milhões, com um preço de liquidação projetado em US$ 104.035. Segundo dados da Hypurrscan, ele enfrenta uma perda não realizada de US$ 1 milhão.
Wynn alegou em suas redes sociais que estaria sendo alvo de manipulação de mercado, e chegou a solicitar doações em cripto para “expor os responsáveis”.
O Papel da Hyperliquid e a Transparência das Posições
A Hyperliquid, uma exchange descentralizada especializada em contratos perpétuos, permite que as posições dos maiores traders fiquem públicas — o que pode facilitar o chamado “front-running“ ou estratégias de liquidação forçada por outros players.
A exposição das ordens, embora traga mais transparência ao ecossistema, pode tornar grandes traders como Wynn alvos fáceis de ataques coordenados no mercado.
A perda de US$ 25 milhões de James Wynn na Hyperliquid reforça os perigos da alavancagem elevada no mercado cripto, especialmente em ambientes altamente transparentes. O caso também reacende o debate sobre segurança, manipulação de mercado e a necessidade de inovação na estrutura das exchanges descentralizadas.
Méliuz Sobe 197% na B3 em 2025 Após Estratégia com Bitcoin
Fonte: E-Investidor
A Méliuz (CASH3) se tornou destaque na Bolsa de Valores brasileira (B3) ao acumular uma valorização impressionante de 197% em 2025.
O motivo principal? A adoção de uma estratégia financeira baseada em Bitcoin, que transformou a companhia em uma das ações com melhor desempenho do ano.
Tudo começou em março de 2025, quando a Méliuz anunciou a compra de US$ 4,1 milhões em BTC como parte de sua nova estratégia de tesouraria.
O objetivo era proteger o caixa da empresa da inflação e volatilidade cambial, ao mesmo tempo em que oferecia maior retorno aos acionistas.
A iniciativa foi além do esperado: a companhia ampliou sua exposição à criptomoeda e hoje detém cerca de 274,52 BTC, o equivalente a aproximadamente R$ 178 milhões em reservas de Bitcoin.
Animada com os resultados, a Méliuz anunciou uma oferta pública primária (follow-on) com potencial de captação de até R$ 450 milhões.
Segundo a própria empresa, parte significativa desse capital será direcionada à aquisição de ainda mais Bitcoin, reforçando sua posição como pioneira no Brasil na adoção corporativa de criptoativos.
A estratégia ousada da Méliuz a posiciona como um dos primeiros casos de empresa listada na B3 a utilizar Bitcoin como ativo estratégico de longo prazo.
O movimento segue a tendência iniciada por empresas globais como MicroStrategy e Tesla, que alocaram parte de suas reservas em criptoativos.
Além do impacto direto no valuation, a adoção do BTC trouxe à marca exposição global, atenção da mídia especializada e renovado interesse dos investidores.
Com uma valorização de 197% no ano, a Méliuz é a ação com melhor desempenho da B3 em 2025, graças à sua visão inovadora ao utilizar o Bitcoin como ferramenta de valorização patrimonial.
A iniciativa reforça a força do criptoativo como reserva de valor e mostra que, mesmo em mercados emergentes, há espaço para estratégias corporativas ousadas com criptomoedas.
Congresso Estuda Criar Imposto Sobre Criptomoedas para Evitar Aumento do IOF
Fonte: Nord Investimentos
O Congresso Nacional avalia a possibilidade de criar um novo imposto sobre transações com criptomoedas no Brasil, como forma de evitar o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Em 22 de maio, o Ministério da Fazenda anunciou um pacote de mudanças que incluía aumento do IOF, com o objetivo de aumentar a arrecadação. A reação negativa do mercado fez o governo recuar em parte das medidas, o que abriu espaço para a discussão de fontes alternativas de receita.
Entre as possibilidades levantadas por parlamentares está a taxação do setor de criptoativos, que atualmente não possui um imposto específico, embora seja alvo de obrigações declaratórias desde a Instrução Normativa RFB nº 1.888/2019.
Declarações de Autoridades e Impactos no Setor
O presidente da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que a criação de um imposto sobre criptomoedas está em estudo e pode ser viável politicamente.
O economista-chefe do Itaú, Mario Mesquita, também defendeu a ideia, argumentando que há desequilíbrio tributário no sistema atual — alguns segmentos do mercado financeiro são altamente tributados, enquanto outros, como o de criptoativos, permanecem livres de impostos diretos.
Reação do Setor Cripto
Representantes do mercado de criptomoedas demonstraram preocupação com a proposta, alertando para possíveis consequências negativas:
- Fuga de empresas estrangeiras do país
- Aumento da informalidade com uso de plataformas internacionais
- Risco de retração nos investimentos em tecnologia blockchain no Brasil
Segundo executivos do setor, a taxação pode comprometer a competitividade do Brasil em um setor global e altamente móvel.
Situação Atual da Tributação de Cripto no Brasil
Atualmente, não há imposto direto sobre a compra ou venda de criptomoedas, mas os usuários devem:
- Declarar movimentações mensais acima de R$ 30.000
- Informar ganhos de capital à Receita Federal
- Seguir as normas da Instrução Normativa 1.888/2019
O que está em debate é a criação de um imposto específico sobre transações com cripto ativos, algo inédito até então no país.
A proposta de tributar criptomoedas como alternativa ao aumento do IOF sinaliza uma nova fase na regulamentação fiscal do mercado cripto no Brasil.
Com o governo em busca de novas fontes de arrecadação e o setor pressionado por insegurança jurídica, o debate deve ganhar força nas próximas semanas.